quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Por que é importante ofertar na Casa do Senhor?

Uma das coisas que
aprendemos na Palavra de
Deus é que cada um
colherá aquilo que plantar.
    Vivemos num mundo aonde tudo gira em torno do dinheiro, e não há como fugir dessa realidade. Pela Bíblia vemos que, desde o princípio, Deus ensinou o seu povo sobre as necessidades de suprir as bênçãos materiais tanto nos lares quanto na obra; pode parecer contraditório que Jeová, sendo o dono do ouro e da prata, permita que o seu povo tenha que se preocupar com coisas materiais, mas se Ele nos colocou para viver no mundo, estamos sujeitos às regras de sobrevivência da sociedade tanto como cidadãos quanto igreja. Por isso, a Palavra de Deus, do início ao fim, relata sobre a importância de contribuirmos com a sua obra. E por que contribuir? Temos, pelo menos, três motivos fundamentais para sermos assíduos[1] contribuintes: primeiro, para agradecer pelas bênçãos que Ele tem nos dado; segundo, porque a Casa do Senhor na terra precisa de manutenção; e terceiro, porque é contribuindo que seremos cada vez mais abençoados. E de que forma contribuir? Nossa forma de contribuir é dando dízimos e ofertas. Dízimo[2] significa a décima parte, ou seja, dez por cento de toda a nossa renda; ele é citado 33 vezes em toda a Bíblia desde Gênesis, aonde mostra que Abrão deu o dízimo de tudo aquilo que havia conquistado das mãos de seus inimigos; na igreja, ele deve servir para o sustento material da obra, dos obreiros e dos necessitados. Já a palavra oferta[3] aparece 408 vezes na Bíblia com vários sentidos e significados diferentes; sendo derivada do verbo oferecer, espiritualmente falando, representa algo que oferecemos a Deus e não tem um valor específico, devemos ofertar segundo as nossas possibilidades. Tanto os dízimos quanto as ofertas devem ser apresentados diante de Deus voluntariamente e com sinceridade; pois são uma espécie de sacrifício, e Ele não recebe sacrifícios forçados ou prestados com segundas intenções. Quando contribuímos, assim como quando fazemos qualquer coisa para o Senhor, precisamos ter em mente uma coisa: tudo o que lhe oferecemos tem que ser com fé, com amor e com alegria, e jamais por constrangimento, obrigação ou busca de retribuição. Ultimamente o que está em destaque no meio evangélico, de um modo geral, é a teologia do evangelho da prosperidade que passa a impressão que Deus está mais interessado em nosso dinheiro do que em nossa santificação, o que é uma tremenda heresia[4]! Pois Ele nos abençoa segundo a nossa fé e a nossa sinceridade, e não de acordo com os valores que “investimos” como se tivéssemos aberto uma “poupança no céu”. Há muito mais do que bênçãos materiais esperando por nós; pois mais vale a nossa alma salva do que todo o dinheiro desse mundo em nossas mãos!
A sinceridade é muito mais
importante do que o valor
da oferta: uma prova disso
é que Ananias e Safira não
morreram porque ofertaram
um valor inferior ao da
venda da propriedade, mas
sim porque mentiram ao
homem de Deus
    A Bíblia nos mostra a importância da sinceridade quando nos propomos a contribuir. Um dos maiores exemplos disso está em Atos 5:3-5: Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? 4Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio[5] em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. 5E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram. Observe que havia um acordo entre a comunidade evangélica de dividir os seus bens, mas ninguém era obrigado a fazer isso; só que, com certeza, a ambição e o ego de Ananias por querer mostrar à congregação que estava contribuindo, fizeram com que ele mentisse aos apóstolos. Qual é a lição que podemos tirar desse triste episódio? 
At  5:3Quando não agimos com
Embora tenhamos o dever de
ofertar na Casa do Senhor, não
podemos ser tolos e temos que
ficar de olhos abertos para não
cairmos nas armadilhas de certos
líderes religiosos que vendem um
falso evangelho mercantilista
ensinando que Deus somente
abençoa mediante o sacrifício
financeiro através de dízimos,
ofertas, votos, carnês,
comercialização de supostos
objetos sagrados, etc.
sinceridade estamos dando brecha para que Satanás roube as nossas bênçãos (
Tg 5:1-4[6]); 
At  5:4Deus não exige sacrifícios financeiros de nossa parte, mas quando nos propomos a fazê-los temos que honrar nossos compromissos (Ec 5:4-6); 
At  5:5Muitos hoje sofrem terríveis conseqüências por não serem fiéis ao Senhor (Js 7:20,24,25[7] [8] [9]).
    Agora que vimos que é essencial ofertarmos com sinceridade, vejamos mais alguns fatores que são de extrema importância para aqueles que querem contribuir com a obra do Senhor:
·                     Os dízimos são para a manutenção da Casa do Senhor e para repreender o devorador em nosso lar (Ml 3:10,11[10]), e é mencionado por Jesus (Mt 23:23[11] [12]); 
·                     Quanto às ofertas, independente das razões pelas quais as entregamos, elas devem ser de origem honesta e honrada (Mt 27:6) e só podemos ofertar sem mágoa e nem contenda (Mt 5:23,24).
·                     A nossa fidelidade é importante em todas as circunstâncias, porque quando somos fiéis no pouco Ele nos coloca sobre o muito (Mt 25:22,23);
·                     Jeová se agrada do justo e abençoa não só a ele, mas também a toda a sua família (Sl 37:25).
Ofertar também é um ato de
adoração, por isso também
deve ser feito com reverência,
amor, alegria, pureza e
sinceridade
    Muitas vezes buscamos a Deus simplesmente na intenção de que Ele satisfaça nossos desejos e nossas necessidades; mas o que Ele realmente espera de nós é que o busquemos para adorá-lo e não simplesmente porque precisamos de suas bênçãos. Ele sabe o que precisamos e conhece os desejos do nosso coração, e, certamente, não nos deixará perecer pela falta de nada. Então, o que temos a fazer é deixar de lado todas as nossas ansiedades e também qualquer tipo de egocentrismo[13] e ambição que ainda possa haver em nosso coração, e nos preocuparmos simplesmente em lhe ofertarmos o melhor que nós temos, não apenas materialmente, que também é extremamente importante, mas sim santificarmos a nossa própria vida e a colocarmos diante do seu altar, reconhecendo assim que a maior oferta foi Ele quem nos deu: O seu próprio Filho!



[1]Assíduo: Aplicado, diligente, exato, pontual. Constante, contínuo, freqüente, incessante.
[2]Dízimo: A décima parte, tanto das colheitas como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus (Lv 27:30-32; Hb 7:1-10). O dízimo era usado para o sustento dos Levitas (Nm 18:21-24), dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Dt 14:28-29).
[3]Oferta: Ação de oferecer; oferecimento. Oblação, oferenda. Retribuição de certos atos litúrgicos. Dádiva. Promessa.
[4]Heresia: Doutrina que se opõe aos dogmas da Igreja. Absurdo, contra-senso, disparate. Ato ou palavra ofensiva à religião.
[5]Desígnio: Intenção, plano, propósito.
[6]Cevar: Alimentar, engordar, nutrir.
[7]Acã: [Significa Perturbador]. Israelita que foi castigado por ter pego para si algumas coisas dedicadas a Deus.
[8]Cunha: Barra.
[9]Turbar: Transtornar; Causar problemas.
[10]Vide: Videira: (vide+eira) Arbusto sarmentoso, originário do Oriente (Vitis vinifera), que dá uvas e pertence à família das Vitáceas. Eira é um espaço plano com um chão duro, de dimensões variáveis, onde os cereais, eram malhados e peneirados, depois de colhidos.
[11]Escriba: Homem que copiava e interpretava a lei de Moisés (Ed 7:6). Os escribas criaram aos poucos um sistema complicado de ensinamentos conhecido como "a tradição dos Anciãos" (Mt 15:2-9). Jesus os censurou (Mt 23:23). Os escribas tiveram parte na morte de Cristo (Mt 26.57) e perseguiram a Igreja primitiva (At 4:5; 6:12). Eles eram chamados também de "doutores da lei" ( Lc 5:17).
[12]Endro: Planta, cujos ramos, folhas e sementes são usados como tempero.
[13]Egocentrismo: Estado da pessoa especialmente interessada em si mesma e em tudo quanto lhe diga respeito, normal nas crianças de menos de sete anos.

2 comentários:

  1. Sou a favor do dízimo até porque minha igreja paga aluguel. Infelizmente o que ocorre é que a maioria dos líderes querem se enriquecer. São os profissionais da fé. Para que trabalhar e estudar, se na igreja é possível ganhar muito com pouco estudo e em pouco tempo. No seu texto, vc. diz que a maioria dos pastores trabalham. Sou da Assembleia de Deus e a maioria dos pastores que são presidentes não trabalham. Quem trabalha são os obreiros. A realidade é que o montante que é levantado nos cultos das igrejas, é para enriquecer alguns enquanto outros sempre serão pobres. É a riqueza no topo da pirâmide e a base que são os membros, sustentam o topo dessa pirâmide. Reafirmo que dou o dízimo, oferto, contribuo para as festividades, mas estou ciente do que ocorre, e não nego diante dos cristãos e daqueles que ainda não o são, que há grande corrupção envolvendo os dízimos e ofertas dos fiéis.
    Jurema de Souza Martins
    http://preletorajurema.blogspot.com

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    Respostas
    1. Concordo contigo, irmã Jurema! Realmente, nós contribuímos porque vemos a necessidade da Obra. Mas Deus fará justiça contra aqueles que não honram a confiança que lhes foi depositada.
      Obrigado por comentar, fica na paz do Senhor Jesus!

      Excluir

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