segunda-feira, 10 de outubro de 2016

"Não Julgueis Para Não Serem Julgados”

Muitos usam a expressão "não
julgueis
" para tentar amordaçar
aqueles que não aceitam seus
pecados; porém, biblicamente,
essa advertência não é uma
ordem divina para encararmos
tudo como se fosse normal,
mas sim uma exortação para
que não falemos e nem
tomemos nenhuma atitude
sem provas mediante qualquer
tipo de acusação.
Mateus 7:1 - “Não julgueis, para que não sejais julgados,”
    Depois das frases de efeito que determinam bênçãos, a expressão “não julgueis” é uma das preferidas da atual geração gospel. Isso porque muitos, por serem descompromissados com as doutrinas bíblicas, precisam de argumentos também bíblicos para se defenderem quando se sentem acusados em relação a seus pecados. Então isso quer dizer que podemos julgar? Se é assim, por que Jesus disse para não julgar? Calma aí... Vamos por partes. A primeira coisa a se entender é o significado do verbo “julgar” e a situação em que ele é aplicado. Julgar nada mais é que “supor”, “imaginar”, “pensar”; no entanto, muitos confundem com “condenar”. Isso significa que embora tenhamos o direito de deduzir algo sobre alguém, devemos ter cuidado para não transformar isso num julgamento para condenação; primeiro porque só Deus tem o direito de condenar e segundo porque jamais devemos falar algo sem provas.
    Na Lei, o Senhor separou juízes em Israel, porque sem julgamentos não há como fazer justiça numa sociedade (Dt 1:15-18). Há muitas situações em que nós cristãos temos o dever de julgar para resolver algo (Gl 6:1) ou ajudar a pessoa que está no erro (2ª Ts 3:11-15; 1ª Co 5:1-5); esse é o papel da Igreja (Mt 18:15-17; 1ª Co 6:1-8). O que Jesus condenou foram as acusações sem provas e a hipocrisia (Mt 7:2-5), como também a falta de perdão (Jo 8:10,11; Mt 6:14,15). Julgamentos indevidos podem ainda ocorrer em sentido positivo como, por exemplo, falar bem de alguém sem saber se ele é mesmo digno de honra e confiança. Julgamentos precisam ter por base a justiça divina (Jo 7:24), o discernimento espiritual (1ª Jo 4:1) e a observação de conduta (Mt 7:15-20). O cristão que não julga é facilmente enganado e acaba consentindo com o pecado. Quando Jesus disse que Ele não veio para julgar (Jo 8:13-18), se referiu à sua onisciência, pois quem presencia ou conhece um fato não está julgando, mas apenas relatando e tomando atitude em relação ao que viu. Concluindo: quem muito teme julgamento é porque muito esconde (Jo 8:7-9)!

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