Esse é um dos
versículos preferidos dos pregadores da saúde perfeita, os quais o usam para
dizer que crente não pode sofrer e para atacar a fé e a santidade daqueles que
não são curados; então isso quer dizer que eles próprios nunca ficam doentes?
Bom... isso é uma outra história. Por outro lado, os cessacionistas - teólogos
que defendem a teoria de que as curas milagrosas foram cessadas na era
apostólica, não tendo mais validade para os dias atuais - afirmam que as
enfermidades e dores aqui descritas não são físicas, mas sim espirituais;
porém, uma declaração do próprio Senhor Jesus deixa claro que isso se refere
sim à doenças físicas (Mt 8:16,17). Assim sendo, por que então muitos crentes sofreram e ainda
sofrem com vários problemas de saúde?
Todos os problemas de modo geral - não
apenas os relacionados à saúde - são consequências do pecado original cometido
lá no Jardim do Éden (Gn 3:16-19), sob o qual já nascemos com uma natureza pecaminosa, ou seja, com
tendência a pecar. No entanto, não é o pecado ou a santidade, ou mesmo a fé que
definem o nosso mal ou bem-estar - embora também possam influir -, mas,
normalmente, as consequências do próprio modo de vida que levamos. O próprio
Jesus afirmou que no mundo teríamos aflições (Jo 16:33), mostrando também que
vivemos num mundo habitado pelo mal (Jo 17:14,15; 1ª Jo 5:19). Então, dizer que
um crente enfermo está em pecado ou não tem fé, significa acusar alguns
profetas e apóstolos de pecado ou falta de fé porque viveram e morreram doentes.
O contexto desse versículo de Isaías apenas mostra o quanto o Messias sofreria
para dar à humanidade - os que nEle
crescem - uma oportunidade de libertação tanto espiritual quanto física,
mas não é uma garantia de que não passaríamos por desconforto em nosso corpo
humano.
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