sábado, 24 de novembro de 2018

Preservando a Fé em Meio à Habitação de Satanás

Muitas falsas doutrinas têm sido
introduzidas na igreja atual, e
aqueles que não se rendem a elas
acabam sendo apontados como
preconceituosos; porém, nunca
se esqueça que Deus somente
justificará aqueles que não se
renderem às armadilhas do
"evangelho" fácil e continuarem
pregando e vivendo a verdade a
todo custo.
Apocalipse 2:13 - "Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita."

Contexto
- Apocalipse - do grego αποκάλυψις, apokálypsis -, significa "revelação"; formada por "apo", tirado de, e "kalumna", véu; numa tradução livre significa "tirar o véu". Esse livro foi escrito pelo apóstolo João, o qual, enquanto se encontrava preso na Ilha de Patmos, entre 79 e 95dC., recebeu do Senhor revelações concernentes aos acontecimentos nos últimos dias da humanidade na terra.
- O versículo em questão se refere à mensagem enviada à Igreja em Pérgamo, uma igreja que enfrentava grandes problemas com falsos mestres e falsos profetas, nesse texto identificados como os que seguem a doutrina de Balaão e a doutrina dos nicolaítas.
- Balaão, conforme relatado dos capítulos 22 a 25 de Números, foi um profeta da cidade de Petor, na Mesopotâmia, que abençoou o povo de Israel, mas depois o levou ao pecado. 
- Os nicolaítas supostamente seriam discípulos de Nicolau de Antioquia. Nicolau pregava a libertinagem cristã e ignorava o corpo físico como o templo do Espírito, promovendo, assim, a prática de imoralidade sexual entre os cristãos. Defendiam a poligamia e comiam coisas sacrificadas à ídolos.

Mensagem
- O silêncio diante de práticas hereges, torna os crentes coniventes ao pecado dentro da igreja.
Ap 2:14,15 - "Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem. 15Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço."


- A conivência consciente em relação aos erros alheios também consiste em pecado.
Ap 2:16 - "Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca."


- As bênçãos materiais e espirituais, sobretudo a salvação, embora não sejam por mérito nosso, não deixam de ser uma resposta do Senhor sobre nossa fidelidade a Ele.
Ap 2:17 - "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe."


- Vivemos num mundo que jaz no maligno, completamente contaminado pelo pecado, mas não fazemos parte dele; por essa razão, nosso modo de vida como cristãos deve servir de exemplo até mesmo para aqueles que censuram o Evangelho.
1ª Pe 2:15-17 - "Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; 16como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. 17Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei."

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Prestando Contas Diante do Juiz

Muitos vivem entregues à prática
do pecado e da injustiça
despreocupadamente como se
jamais tivessem que prestar
contas por seus atos, mas
chegará o Dia em que o Infalível
Juiz pesará os atos de cada um e,
mediante à Palavra pelo qual
todos já estamos alertados,
seremos absolvidos ou
condenados.
1ª Pedro 4:5 - "os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos;"

Contexto
- Essa epístola foi escrita por volta do ano 60dC., conforme relatado em 1ª Pedro 5:13, num lugar chamado Babilônia, pelo próprio apóstolo Pedro com o objetivo de alertar a igreja sobre os perigos que ameaçavam sua pureza espiritual.
- O cenário cristão estava em evidência devido ao seu crescimento, mas havia uma grande mistura de costumes devido à agregação dos gentios ao Evangelho e também pela influência da cultura à sua volta, inclusive por parte dos colonizadores romanos.
- Alertar sobre a repentina volta de Jesus era uma das preocupações do apóstolo.
- Dessa mesma forma ele também alertava sobre o risco iminente da morte antes do arrebatamento, conforme registrado em 1ª Pedro 1:24 onde compara a vida humana à fragilidade de uma erva.

Mensagem
- Esse "quais" é uma referência àqueles que vivem sem Deus assim como nós vivíamos antes da conversão e o "que está preparado para julgar os vivos e os mortos" se refere ao próprio Senhor Jesus Cristo no Juízo Final.
1ª Pe 4:1-4 - "Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado, 2para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 3Porque é bastante que, no tempo passado da vida, fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borracheiras, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; 4e acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós,"

- Muitos que na época já estavam mortos haviam ouvido a pregação do Evangelho ainda em vida, não tendo assim como dizer que não conheciam a verdade. O risco constante de morte, como também a possibilidade do repentino arrebatamento, é a grande razão de nunca desfalecermos na vigilância espiritual.
1ªpe 4:6,7 - "porque, por isto, foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens, na carne, mas vivessem segundo Deus, em espírito. 7E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração."

- Não é somente o relacionamento com Deus, mas também o relacionamento com o próximo conta muito em nosso julgamento diante do Senhor.
1ª Pe 8,9 - "Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados, 9sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações."

- Cada atitude que tomamos, ou deixamos de tomar, terá um relevante peso no Grande Tribunal.
2ª Co 5:10 - "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal."

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Parábola do Credor Incompassivo

O perdão, assim como as demais
bênçãos que recebemos de
Deus, servem não para mostrar
o quanto somos justos e
merecedores daquilo que Ele
nos dá, mas sim se temos ou não
o caráter santo de um verdadeiro
cristão que tenha negado a si
mesmo e tomado a sua cruz para
poder segui-lo.
Mateus 18:23-34

Mateus 18:23 - "Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;"
    Uma pergunta meio que ingênua de Pedro foi o que motivou Jesus a contar essa parábola: "Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?"; a resposta do Mestre foi bem objetiva: "Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete". Devemos lembrar que na numerologia bíblica o número sete representa perfeição e plenitude, o que significa que o perdão deve ser perfeito e pleno, ou seja, verdadeiro e por completo; multiplicar o sete por setenta parece um exagero, mas representa a misericórdia ilimitada que devemos ter com nosso próximo. Logo no início da parábola Ele cita um rei fazendo prestação de contas com seus servos, isso se refere o Grande Julgamento em que o Senhor vai requerer de nós aquilo que nos devemos, e isso inclui como tratamos os irmãos, os familiares, os amigos e até os inimigos.

Mateus 18:24 - "e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos."
    Dez mil talentos, numa conta superficial e de resultado aproximado, considerando que um talento valeria cerca de mil dólares, hoje seria em torno de dez milhões de dólares; para qualquer pessoa seria simplesmente impossível pagar. Esse valor aparentemente exagerado na ilustração de Jesus foi exposto propositalmente para nos ensinar que a dívida que temos para com Ele é impossível de ser paga por nós e, assim sendo, somente mesmo o perdão por misericórdia é que pode nos livrar dessa dívida que nos levaria à inevitável condenação. Tudo o que fazemos de errado é um débito a mais em nosso cartão de crédito espiritual e, quando a fatura chegar, perceberemos que nossas boas ações ou intenções não tem poder para diminuir os juros dessa dívida; e o pior ainda é que descobriremos que no nosso cofrinho da religiosidade e da boa aparência não temos um saldo que chegue nem perto desse valor. Então, somente o que resta é apelar pelo perdão do Rei para não termos a condenação como herança de nossa imprudência.

Mateus 18:25 - ", não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse."
    Pela Lei, a pessoa poderia ser entregue como escrava para o pagamento de uma dívida, e isso poderia ainda incluir sua família. A imprudência do pecado, e até mesmo das dívidas impensadas, podem nos tornar escravos e causar também sofrimentos aos que fazem parte de nosso convívio. Não ter com o que pagar ou não saber lidar com um problema gera consequências negativamente incalculáveis, as quais envolvem questões financeiras, morais, psicológicas, físicas e também espirituais; tudo isso junto, de maneira praticamente inevitável, provoca a desestruturação da família. Esse homem, provavelmente, ao pedir um valor tão alto de empréstimo aos tesoureiros do reino, certamente, só pensou em sua dificuldade ou vontade no momento, mas não analisou o que poderia acontecer no futuro. Tal despreocupação momentânea causou o risco de punição tanto a ele como também à sua família. Em suas decisões você costuma pensar apenas em si próprio ou tem a dignidade de se lembrar que possui uma família?

Mateus 18:26 - "Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei."
    Mesmo estando totalmente errado e sendo uma pessoa imprudente, esse homem nos dá uma lição sobre a importância do arrependimento e a busca do perdão. Jesus o identifica como servo, isso lembra nossa situação diante do Rei, somos simplesmente servos e devemos nos portar de acordo com nossa condição sabendo nos colocar devidamente perante seu trono. Somos prestadores de serviço e não donos do Reino; Ele se prostrou, isso é sinal de humildade, a qual representa o nosso  dever de reconhecimento da superioridade de Quem está acima de nós. Um súdito jamais poderia fazer qualquer gesto que insinuasse grandeza ou mesmo igualdade perante o rei; Reverência, isso significa respeito, é a demonstração fundamental de que sabemos que não somos merecedores de estar aonde estamos. Ocupar lugar de destaque no ministério não nos torna melhores ou superiores, mas apenas portadores de uma maior responsabilidade. Ele implorou por sua generosidade, prometendo que lhe pagaria. Essa é uma atitude que nos leva a entender que o clamor pela misericórdia seguido pela disposição de corrigir o erro ou pelo menos mudar de atitude é essencial para se alcançar o favor divino.

Mateus 18:27 - "Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida."
    Mesmo sendo humano e estando diante de um devedor totalmente errado na situação, aquele rei se compadeceu e, sabendo que o servo, mesmo tendo prometido que lhe pagaria, jamais teria de fato condições de lhe pagar, generosamente perdoou, soltando-lhe e perdoando sua dívida. Nosso clamor surte resultado diante do Rei. Mesmo conhecendo nossa condição de criaturas frágeis diante das tentações do pecado, Ele nos concede nova oportunidade quando nos humilhamos aos seus pés. Ele sabe que não temos condições de pagar nossa imensa dívida e também de nossa tendência a voltar a errar, mas seu amor é maior que nossos instintos pecaminosos e Ele zera nossos débitos para que possamos tentar uma nova vida. Não é o nosso merecimento que o convence, mas a sua própria misericórdia nos presenteia com uma nova chance.

Mateus 18:28 - "Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves."
    Aqui já podemos ver a hipocrisia no coração do homem. Após ser perdoado e se ver absolutamente livre pelas ruas sem mais nada dever, ele encontra alguém que lhe devia o valor irrisório de cem dinheiros, ou cem denários - algo que hoje seria em torno de vinte dólares -, porém, surpreendentemente, sua reação e atitude foram as piores possíveis: ele foi incompassivo, incompreensivo, ofensivo e agressivo; totalmente o contrário do rei que acabara de lhe perdoar e que tinha razões suficientes para ter agido de forma truculenta. "Paga-me o que deves!", essa é uma expressão que, geralmente, embora seja dita por alguém que tenha por direito receber algo, apenas expõe o egoísmo e a falta de amor e perdão em relação a alguém que lhe cometeu alguma falta. O problema, ma verdade, não está na cobrança em si, mas na forma como ele a fez lançando mão dele e o sufocando, ou seja, de forma desrespeitosa e violenta. Como estamos tratando nossos devedores mesmo sabendo que fomos perdoados não merecendo perdão?

Mateus 18:29 - "Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei."
    Mediante a narração dessa cena paramos para pensar em quanto, muitas vezes, o ser humano é ignorante, insensato, cruel e hipócrita, porque se esquece com facilidade seus erros, seu passado, suas raízes e das boas atitudes alheias que já foram tomadas em relação a ele em momentos de dificuldade e aflição. Talvez você esteja aí pensando: "Ainda bem que eu não ajo dessa forma!", mas você consegue imaginar quantas vezes negou ajuda a alguém necessitado? Hoje mesmo você pode ter feito isso de várias formas: é aquele "bom dia" que você não respondeu, aquela Palavra que te veio ao coração e você não falou, aquela pessoa para quem você disse que ia orar e não orou, aquele pedido de desculpas que você não aceitou, aquele erro que você presenciou e não corrigiu, aquele ferido que você viu caído e não socorreu e também aquele devedor de quem você poderia ter perdoado a dívida e não perdoou. Se não vigiarmos, estamos negando pedidos de ajuda o tempo todo e, ao mesmo tempo, "louvando" a Deus sorridentemente achando que Ele está aplaudindo nossas atitudes.

Mateus 18:30 - "Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida."
    Essa negativa a um pedido de prorrogação do prazo para o pagamento da dívida, seguida da entrega à prisão vai muito além dos direitos civis, os quais ele podia usufruir livremente. Direitos legais não podem sobressair às nossas obrigações espirituais e morais; como pessoas justas e, acima de tudo, servos do Rei, devemos muitas vezes abrir mão de alguns direitos. Dar a outra face, deixar a capa e caminhar mais uma milha são preceitos que, ainda que figurados, ainda não foram e nunca serão abolidos do autêntico Evangelho; tudo é lícito, mas nem tudo convém; se o teu irmão se escandaliza pelo que você come, então não coma. Tais princípios permanecem em vigor, pois caracterizam a verdadeira Lei do Reino do qual somos súditos. Em outras palavras, muito se prega e mais ainda se cobra sobre o amor, mas quando se trata de vive-lo, muitos perdem suas máscaras revelando-se na práticas como inimigos da cruz de Cristo. Quantos você já encerrou na prisão hoje por achar que justiça se resume no seu próprio bem-estar?

Mateus 18:31 - "Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara."
    O interessante é que ele estava sendo observado, e certamente sabia disso; mas não se importava por achar que o povo consideraria justa aquela atitude. Muitas vezes, enganamos a nós mesmos com nossos falidos conceitos de justiça. Quem presenciou aquela barbárie logo tratou de comunicar o ocorrido ao rei. Como cristãos, que imagem estamos passando aos que nos observam? As pessoas não querem saber se a situação é humanamente justa ou não, o que elas esperam mesmo é ver alguma diferença em nós. O Evangelho que pregamos e os testemunhos do perdão divino que contamos devem se completar com as atitudes que tomamos, não em relação àqueles que são bons para conosco, mas para com aqueles que nos devem, nos ferem, nos maltratam de alguma forma ou simplesmente têm algo contra nós. Nosso testemunho prático pode tanto ganhar como também matar almas, e ainda salvar ou condenar a nós mesmos.

Mateus 18:32 - "Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste."
    Agora, lá vai ele de novo diante do rei. A posição do monarca era firme e não aceitava justificativas; ele próprio formulou a acusação chamando-o de malvado e lembrando do perdão que o mesmo havia suplicado e alcançado. É interessante frisar que mesmo assim ele o chamou de servo - servo malvado -; isso nos faz refletir que mesmo os que erram ainda podem ser chamados de servos do Rei, mas isso não significa que eles serão justificados, pois muitos naquele Dia vão dizer "Senhor, em seu nome, fiz isso, fiz aquilo", mas resposta que terão é "Apartai-vos de mim vós que praticais a iniquidade". O segredo não é ser servo, mas sim ser servo fiel; e o servo fiel perdoa, pois jamais esquece ou desconsidera o fato de que ele também já necessitou - e ainda pode necessitar - de perdão. Que testemunho o Rei daria agora de você se te levassem para acusá-lo diante dEle?

Mateus 18:33 - "Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?"
    O rei não se contentou em apenas dar o veredito final. Por seu justo caráter viu ele a necessidade de explicar o porquê de sua decisão, onde estava o erro do servo que se tornou réu. Ele mostrou que sua atitude anterior de perdoar a dívida de dez mil talentos deveria ter sido tomada como exemplo por ele. Quem narra essa parábola é aquEle mesmo que disse "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração"; mansidão e humildade não são das lições mais fáceis e agradáveis na Escola do Grande Mestre, mas se errar o resultado da equação "setenta vezes sete" não tem como passar na prova final e vai ficar retido num lugar nada agradável onde não tem recuperação. Você já parou pra pensar que muitos infortúnios que você passa podem ser resultados do veredito do Rei que não está muito contente com suas atitudes em relação ao próximo?

Mateus 18:34 - "E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. 
    Indignado. Assim se resumiu o estado do rei que cumpriu seu papel na execução da justiça. A ordem é que ele fosse entregue aos atormentadores até que pagasse tudo o que devia; será que ele suportou o tormento e conseguiu pagar a dívida? Espiritualmente, podemos interpretar essa sentença em dois sentidos: Primeiro, o Senhor permite que o inimigo nos cause vários tipos de tormento, levando-nos a sofrer ainda em vida para "pagarmos" por nossos erros e assim também reconhecermos nossos pecados e nos arrependermos deles; Segundo, Ele permite ao inimigo ceifar nossa vida levando-nos ao lugar de tormento eterno como castigo pelos nossos pecados devido ao fato de não termos nos arrependido deles, mas lá, por mais que soframos, o pagamento jamais vai resultar em liberdade. Então é melhor "pagarmos" para sermos livres do que pagarmos eternamente as consequências de uma vida de desobediência ao Rei. Como Ele ensina no versículo seguinte, perder a chance de ser perdoado é uma consequência por não perdoar as ofensas que se recebe: "Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas".

sábado, 10 de novembro de 2018

Parábola do Fariseu e o Publicano

Dádivas espirituais não são
bijuterias para serem expostas
em vitrines, pois nossa vida
com Deus é algo muito íntimo
e, quanto à exaltação, se não
vier dEle, não passa de
presunção maligna. A
justificação está na humildade.
Lucas 18:9-14

Lucas 18:9 - "E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:"
    Confiar em si mesmo: essa é a definição para quem confia em si mesmo, crê que é justo e despreza os outros. O foco do assunto do Mestre nessa parábola é a hipocrisia. A confiança em si próprio leva o homem a revelar seu caráter incrédulo; é como se Deus não agisse em sua vida por misericórdia, mas sim por resposta aos seus méritos. Crer que é justo por si só e não pela ação do Espírito Santo é outro fator que leva o homem a cometer o pecado da soberba. Da mesma forma, desprezar os outros por reparar em algumas falhas alheias é se colocar numa posição de superioridade como se somente os demais errassem. Uma das formas pelas quais podemos revelar o pior do que temos em nosso caráter é através da oração, pois a forma como oramos também demonstra se isso fazemos para nos aproximar de Deus ou para tentar convencer os outros de que estamos próximos de Deus.

Lucas 18:10 - "Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano."
    As orações no templo eram praticadas diariamente, as nove e as quinze horas (hora terceira e hora nona), pelos judeus da época. Os fariseus eram uma classe de pessoas conhecidas por serem separadas dos demais povos e até mesmo de muitos judeus, pois eles observavam à risca - pelo menos na aparência - os preceitos da Lei e discriminavam os que não procediam da mesma maneira. já os publicanos eram mal vistos porque, apesar de serem judeus, eram cobradores de impostos a serviço do governo romano; cobrar impostos para os colonizadores era considerado um ato de traição à nação dos hebreus, além do mais, muitos deles abusavam desse cargo de confiança cobrando mais do que o devido e se enriquecendo ilicitamente. Eram dois homens totalmente diferentes um do outro: um visto como digno de respeito por sua devoção religiosa e outro que podia praticamente ser chamado de ladrão.

Lucas 18:11 - "O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano."
    O fariseu orava de pé; nessa observação Jesus não estava condenando quem ora de pé, mas sim o motivo pelo qual ele fazia isso: queria ser visto orando; para a preservação de sua imagem de santidade, ele precisava disso. Ele orava em voz alta, o que também não é um ato condenável por si só, mas se o objetivo for apenas que os demais te ouçam orando, torna-se também um ato de hipocrisia. E o agravante maior está no conteúdo de sua oração: agradecia por não ser como os outros, ou seja, se considerava superior. Por ter viso o publicano ali, sentiu-se motivado a dizer - quem saber por indireta, isso é moda para alguns "crentes" - que não era roubador, injusto e nem adúltero. E, é claro, fez questão de dizer que não era igual àquele publicano, porque era assim que ele o via e o julgava. Como estamos tratando nossos irmãos? Será que não estamos procedendo dessa mesma maneira em nossas orações e até nas pregações?

Lucas 18:12 - "Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo."
    Exaltar a si próprio é outra característica de pessoas soberbas; elas se gloriam por suas boas atitudes como se essas os tornassem superiores, sendo que na verdade são apenas o cumprimento de sua obrigação como bom cidadãos ou servos de Deus, nada mais que isso. Jejuar não precisa necessariamente ser um ato secreto, mas não deve ser usado como uma razão de engrandecimento por quem o pratica; do mesmo modo, entregar dízimos ou ofertas nada mais é do que um ato de amor e gratidão pela Obra de Deus, e não uma compra de santidade, bênçãos ou algo semelhante. Nossas ações espirituais ou ministeriais são para nossa edificação pessoal e não para a nossa promoção diante do público, e tampouco para desmerecer aqueles que isso não fazem ou que julgamos não fazer simplesmente porque não demonstram.

Lucas 18:13 - "O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!"
    O publicano, muito provavelmente, deve até ter ouvido a "oração" do publicano, mas isso não tirou seu foco da presença de Deus; ele não usou tais ataques ou indiretas para se escandalizar, sair do templo, e culpar o "irmão" por seu afastamento; pelo contrário, ele se aproximou ainda mais do Senhor. Confessou suas falhas e foi bem simples e objetivo: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" Confessar seus pecados e pedir misericórdia a Deus; essa é a atitude mais agradável diante dEle, pois com esse gesto admitimos o que somos: frágeis e incapacitados de nos regenerar por nós mesmos. Esse é o reconhecimento da dependência total de Deus. Como temos reagido diante da presunção e dos ataques alheios? Ainda que errem naquilo em que nos julguem, que tais críticas não sirvam para nos derrubar, mas para nos fazer rever certas atitudes e buscar forças nos braços do Pai.

Lucas 18:14 - "Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado."
    O injusto se considera bom o suficiente e melhor que os demais, enquanto que o justo reconhece suas dificuldades e procura pela misericórdia do alto para poder prosseguir. Quem tem algo para mostrar, não precisa se esforçar para isso, pois a exaltação vem de Deus e é Ele que, de algum meio, se encarrega de nos honrar. A justificação não está na presunção que expõe nossos atos, mas no zelo em oculto, cujas consequências positivas são expostas em público por aquEle que tudo vê. Não precisamos ter preocupação quanto ao que temos ou não temos, pois o que é nosso está seguro, seja isso em relação a coisas materiais ou simplesmente status, pois a honra provém daquEle  que nos chamou, e Ele não se agrada nem um pouco de quando tentamos honrar a nós mesmos, principalmente se isso implica em inferiorizar alguém.

Parábolas da Ovelha, da Dracma e do Filho Perdido

O Bom Pastor não reclama do
peso da ovelha, apenas se alegra
por te-la encontrado e a põe em
seus ombros; O Verdadeiro
Trabalhador não menospreza a
menor das moedas perdidas
porque sabe o quanto ela lhe
custou; o Pai do filho pródigo
não o rejeita porque seu amor
não se esgota por causa de seus
erros. Será que, como cristãos,
temos conseguido viver esses
exemplos buscando pelos
perdidos e nos alegrando
por encontrá-los?
Lucas 15:3-12

Lucas 15:3 - "E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:"
    As parábolas da ovelha e da dracma perdida e também do filho pródigo estão inseridas em um mesmo contexto, possuindo também uma mesma mensagem. O que levou Jesus a contá-las foi a persistente murmuração dos escribas e fariseus que incansavelmente implicavam com o fato de Ele receber e comer com pecadores. Através do conteúdo das mesmas podemos perceber que seu objetivo era lhes mostrar que Ele não estava se misturando aos que praticavam pecados por apoiar suas atitudes, mas sim com o objetivo de lhes pregar a Palavra, dando a eles oportunidade para a salvação. Seus críticos eram religiosos assíduos seguidores da Lei que acreditavam que por seguirem fielmente os rituais prescritos nos mandamentos eram merecedores do céu, porém não atentavam ao fato de que suas atitudes de aparência não condiziam com seu coração pecaminoso que estava longe de Deus e, principalmente, a misericórdia pelos necessitados de uma mudança de vida também não existia neles.

Lucas 15:4 - "Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?"
    Logo em primeiro plano Ele já ataca diretamente a hipocrisia deles. Essa pergunta era para faze-los refletir sobre suas atitudes como seres humanos e servos de Deus, pois estavam supervalorizando os que seguiam os dogmas religiosos como se nunca tivessem pecado e menosprezando os demais como se não houvesse mais solução para eles. Com isso Jesus queria que eles pensassem sobre o valor de cada um, pois para o Senhor todos são vistos como ovelhas, inclusive os que estão desgarrados. Com isso, Ele atingia em cheio um dos pontos que mais era ensinado na Lei e pregado por esses homens: o amor; muito se falava a respeito desse sentimento, mas não se aplicava na prática o que era aprendido porque o que eles mais amavam de fato era suas posições de status e sua fama como homens de Deus. Para não se contentar com noventa e nove ovelhas e ir atrás de uma perdida como se fosse única, é necessário muito amor por ela e respeito por seu Dono.

Lucas 15:5 - "E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;"
    Como bem sabemos, o pastor teria que dar conta de cada uma delas, pois ele estaria apenas cuidando de algo que não lhe pertencia; além do mais, mesmo que lhe pertencesse, ele saberia o valor que ela tem e não se conformaria em ficar acomodado imaginando o quanto ela estaria sofrendo sozinha e abandonada num ambiente hostil, a mercê dos predadores e demais infortúnios. Achar uma ovelha perdida requer disposição, coragem e condições, porque não basta procurar, é preciso traze-la de volta. Uma ovelha adulta pesa mais de quarenta quilos e, estando perdida, possivelmente não estaria em condições de seguir o caminho de volta andando, então se faz necessário carregá-la nos ombros por vários metros ou mesmo quilômetros até o aprisco. Porém, todo esse esforço que desgasta o pastor lhe é recompensado pela alegria de ter cumprido sua missão colocando aquela pobre criatura indefesa num local seguro onde poderá ser cuidada.

Lucas 15:6 - "e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida."
    Você se alegra com o cumprimento de sua missão ou o faz por pura obrigação, encarando seu ministério como uma forma de alcançar a salvação ou evitar castigo? Saiba que tudo o que fazemos, devemos fazer simplesmente por amor, e que as demais coisas que possam sobrevir sobre nós são simplesmente consequências, mas não a razão para fazermos ou não fazermos algo. Um dos papéis de um líder é ter esse "espírito de convocação de alegria" aos demais, levando a Igreja a compreender o valor de uma alma. Jesus se alegrava em ter os pecadores à mesa porque eles o estavam ouvindo, e queria Ele que os amigos e vizinhos - escribas e fariseus - de igual modo se alegrassem por saber que aquelas pessoas que eles consideravam perdidas estavam prestes a mudar de vida. Se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram, esse é um dos conceitos mais básicos na pregação do autêntico Evangelho.

Lucas 15:7 - "Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento."
    Essa "alegria no céu" compreende todo o complexo de estado de sentimento espiritual no que se refere ao resgate de uma alma. O Pai se alegra porque seu desejo é que todos os homens sejam salvos; o Filho se alegra porque vê o quanto valeu a pena cada gota de seu sangue derramado na cruz; o Espírito se alegra porque encontrou um novo coração para fazer morada; os três juntos se alegram porque mais uma presa foi resgatada das unhas do adversário e assim o Reino dos Céus está se expandindo pela terra. Como o próprio Senhor disse, os sãos não precisam de médicos, mas sim os doentes; dessa forma compreendemos que nosso foco não tem que ser totalmente ou somente voltado para dentro das quatro paredes do templo, mas para fora delas que é onde estão os verdadeiros necessitados.

Lucas 15:8 - "Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?"
    De igual modo, a parábola da moeda perdida vem fortalecer o objetivo de sua mensagem; imagina o desconforto de se perder dinheiro, você já passou por isso? Um dracma era equivalente ao pagamento da diária de um trabalhador; imagine um dia inteiro de suor e cansaço perdidos, isso não é algo que se deixe pra lá, a pessoa vai empregar todos os seus esforços para reaver esse valor. Dentro dessa linha de raciocínio, Ele nos induz a compreender o valor de uma alma. Isso significa que quando menosprezamos alguém que se perde estamos menosprezando o trabalho e o preço que foi pago por ela: a morte de um inocente na cruz. Devemos considerar a cada um como um bem e jamais nos conformarmos com uma vida que desce à sepultura sem encontrar o caminho para fora da escuridão do abismo. Acender a candeia é buscar luz para procurar os perdidos, varrer a casa é não perder cada oportunidade que surge para falar do amor de Deus, busca com diligência é trabalhar cuidadosamente cada vida que se aproxima. 

Lucas 15:9 - "E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida."
    Mais uma vez Ele lembra da "convocação dos amigos e vizinhos à alegria". Como membro do Corpo de Cristo, qual é sua reação diante de uma alma que se converte ou se reconcilia? Infelizmente, muitos que se dizem cristãos, olham com desconfiança e reagem de acordo com o passado da pessoa, como se a mesma não merecesse uma oportunidade de mudança. Será que esses mesmos foram chamados sendo merecedores de estarem aonde estão? Eram eles dignos da misericórdia e do amor de Deus? O que nos difere ou nos torna melhores que criminosos, ateus, homossexuais ou prostitutas? Na prática, o que temos mesmo são pecados diferentes que também foram perdoados por misericórdia e amor divino, e o fato de termos sido recolhidos numa comunidade evangélica não nos deu um definitivo alvará de soltura do inferno, pois a Bíblia adverte que aquele que está de pé deve ter cuidado para não cair, ou seja, apenas recebemos uma oportunidade a qual também podemos perder a qualquer momento; essa era uma consciência que os escribas e fariseus definitivamente não tinham. Não despreze uma simples moeda! Ela vale muito mais do que você imagina.

Lucas 15:10 - "Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende."
    O que você tem feito no intuito de buscar as valorosas almas perdidas? Não se importar com isso significa ser indiferente ao tormento eterno que elas terão no inferno. Se os anjos do céu se alegram, quem somos nós para sermos indiferentes ao arrependimento de um pecador? O maior investimento de toda a história da humanidade foi feito pelo próprio Criador dela: Ele a amou de uma maneira tão grande e inexplicável deu seu único Filho para que todo aquele que nEle cresse não perecesse, mas tivesse a vida eterna. Preço de sangue; ver o resultado positivo desse inimaginável investimento proporciona sentimentos de alegria nos próprios seres celestiais, pois eles bem sabem o que isso significa. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus e, obviamente, que alegria poderia ter Ele em ver a condenação de sua criação nas chamas da eternidade? Porém, essa escolha é nossa por meio de nossas próprias atitudes. Nesse momento, qual é o sentimento do próprio Espírito Santo com os teus atos, palavras e pensamentos?

Lucas 15:11 - "E disse: Um certo homem tinha dois filhos."
    Para complementar sua mensagem corretiva aos críticos à pregação de arrependimento e oportunidade de salvação aos pecadores, agora Ele conta aquela que se tornou uma das mais conhecidas de suas parábolas: a história do filho pródigo. Pródigo, resumidamente, é um termo que expressa a atitude de uma pessoa que não se preocupa com o planejamento do amanhã e desperdiça o que tem em busca de prazeres momentâneos. Várias mensagens podem ser extraídas dessa narrativa, mas seu objetivo principal era mostrar aos escribas e fariseus que Deus mantém seus braços abertos para receber aqueles que se arrependem de seus erros. A figura de um filho que saía de casa, gastava tudo o que tinha e passava a ter uma vida de sofrimento depois, não deveria ser algo muito incomum na época, então não seria muito difícil para eles entenderem isso. Os dois filhos representam o pecador arrependido e o crente religioso que julga seu próximo como não merecedor de uma outra chance. Será que as vezes não agimos assim?

Lucas 15:12 - "E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda."
    O mais novo pedir a herança antes da morte do pai já era um desrespeito por dois motivos: por questão de primogenitura ele ultrapassou os direitos do mais velhos, e por estar o pai ainda vivo e ele ainda solteiro, ele demonstrava que não queria mais viver sob suas ordens. Tais sentimentos de desprezo pelos direitos alheios ou desrespeito por valores morais são as causas mais comuns para o afastamento de muitos da Igreja. No entanto, analisando toda a parábola, o pai não repreendeu ou sequer questionou o filho por sua atitude, apenas o recebeu com imensa alegria e, a exemplo das duas parábolas anteriores, chamou outras pessoas para se alegrarem com ele. Resumindo, a porta da Casa permanece aberta, mas é necessário que se retorne antes que ela se feche. Você consegue se alegrar com a volta de seu irmão ainda que ele não tenha agido com sensatez?