Mateus 5:37 - “Seja, porém, o vosso falar:
Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.”
Aparentemente, uma frase de fácil
compreensão, mas, infelizmente, até isso conseguem interpretar equivocadamente.
Não foram poucas as vezes em que ouvi crentes - inclusive líderes e pregadores - fazerem uso dessa afirmação de
Jesus, cobrando responsabilidade dos irmãos, cometendo o erro de, por exemplo, acharem
que se alguém é perguntado sobre uma decisão que precisa tomar, é obrigado a
ter um “sim” ou “não” como resposta imediata; e isso induz à imprudência, pois
é como se a pessoa tivesse que “prever o futuro” sem analisar a situação
considerando as possibilidades ou imprevistos na realização de tal ato. É como
se fosse pecado responder com um “talvez” porque a palavra do crente tem que ser “sim, sim” ou “não, não”.
Jesus
dirigiu essa mensagem ao povo devido a necessidade de compreenderem o real
sentido do cumprimento dos mandamentos: não tomar o nome de Deus em vão (Êx 20:7).
Primeiro Ele lembra que a Lei diz para não descumprir os juramentos feitos (Mt 5:33),
pois jurando em falso estamos profanando o nome do Senhor (Lv 19:12);
então fala que não se deve jurar nem pelo céu (Mt 5:34),
o qual está acima de nós e representa sua morada (Mt 23:21,22) e
nem pela terra (Mt
5:35), porque o que nela há é
criação dEle (Mt 23:16-20); e ainda nem por si próprio (Mt 5:36),
porque não temos poder nem mesmo sobre nosso corpo (Tg 4:13-15). Isso
significa, ainda que nossas intenções sejam boas, nossos projetos são falhos e
podem nos tornar mentirosos ao não cumprirmos nossas promessas (Lc 14:28-32).
O contexto desse ensinamento visa exatamente nos orientar sobre a importância
da honestidade (Tg
2:12; Fp 4:8), lembrando ainda
que quando não cumprimos aquilo a que nos comprometemos estamos sendo usados
pelo maligno (Jo
8:44; Tg 4:16). Então não podemos assumir
compromissos? Podemos sim! Devemos! Mas com prudência e considerando que somos
sujeitos a falhas (Tg
5:12).
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