Por que perder tempo repetindo palavras decoradas, se podemos conversar abertamente com nosso Pai dizendo palavras que saem do profundo do nosso coração? |
Os gentios[1] de antigamente tinham o ingênuo costume de repetir
insistentemente “frases de efeito” além de também fazerem sacrifícios de
auto-mutilação achando que assim receberiam algo de suas divindades (1ª Rs 18:26-29). Imagina só: frases decoradas sendo pronunciadas por várias
vezes seguidas, penitências[2] impostas de acordo com cada necessidade, reverências[3] e clamores praticados diante de imagens de escultura. Isso te
lembra algo nos dias atuais? Embora essas práticas sejam condenadas por Deus,
esses costumes pagãos[4] prevalecem atualmente não somente
entre povos sem o conhecimento do Evangelho -como os hindus e os indígenas, por
exemplo-, mas também entre muitos dos que professam a fé cristã. É muito comum,
quando a pessoa comete um erro que considera grave ou quer alcançar alguma
bênção, procurar um padre e ser orientada por ele a rezar[5]
tantas “ave-marias”, não sei quantos “pais nossos” e inúmeras outras orações já
previamente preparadas para cada ocasião. Mas a oração não é uma terapia[6] e
nem tampouco um modo de comover o Senhor através do sofrimento pelo sacrifício
de repetir várias vezes as mesmas frases, ou de andar quilômetros com uma cruz
nas costas e subir as escadas de uma igreja de joelhos, por exemplo. Para
sermos ouvidos por Ele devemos ter intenções sinceras em nosso coração. Não é o
respeito as tradições religiosas ou as confissões positivas que saem de nossa
boca que o convencerão a nos abençoar (Lc 18:13,14).
Muitos caminham em vão achando que estão no caminho certo por seguirem líderes que não as ensinam a ter uma verdadeira intimidade com Deus. |
Mas será que
são só os católicos ou os praticantes de religiões não-cristãs que se utilizam de
vãs repetições em seus momentos de adoração? Pois em nosso próprio meio -nós,
os evangélicos pentecostais- o que tem predominado ultimamente são as
apelativas e constrangedoras frases de efeito. Estou me referindo a frases do
tipo: “Olhe para o irmão que está do seu
lado e repita comigo: ‘Você é mais que vencedor!’; ‘Profetizo prosperidade em
sua vida!’; ‘Dá glória a Deus porque crente que não faz barulho tem defeito de
fabricação!’; ‘Faça sua oferta do sacrifício porque sem fé é impossível agradar
a Deus!’”. Sabe por que está acontecendo isso? Por parte do povo é falta de
Bíblia (Os 4:6;
Pr 1:30-32) e por parte desses tais pregadores é abuso de
“autoridade” (Jr
2:8). Pois quem conhece e respeita as Sagradas Escrituras sabe muito
bem que mais que vencedores são aqueles que obedecem a Palavra (Rm 8:35-37);
as profecias não podem ser produzidas por vontade de homem algum (2ª Pe 1:20,21);
não adianta honrar a Deus com os lábios se o seu coração estiver longe dEle (Mc 7:5-9);
O Senhor está atento ao ofertante e não ao valor de sua oferta (Mc 12:41-44).
Responda com sinceridade: de que adianta declarar que alguém é vencedor sem
saber se ele está espiritualmente de acordo com os mandamentos e dentro dos
propósitos divinos? Como podemos profetizar prosperidade ou qualquer outra
coisa sem que Deus nos mande profetizar? Será que quando glorificamos a Deus em
voz alta por termos sido constrangidos a isso é agradável ao Senhor? Pode uma
pessoa com o coração magoado, cheia de ira e levando uma vida em desacordo com
as santas escrituras ser abençoada somente por sua contribuição financeira,
sendo que ela somente contribui por interesse? Essas frases de efeito, mesmo
que ditas sem maldade, não contribuem plenamente para a edificação da alma do
ouvinte, não colaboram para a melhora de sua vida cotidiana, não exaltam ao
nome do Senhor e nem impulsionam a obra de Deus ao crescimento. Elas são
utilizadas para mexer com o lado emocional do público e fazê-lo se alegrar,
pular, gritar, chorar e obedecer o elemento que está armado com o microfone nas
mãos. Esboçar tais emoções nem sempre significam sentir a presença de Deus,
pois essas mesmas reações os ímpios também expressam num estádio de futebol,
num capítulo da novela, diante de uma notícia que causa revolta, no término de
um relacionamento amoroso, durante uma festa, enfim, em qualquer situação, pois
são reações próprias do ser humano causadas pela adrenalina[8]
estimulada pelo seu intelecto através de mensagens exteriores absolvidas pelos
seus sentidos naturais (visão, olfato, paladar,
audição e tato). É claro que essas atitudes também podem expressar nossas
emoções quando sentimos a presença de Deus, mas não podemos nos esquecer do
seguinte detalhe: nem todo barulho é sinônimo de poder, porque ele pode estar
apenas sendo causado pela habilidade persuasiva[9] do
orador. E seus objetivos em tais atitudes são quase sempre os mesmos: agradar a
maioria, obter status[10],
conquistar aplausos e, principalmente, obter retorno financeiro: e isso
independentemente de eles estarem agindo com maldade ou por ingenuidade. Porém,
esses tais pregadores deveriam repensar e ter mais cuidado com suas atitudes
porque com Jeová não se brinca e ai daquele que desmerecer os verdadeiros
anunciadores do Evangelho querendo gananciosamente satisfazer seus próprios
interesses (At
5:34-38[11]).
Não importa quais palavras usemos, os ouvidos de Deus estarão sempre prontos a ouvir as palavras que saem do nosso coração. |
Devemos lutar contra qualquer tipo de idolatria, começando com as que estão inseridas em nosso meio. |
[1]Gentio: Qualquer povo fora de
Israel. Quem segue o paganismo. Quem não
é civilizado. Grande quantidade de gente.
[2]Penitência: Arrependimento
de haver ofendido a Deus. Pena imposta pelo confessor. Um dos sete
sacramentos da Igreja Católica. Qualquer
sacrifício para expiação de pecados (jejuns, orações etc.). Castigo. Incômodo,
tormento.
[3]Reverência: Respeito com temor, veneração, consideração; honra.
[4]Pagão: Relativo ao
paganismo ou politeísmo. Adepto do paganismo. Diz-se de toda
religião ou pessoa que não seja cristã nem judaica. Maometano, em
relação aos cristãos, e herético, em relação aos católicos. Animal xucro, ainda não montado, ou
nos primeiros galopes da doma. O que segue uma religião nativa, não cristã nem judaica,
caracterizada pelo politeísmo e pela superstição. Pessoa não
batizada, ou que não segue o catolicismo.
[5]Reza: Ação ou efeito de
rezar. Oração ou série de orações decoradas e repetidas várias vezes, recitadas
por dever, ou por livre vontade e devoção, em família ou na igreja. Conjunto de orações recitadas durante o velório, de permeio
com fórmulas supersticiosas, em sufrágio da alma do falecido.
[6]Terapia: É a parte da medicina que estuda e põe em
prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes.
[7]Perseverança: Permanência num estado ou numa atividade, mesmo em caso de oposição ou
fracasso (Ef 6:18; Mc 13:13; Rm 2:7).
[8]Adrenalina: Princípio ativo e hormônio principal elaborado pela parte medular das glândulas supra-renais e libertado pela excitação das fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares. É um potente vasoconstritor e hipertensor; adnefrina, epinefrina.
[9]Persuadir: Capacidade de convencer. Levar ou induzir a fazer, a aceitar ou a crer.
[10]Status: Posição do indivíduo no grupo determinada pelas relações com todos os outros membros através de competição consciente. Posição legal de um indivíduo. Condição, situação.
[11]Fariseus: [Hebr.] Separados. Judeus devotos ao Pentateuco. Participavam das reuniões legislativas da sinagoga. Formavam um grupo de fanáticos e hipócritas (o que não era o caso de todos, pois haviam exceções, como era o caso de Gamaliel que defendeu os apóstolos que estavam presos por pregarem a Palavra (At 5:34-38)) que se opuseram duramente contra Jesus Cristo. Segundo a história, nessa época, eles eram aproximadamente 6 mil pessoas.
[12]Centurião: Chefe de uma centúria (grupo de cem homens) na milícia romana.
[13]Criado: Servo. Empregado que faz o serviço doméstico. Alguns eram contratados e outros já nasciam dentro da casa do patrão e eram tratados como membros da família.
[14]Idolatria: Adoração de Ídolos. Deus proíbe a adoração de qualquer imagem, seja de um deus falso ou do Deus verdadeiro (Êx 20:3-6). As nações que existiam ao redor de Israel eram idólatras, e Israel muitas vezes caiu nesse pecado (Jr 10:3-5; Am 5:26-27). Entre outras, eram adoradas as imagens de Baal, Astarote e Moloque e o Poste-ídolo.
[15]Recitar: Dizer ou ler uma composição literária, em prosa ou em verso em voz alta e declamatória.
[8]Adrenalina: Princípio ativo e hormônio principal elaborado pela parte medular das glândulas supra-renais e libertado pela excitação das fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares. É um potente vasoconstritor e hipertensor; adnefrina, epinefrina.
[9]Persuadir: Capacidade de convencer. Levar ou induzir a fazer, a aceitar ou a crer.
[10]Status: Posição do indivíduo no grupo determinada pelas relações com todos os outros membros através de competição consciente. Posição legal de um indivíduo. Condição, situação.
[11]Fariseus: [Hebr.] Separados. Judeus devotos ao Pentateuco. Participavam das reuniões legislativas da sinagoga. Formavam um grupo de fanáticos e hipócritas (o que não era o caso de todos, pois haviam exceções, como era o caso de Gamaliel que defendeu os apóstolos que estavam presos por pregarem a Palavra (At 5:34-38)) que se opuseram duramente contra Jesus Cristo. Segundo a história, nessa época, eles eram aproximadamente 6 mil pessoas.
[12]Centurião: Chefe de uma centúria (grupo de cem homens) na milícia romana.
[13]Criado: Servo. Empregado que faz o serviço doméstico. Alguns eram contratados e outros já nasciam dentro da casa do patrão e eram tratados como membros da família.
[14]Idolatria: Adoração de Ídolos. Deus proíbe a adoração de qualquer imagem, seja de um deus falso ou do Deus verdadeiro (Êx 20:3-6). As nações que existiam ao redor de Israel eram idólatras, e Israel muitas vezes caiu nesse pecado (Jr 10:3-5; Am 5:26-27). Entre outras, eram adoradas as imagens de Baal, Astarote e Moloque e o Poste-ídolo.
[15]Recitar: Dizer ou ler uma composição literária, em prosa ou em verso em voz alta e declamatória.
Jonas Martins Olímpio
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