quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Habacuque - A Soberania Divina sobre as Nações

Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 9 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio

   Atenção Professor!
    Após essa aula, seu aluno deverá estar apto a:
    >    Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Habacuque;
    >    Compreender a situação do país na época de Israel;
    >    Mencionar a resposta de Deus ministrada ao profeta.

O livro de Habacuque nos
revela como o Senhor exerce
sua soberania sobre as
nações usando até mesmo os
inimigos tanto para punir
quanto também para
abençoar o seu povo
Texto Áureo
    Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar. Por que olhas para os que procedem aleivosamente[1], e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele (Hc 1:13)?

Verdade Prática
    A fim de cumprir os seus planos Deus age soberanamente na vida de todas as nações da terra.

Palavra-chave
    Soberania: Qualidade ou condição de um soberano; autoridade; domínio; poder.

Leitura Bíblica em Classe
    Habacuque 1:1-6; 2:1-4 - O peso que viu o profeta Habacuque[2]. 2Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás? 3Por que razão me mostras a iniquidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Naum - O Limite da Tolerância Divina

Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 8 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio

   Atenção Professor!
    Após essa aula, seu aluno deverá estar apto a:
    >    Explicar o contexto histórico do livro de Naum;
    >    Apontar os limites entre tolerância e vindicação;
    >    Conscientizar-se da existência do juízo divino.


Esse mundo já está atingindo o
limite da tolerância divina; mas,
muito breve está o momento em
que o Julgamento Final colocará
um fim definitivo sobre todos os
males causados pelo pecado
existente sobre a face da terra
Texto Áureo
    Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez (Gn 18:32).

Verdade Prática
    No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo[1] da justiça divina.

Palavra-chave
    Tolerância: Ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência.

Leitura Bíblica em Classe
    Naum 1:1-3;9-14 - Peso de Nínive[2]. Livro da visão de Naum[3], o elcosita. 2O SENHOR é Deus zeloso e vingador; o SENHOR é vingador e cheio de furor; o

sábado, 17 de novembro de 2012

A polêmica proposta da retirada da frase "Deus seja louvado" das cédulas de Real

 Essa frase foi inserida nas notas
de Cruzeiro em 1986, pelo então
Presidente José Sarney, e
mantida com a implantação do
Real em 1994, pelo Presidente
Fernando Henrique Cardoso
    No último dia 12, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), que é um órgão pertencente ao Ministério Público Federal (MPF), pediu à Justiça que seja retirada das cédulas de Real a frase "Deus seja louvado". Essa ação movida pelo Procurador federal Jefferson Aparecido Dias, segundo ele e aqueles que o defendem, visa respeitar o princípio laico do Estado o qual deveria ser completamente desvinculado de qualquer tipo de manifestação religiosa. A polêmica proposta encontra grande resistência popular e também política, porque defende os interesses de uma pequena minoria que professa o ateísmo no Brasil, que é uma nação oficialmente cristã, pois mais de 98% de sua população é composta por católicos, evangélicos e por outros segmentos que professam a mesma fé. Se aprovada, a medida de sua retirada deverá ser posta em prática dentro de um prazo máximo de 120 dias.
O Estado é laico? Até que
ponto? Como se pode falar
laicismo num país controlado
por interesses religiosos que
favorecem o domínio de uma
religião que domina sobre as
demais e exerce grande
influência politica?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Filme - O Pastor

Converter-se
verdadeiramente e viver
o Evangelho não é tão
fácil, principalmente
quando os pecados do
passado tentam interferir
no presente; mas nada é
impossível para quem
está realmente decidido
a viver uma nova vida
    Dirigido por Duane Crichton, esse filme produzido nos Estados Unidos em 2008, com o título original de "Saving God", é estrelado por Ving Rhames no papel de Armstrong Cane, o pastor. Sua duração é de 1h40m57s, e o seu roteiro é baseado na violência urbana, a qual é predominante nos bairros periféricos norte-americanos. Armstrong Cane é um ex-presidiário que, ao receber sua liberdade, decide iniciar uma nova vida e assume a direção da igreja que antigamente era dirigida por seu pai. Porém, o bairro estava dominado por violentas gangues de traficantes, cujo o grande chefe de uma delas tentava pressioná-lo a vender o terreno de sua igreja. Ao mesmo tempo, um jovem traficante tentava sair da criminalidade, mas o chefe do tráfico o perseguia impedindo a sua regeneração. O jovem, então busca a ajuda do pastor o qual o aconselha e tenta contornar sua situação. Embora seja norte-americano, o filme narra uma realidade na qual se enquadram muitos brasileiros que tentam sair da criminalidade e mudar de vida através da conversão, mas encontram vários obstáculos. Seu conteúdo não é muito violento e a história é bastante emocionante. Vale a pena conferir.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Miqueias - A Importância da Obediência

Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 7 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio

   Atenção Professor!

    Após essa aula, seu aluno deverá estar apto a:
    >    Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias;
    >    Definir a obediência bíblica;
    >    Conscientizar-se de que o ritual religioso não proporciona relacionamento íntimo com Deus e nem salvação.

Miqueias não foi um
profeta muito
diferente dos demais:
em sua época
enfrentou a idolatria,
a falsa religiosidade,
a prostituição e a
injustiça; essa
também é a realidade
de muitos homens de
Deus da atualidade
Texto Áureo
    Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiro (1º Sm 15:22).

Verdade Prática
    A mensagem de Miqueias[1] leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.

Palavra-chave
    Obediência: O ato ou efeito de obedecer.

Leitura Bíblica em Classe
    Miqueias 1:1-5; 6:6-8 - Palavra do SENHOR, que veio a Miqueias, morastita[2], nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria[3] e Jerusalém. 2Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, e tudo o que nela há; e seja o Senhor DEUS testemunha contra vós, o Senhor, desde o seu santo templo. 3Porque eis que o SENHOR está para sair do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra. 4E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam num abismo. 5Tudo isto por causa da transgressão de Jacó, e dos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? Não é

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Jonas - A Misericórdia Divina

Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 6 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio

    Veja esse mesmo esboço em slides de PowerPoint: http://www.slideshare.net/jonasmartinsolimpio/jonas-a-misericrdia-divina

   Atenção Professor!
    Após essa aula, seu aluno deverá estar apto a:
    >    Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Jonas;
    >    Conhecer o atributo da misericórdia divina;
    >    Conscientizar-se da perenidade da misericórdia de Deus.

O pecado de Jonas ocasionou 
problemas não somente para 
ele, mas também para todos os 
ocupantes daquele navio; a 
desobediência é um mal tão 
terrível que nos coloca em 
situações inesperadas juntamente 
com as pessoas que estão ao 
nosso lado
Texto Áureo
   E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez (Jn 3:10).

Verdade Prática
    O relato de Jonas[1] ensina-nos o quanto Deus ama e está pronto a perdoar os que se arrependem.

Palavra-chave
    Misericórdia: Sentimento de solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia; compaixão, piedade.

Leitura Bíblica em Classe
    Jonas 1:1-3;15,17; 3:8-10; 4:1,2 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai[2], dizendo: 2Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive[3], e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. 3Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis[4]. E descendo a Jope[5], achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe

domingo, 4 de novembro de 2012

Reforma Protestante

A venda de indulgências foi um dos
principais fatores que levaram à
Reforma Protestante, para
vendê-las, a Igreja Católica da
época usava o seguinte argumento:
"Assim que uma moeda tilinta no
cofre, uma alma sai do purgatório."
    Entre tantas datas religiosas, existe uma praticamente esquecida no cristianismo: trata-se do dia 31 de outubro de 1517; nesse dia, uma cena marcante mudou o rumo da história dos cristãos: um homem, mais precisamente, um sacerdote católico chamado Martinho Lutero, num ato desafiador contra seus superiores, fixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg, na Alemanha, um documento que passou a ser conhecido como "As 95 Teses da Reforma Protestante", o qual expôs para toda a sociedade os abusos e as heresias contidas em diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana; a base de suas teses é denominada de "os cinco solas", que em português significa "os cinco somentes", os quais são: sola fide (somente a fé); sola scriptura (somente a Escritura); solus Christus (somente Cristo); sola gratia (somente a graça); soli Deo gloria (glória somente a Deus). Não é nem preciso dizer que tais afirmações incomodaram bastante - e ainda incomodam - o clero e os seguidores da autoridade religiosa do Vaticano.
Lutero, um simples rapaz criado
no campo, foi levantado por Deus,
enviado às melhores escolas da
Alemanha para ser preparado e
poderosamente usado para dar
início a um renascimento ao
cristianismo, o qual se encontrava
totalmente mergulhado na apostasia
daqueles que abusavam do poder e
da ingenuidade alheia em nome de
seus próprios benefícios
    Mas, para entender a Reforma, é preciso conhecer um pouco da história de seu protagonista: Martinho Lutero. O alemão Martin Luther - nascido na cidade de Eisleben em 10 de novembro de 1483 - foi um simples sacerdote católico agostiniano; um professor de Teologia que, aos 33 anos de idade, impulsionado pelo Espírito Santo de Deus, não se acovardou diante das ameças que o cercavam e denunciou toda a podridão do sistema eclesiástico predominante na época, defendendo assim a fé no verdadeiro Evangelho da maneira como as Escrituras Sagradas realmente ensinam. O cenário religioso em toda a Europa era caótico: o Papa Leão X exercia grande influência política, o que também fazia com que a Igreja apoiasse e se envolvesse em guerras; e um dos piores problemas era a ambição capitalista: até mesmo a "salvação era vendida" por meio de indulgências - perdão total ou parcial dos pecados -. Lutero se recusou a obedecer as ordens do Papa de retirar suas teses, respondendo-lhe por escrito da seguinte forma: "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus", e, por essa razão, foi excomungado - considerado maldito, excluído e afastado de suas funções - no ano 1521. Essa punição o fortaleceu ainda mais em seus objetivos: ele continuou a ensinar que a salvação é alcançada por meio da graça através da fé e não pelas obras, dizendo que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divinamente revelada, que Jesus Cristo é o único mediador entre, e que a glória deve ser dada somente a Deus. Posteriormente, traduziu a Bíblia do latim para o inglês e, nas reuniões com seus seguidores protestantes, em seus cultos, introduziu o cântico de hinos e, para escandalizar mais ainda os tradicionalistas católicos, casou-se com Catarina Von Bora - uma freira -, mostrando sua posição favorável ao casamento de líderes ou ministros religiosos. Lutero faleceu no dia 18 de fevereiro de 1546, com 63 anos de idade, de causas desconhecidas por seus médicos. Seus trinta anos de luta pelo verdadeiro Evangelho foram marcados por muitas polêmicas, perseguições, acusações e inúmeras situações adversas, das quais algumas são detalhadamente interpretadas pelo ator Joseph Fiennes no filme Lutero.
Suas teses, embora tenham sido
escritas de acordo com a situação
da época, se encaixam
perfeitamente á realidade atual
    Como bem sabemos, o grande marco histórico que melhor caracteriza a Reforma Protestante são as 95 Teses que ele colocou na porta da igreja do castelo de Wittenberg. Esse ato chamou a atenção de muitas pessoas que também já não aguentavam mais os abusos da autoridade católica e despertou várias outras que passaram a enxergar essa realidade. E, como todas as ações de características revolucionárias, essa atitude provocou a fúria da elite sacerdotal, a qual era muito beneficiada com a corrupção espiritual e política. Mas qual era o conteúdo dessas teses? Vejamos cada uma delas:

  1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. (Mt 4:17), o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
  2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
  3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
  4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
  5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
  6. O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
  7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
  8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
  9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
  10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
  11. Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
  12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
  13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
  14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
  15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
  16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
  17. Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
  18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
  19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
  20. Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
  21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
  22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
  23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
  24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
  25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
  26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
  27. Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando (do purgatório para o céu).
  28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
  29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com são Severino e são Pascoal.
  30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
  31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
  32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
  33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
  34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
  35. Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
  36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
  37. Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
  38. Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
  39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
  40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
  41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
  42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
  43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
  44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
  45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
  46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
  47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
  48. Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
  49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
  50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
  51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
  52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
  53. São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
  54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
  55. A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
  56. Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
  57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
  58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
  59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
  60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
  61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
  62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
  63. Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
  64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
  65. Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
  66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
  67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
  68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
  69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
  70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
  71. Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
  72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
  73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
  74. Muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
  75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
  76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
  77. A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
  78. Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1ª Coríntios 12.
  79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
  80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
  81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
  82. Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?
  83. Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
  84. Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
  85. Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
  86. Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
  87. Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
  88. Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
  89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
  90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
  91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
  92. Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!
  93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
  94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;
  95. E, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

Vários foram os homens que
lutaram persistentemente contra
o poder religioso e político de
Roma; no cenário evangélico atual,
há sim vários homens que lutam
também na defesa do Evangelho,
porém, a grande maioria
permanece inerte mediante aos
cruéis ataques dos lobos
devoradores
    Como vimos, a grande luta de Lutero era contra os corruptos que usavam o nome de Deus em seu próprio benefício. A Reforma abriu caminhos para que o cristianismo se expandisse em outros segmentos, não sendo mais uma exclusividade do catolicismo. A partir daí, as pessoas viram que é possível pensarem por si próprias e terem liberdade para adorar e servir a Deus tendo a Bíblia - e não o homem -, como base de sua fé e guia de sua conduta. Hoje, no entanto, no próprio meio evangélico, muitos não fazem por merecer serem chamados de protestantes, porque já se conformaram a podridão desse mundo e estão infiltrando o pecado dentro da igreja. Precisamos de uma reforma urgente, mas não estamos esperando que se levante nenhum novo Martinho Lutero organizando alguma espécie de movimento revolucionário, pois, a única coisa que pode ser realmente reformada em tempos tão difíceis é o coração de cada um de nós que, de várias formas, precisa ser melhorado através das atitudes com a renovação do entendimento para que se possa experimentar a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm 12:2). Os cristãos - principalmente os que se dizem protestantes - necessitam com urgência de um despertamento para entenderem a importância de retornarem às suas origens e compreenderem o significado da Reforma Protestante, porque não são poucos os "crentes" que, no dia 31 de outubro, comemoram o dia das bruxas, exaltando a Satanás e envergonhando o nome de Jesus Cristo, ignorando e desmerecendo o grandioso sacrifício que Ele fez por todos nós.

Jonas M. Olímpio

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Obadias - O Princípio da Retribuição

Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 5 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio

   Atenção Professor!
    Após essa aula, seu aluno deverá estar apto a:
    >    Conceituar soberania divina e livre arbítrio;
    >    Elencar os elementos contextuais do livro de Obadias;
    >    Saber o princípio da retribuição divina.

A justiça divina é imparcial e não
considera simplesmente os atos do
pecador, mas principalmente 

seu coração
Texto Áureo
    Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todos os gentios; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça (Ob 1:15).

Verdade Prática
    Obadias[1] mostra que a lei da semeadura e o princípio da retribuição constituem uma realidade da qual ninguém escapará.

Palavra-chave
Soberania: Qualidade ou condição de soberano.

Leitura Bíblica em Classe