Resumo baseado na revista Lições Bíblicas Adultos da CPAD - 2º Trimestre de 2015 (Jesus, o Homem Perfeito - O Evangelho de Lucas, o médico amado) | Lição 5 | AD Belém - Congr. Elias Fausto/SP - Jonas M. Olímpio
Os mais variados métodos aplicados por Jesus em seus discípulos tiveram êxito porque, além de usar sua própria vida como exemplo, Ele agia como amigo deles. |
Lucas 14:25-35 - Ora, ia com ele uma grande
multidão; e, voltando-se, disse-lhe: 26Se alguém vier a mim, e não
aborrecer[1] a seu pai, e mãe, e
mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não
pode ser meu discípulo[2]. 27E qualquer
que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. 28Pois
qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as
contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? 29Para que não
aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos
os que a virem comecem a escarnecer dele, 30Dizendo: Este homem
começou a edificar e não pôde acabar. 31Ou qual é o rei que, indo à
guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho
sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
32De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores,
e pede condições de paz. 33Assim, pois, qualquer de vós, que não
renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. 34Bom é o
sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar? 35Nem presta
para a terra, nem para o monturo[3]; lançam-no fora. Quem tem
ouvidos para ouvir, ouça.
Em seu ministério terreno, entre as
inúmeras qualidades do grande Mestre[4],
existe uma em especial que não há como deixar de notar: Ele foi uma grande
líder, e nos deixou vários exemplos de como exercer essa essencial função no
Reino de Deus. Uma das principais qualidades de um bom líder é saber selecionar
sua equipe e distribuir adequadamente sua funções. Os três primeiros livros de
registro do Evangelho relatam os nomes dos doze que foram escolhidos por Ele
para atuarem constantemente ao seu lado (Mt 10:1-4; Mc 3:13-19; Lc 6:12-16).
Segundo a narração de Lucas, os nomes dos escolhidos são os seguintes: Simão
Pedro[5],
André[6],
Tiago[7],
João[8],
Filipe[9],
Bartolomeu[10],
Mateus[11],
Tomé[12],
Tiago (filho de Alfeu)[13],
Simão Zelador[14],
Judas (filho de Tiago)[15]
e Judas Iscariotes[16].
Os mesmos foram por Ele chamados de apóstolos[17] e,
recebendo poder espiritual, foram enviados à pregar. Mas o que havia de
especial nesses homens? Nada além da disposição para segui-lo! Em seus
ensinamentos, Ele sempre destacou a importância da responsabilidade e do
comprometimento daqueles que se dispusessem a segui-lo (Lc 14:25-35).
Conforme podemos ver também no livro de
Lucas, em sua habilidade administrativa Jesus demonstra grande capacidade para
ensinar (Lc 4:15,31,32; 5:3,17; 6:6; 11:1,2; 13:10,22,26; 19:47; 20:1,21;
21:37; 23:5; 24:27); inclusive, a maioria dos seus escolhidos para essa missão
especial era de homens simples que não usufruíam de grandes conhecimentos fora
de suas profissões seculares, o que exigia de sua parte grande dedicação em
ensinar. Inclusive, desde criança, Jesus exercia muito bem o ensinamento em seu
ministério e, ao longo de sua vida, principalmente nos últimos três anos, suas
pregações e conversas pessoais são repletas de ensinamentos. E é importante
destacar que naquela época existia muitos ensinadores, pois havia muitos
mestres especializados na Lei, entre os quais se incluíam os escribas[18],
os fariseus[19],
os essênios[20],
os saduceus[21],
os herodianos[22]
e os zelotes[23] entre
outros, que ensinavam expondo suas ideologias, geralmente políticas, no templo,
nas sinagogas e nas ruas, como também os próprios sacerdotes exerciam essa
função como parte do seu ofício religioso; mas algo diferenciava Jesus dos
doutores da época: a sua autoridade; pois suas palavras não ficavam apenas na
mente, mas mexiam com o coração dos seus ouvintes (Lc
4:32; Mt 7:28,29).
Não é atoa que os apóstolos Paulo, Pedro e
João orientavam a Igreja a seguir os exemplos de Cristo (Ef 5:1,2; 1ª Pe
2:21,22; 1ª Jo 2:6); exemplos esses que devem ser observados em todos nós (1ª
Co 11:1). Jesus não somente falava, Ele agia da forma como mandava que seus
seguidores agissem. Essa conduta Ele ensinava não somente ao povo, mas
principalmente aos seus discípulos em particular. Seus discípulos podiam ouvir
suas lições e assistir suas aulas práticas em todo os seu modo de viver e não
apenas quando estava falando sobre religião. Sua conduta era irrepreensível,
fazendo com que aqueles que o afrontassem se achassem como mentirosos. Com
isso, uma coisa que Ele deixou bem clara para seus seguidores foi que palavras
sem atitude são vazias e consistem em hipocrisia (Lc
11:42-46).
Como bem sabemos, bons líderes não formam
sua equipe com pessoas chamadas casualmente, ou simplesmente pela boa aparência
ou conveniências particulares - ressalto
que me refiro aos bons líderes -. O método seletivo aplicado por Jesus em
relação aos doze que certamente exerciam também uma certa liderança em relação
aos demais que o seguiam, consistia em analisar não simplesmente a capacidade
intelectual como faz a maioria, mas também as condições psicológicas, o
conhecimento em relação às pessoas e o lugar em que viviam e, principalmente, a
boa vontade em fazer algo em benefício do próximo. O mais impressionante em sua
visão de liderança é que, à primeira vista, dá a impressão que muitas de suas
escolhas foram equivocadas como, por exemplo: Pedro era descontrolado e indouto
(At 4:13; Jo 18:10,25-27), Judas Iscariotes era ladrão e o traiu (Jo 12:6; Mc
14:43-45) e muitos dos outros eram simples trabalhadores comuns não muito bem
vistos pela sociedade (Lc 5:27-30); e, em contrapartida, recusou a outros
aparentemente bem capacitados e dispostos a segui-lo (Lc 9:57-62). Entretanto,
quando analisamos de forma espiritual e não “comercial”, vemos que cada escolha
fazia parte do plano para que se cumprisse tudo o que estava escrito a seu
respeito e se concretizasse a salvação da humanidade. Cada um, com suas
particularidades, possuía qualidades essenciais na missão que em que recebera
do Mestre, pois tinha conhecimento sobre o lugar e as pessoas com quem
conviviam e, especificamente, Judas Iscariotes foi um instrumento usado por
Deus para que Jesus fosse preso, e Pedro se tornou um dos maiores pregadores de
todos os tempos. Isso nos ensina que nossa escolha não é em vão; o Mestre te
chamou com um objetivo especial, sinta-se honrado por poder fazer parte de seu
plano de salvação (Lc 10:17-20).
Como um bom líder, Jesus apresentava as
condições de serviço e também o salário de seus colaboradores; ninguém o seguia
enganado. Segui-lo não era simplesmente uma aventura ou uma experiência de
vida. As pessoas que com Ele estavam sabiam muito bem que teriam que renunciar
ao conforto e a segurança de seu lar, como também sua saúde e sua própria
reputação, pois, à vista da sociedade, não era um grande status andar com um
homem que, com suas atitudes, dizendo cumprir a Lei, desafiava os sacerdotes e
os governantes da época. Era preciso ter ao seu lado pessoas determinadas e
corajosas que não tomassem decisões por empolgação ou interesses materiais e,
por essa razão, Ele não divulgou um anúncio dizendo “há vagas”, mas procurou, chamou e ensinou a cada um deles conforme
a necessidade do Reino. Mas, mesmo diante do grande sofrimento que enfrentaram,
certamente ninguém se arrependeu de ter aceitado suas propostas, pois, aos que
o seguiram fielmente, trabalhando conforme Ele mandou, nada faltou (Lc 18:28-30; 22:35).
Como relatam as Escrituras, os discípulos
tinham uma perfeita consciência de que ao aceitar seguir a Jesus, estavam
aceitando uma radical mudança no destino de suas vidas. Não se tratava de uma
simples mudança de religião, de cidade, de postura social ou de ideologia, mas
de algo tão profundo em seu interior que os faria ter coragem de enfrentar até
mesmo desconforto físico resultando em sua própria morte em nome da causa. Existe
um questionamento em relação aos sentimentos familiares de seus discípulos e do
próprio Jesus, mas, analisando profundamente os textos em que Ele diz que para
segui-lo é preciso deixar ou aborrecer a própria família, está se referindo à
nossa necessidade de, algumas vezes, confrontar aqueles que estão ao nosso lado
quando sua postura é de impedimento quanto ao nosso chamado; não se trata
literalmente de abandoná-los, mas de não ouvi-los se se os mesmos forem
contrários à nossa opção de seguir o Mestre. Você quer mesmo segui-lo? Então
reveja o conceito de prioridades em sua vida (Lc 9:23,24)!
Cada um daqueles homens tinha diferentes
pensamentos e modos de agir em tudo quanto faziam. Vemos, pelo momento de seu
chamado, que eram trabalhadores, o que significam que tinham preocupação com
sua família e suas responsabilidades sociais, e por isso estavam preocupados em
garantir suas provisões materiais. A prioridade de todos, cada um ao seu modo,
era financeira, pois o dinheiro é a base do conforto e da própria sobrevivência.
Porém, ao conhecer Jesus, eles passaram a entender que existe uma prioridade
muito maior do que o sustento físico: o sustento espiritual. Será que foi uma
tarefa fácil convencê-los de que deveriam rever os valores pelos quais eles
foram ensinados a lutar desde crianças e que sempre fez parte da cultura do seu
povo? Obviamente não. Mas, o grande Mestre sempre soube como agir e falar de
uma forma que alcançasse tanto a mente quanto o coração dos seus ouvintes. Ele conseguiu
inserir neles a visão do Reino Celestial, mostrando-o como um “investimento” a
longo prazo com efeito eterno. Com isso Ele nos permite entender que o
verdadeiro líder cristão tem a obrigação de ensinar seus liderados a
compreenderem que embora a luta pelas coisas dessa terra seja importante, ela
deve ficar em segundo plano porque é passageira, mas a busca espiritual é
primordial porque a vida após a morte é eterna, seja ela para a salvação ou
mesmo para a condenação. Uma das responsabilidades dos obreiros da Igreja atual
é levar o povo a compreender que não se deve relaxar em suas obrigações
sociais, mas sobretudo, deve entrega-las nas mãos do Senhor porque é Ele que
cuida de nós. Nosso chamado, nossos dons, nossa missão, enfim, todas as nossas obrigações
referentes ao Reino de Deus dependem de nossa confiança e fidelidade a Ele. Então,
sigamos o exemplo do nosso Salvador: como líder Ele foi tão eficaz que fazia
seus discípulos sentirem-se seguros quanto a sua vida material; pois seu método
de liderança incluía também o planejamento, a organização e a orientação passo-a-passo
de como deveriam proceder, assim passando confiança àqueles que com Ele
caminhavam (Lc 9:1-6,12-16).
Uma das principais funções dos discípulos
era pregar e ensinar a Palavra. E Jesus não se limitou a dizer que eles tinham
que anunciar o Evangelho, mas os ensinou e os capacitou a isso. Sendo um
autêntico líder espiritual, Ele dava exemplo de como eles deveriam pregar, pois
antes de enviá-los sozinhos fez várias ministrações de pregação e ensinamento
diante deles. Suas lições teóricas e práticas não se restringiram à arte do
domínio da oratória, mas se estenderam à capacidade do exercício da autoridade
através da Palavra, de modo que o que pregavam surtia efeito na vida dos
ouvintes. Um verdadeiro líder ministerial ensina seus obreiros a fazerem o uso
racional e eficiente da Palavra tendo a humildade de dividir seu espaço com
outras pessoas que também tenham condições para trabalhar. Discípulos que se
dedicam a exercitar o domínio da Palavra aprendem que o que sai da sua boca,
quando usado de acordo com a vontade divina, tem muito poder (Lc 9:6).
Outra das principais funções dos discípulos
era atuar na área da libertação, a qual tanto poderia ser espiritual quanto
física. E, em mais essa “matéria” eles tinha perfeitas aulas, não só teóricas,
mas também práticas, do Professor Jesus. Não foram poucas as situações em que
eles puderam presenciar o Mestre ensinando sobre milagres e também efetuando
curas, ressurreições e expulsões de demônios. Como também não foram poucas as
vezes em que eles, alunos imperfeitos, foram corrigidos por Ele porque, com sua
pouca fé, não concluíram com êxito sua “lição de casa” (Mt 8:26; 16:8-10;
17:18-20). O aprendizado não era tão simples porque eles se deixavam prender
por suas limitações humanas e fraquezas espirituais; mas, quando começaram a
compreender melhor que o Mestre estava lhes passando muito mais do que
conhecimento, passaram a exercer com resultados o seu ministério (Lc 9:1,2).
As lições
obtidas pelos discípulos diretamente junto ao Mestre tinham grande valor
didático, pois tratava-se de uma preparação daqueles que continuariam sua
missão após sua crucificação. Suas experiências foram essenciais para darem
sequência na formação da Igreja que já tinha sido iniciada com eles pelo
próprio Cristo, o qual não lhes deixou posses financeiras nem um grande templo,
mas apenas sua Palavra e seu poder junto com a promessa do Espírito Santo para
poderem anunciar o Evangelho e terem forças para suportar as perseguições que
enfrentariam. O ministério terreno de Jesus foi um grande aprendizado não
somente para os apóstolos, mas também para nós que aprendemos que para sermos
bons líderes precisamos não apenas de habilidade com as palavras, mas de poder
através delas, como também, a viver exemplarmente aquilo que pregamos para não
darmos escândalos e nem cairmos em contradição diante dos ímpios. O Mestre
sempre apontou para a cruz como alvo principal, pois o centro do Evangelho não
são os mensageiros, mas o Dono da mensagem. Jesus conseguia mexer no intelecto
de seus discípulos sem explorar suas emoções; essa é nossa missão como
proclamadores do Evangelho do Reino: resistir as tentações do ego, nos
diminuindo e fazendo com que Ele apareça por meio de nós. Ser discípulo, mais
do que aluno ou aprendiz, significa ser desprendido e sua primeira lição avaliativa
para constatar sua aptidão para o ministério é a prova de sua capacidade de
renúncia a si mesmo sempre colocando a vontade do seu Senhor e as necessidades
da Obra em primeiro lugar. Você quer ser avaliado como um verdadeiro discípulo
do grande Mestre? A prova mais evidente disso é a forma como a Palavra pregada
ou ensinada por você penetra no coração dos ouvintes (Lc
24:32).
[1]Aborrecer: Desprezar (Gn 29:33). Sentir horror;
detestar (Lv 19:17), desgostar (Fp 3:1).
[2]Discípulo: Pessoa que segue os ensinamentos de
um mestre. No Novo Testamento se refere tanto aos Apóstolos (Mt 10:1) como aos
cristãos em geral (At 6:1).
[3]Monturo: Monte de lixo ou de esterco. Adubo
(Lc 14:35). Montão de coisas repugnantes ou vis. Lugar onde se depositam
dejeções ou imundícies.
[4]Mestre: Pessoa com autoridade ou liderança.
Especialista em determinado assunto. Professor. Título comum entre os judeus na
época de Jesus para se referir aos que ensinavam as Escrituras.
[5]Simão: Significa "Ouvinte". Na
Bíblia aparecem nove homens com esse nome: 1) Pedro (Mt 4:18); 2) Iscariotes,
pai de Judas (Jo 13:26); 3) O leproso (Mc 14:3); 4) Cirineu (Mt 27:32); 5)
Curtidor (At 10:6); 6) Fariseu (Lc 7:40); 7) Mágico (At 8:9-24); 8) Zelote ou
Cananeu (Mt 10:4); 9) Irmão de Jesus (Mt 13:55).
[6]André: Significa "Varonil". Irmão
de Pedro e um dos 12 apóstolos. Vivia em Cafarnaum, onde era pescador (Mt 4:18-21).
A tradição diz que foi morto numa cruz em forma de xis.
[7]Tiago: Também significa Jacó. A Bíblia
relata a existência de 4 homens com esse nome: 1) Apóstolo, filho de Zebedeu e
irmão mais velho do apóstolo João (Mc 1:19; 3:17). Era pescador (Lc 5:10). É
mencionado em (Mt 17:1-8, Mc 10:41). Foi morto por ordem de Herodes Agripa I
(At 12:2). 2) Apóstolo, filho de Alfeu (Mt 10:3; At 1:13). 3) Irmão de Jesus
(Mt 13:55), convertido após a ressurreição (Jo 7:5), e pastor da Igreja de
Jerusalém (At 12:17; 15:13; 21:18; Gl 1:19; 2:9). Autor da epístola de Tiago.
Foi morto em 62dC. 4) Pai do apóstolo Judas, não o Iscariotes (At 1:13).
[8]João: Filho de Zebedeu e de Salomé. Ele e
seu irmão Tiago eram pescadores (Mt 4.21). João Batista o apresentou a Jesus
(Jo 1:35-39), que o chamou para ser apóstolo (Mc 1:19-20). Era do grupo mais
íntimo de Jesus (Mc 5:37; Mt 17:1; 26:37). Ele e Tiago são chamados de
Boanerges (Filhos do Trovão: pessoas de caráter violento). João é provavelmente
o discípulo amado (Jo 13:23). Foi ele o único discípulo que permaneceu perto da
cruz (Jo 19:26-27) e o primeiro a crer na ressurreição de Cristo (Jo 20:1-10).
Após o Pentecostes, trabalhou inicialmente com Pedro (At 3:1-4:22; 8:14-17; Gl
2:9). A tradição diz que João viveu em Éfeso até uma idade bem avançada. É
considerado o autor do Evangelho de João, das três epístolas que levam o seu
nome e do livro do Apocalipse.
[9]Filipe: Significa "Amigo de
Cavalos". A Bíblia relata a existência de 3 homens com esse nome: 1) Um
dos apóstolos, natural de Betsaida, que levou Natanael a Jesus (Jo 1:44,45) e
fez o mesmo com um grupo de gregos (Jo 12:20-23). 2) Um judeu helenista,
apelidado de "o evangelista"; foi um dos escolhidos para ajudar na
assistência às viúvas de Jerusalém (At 6:5). Pregou em Samaria (At 8:4-8) e levou
o eunuco etíope a Cristo (At 8:26-40). 3) Filho do rei Herodes (Mt 16:13).
[10]Bartolomeu: Filho de Tolmai. Um dos 12
discípulos. Nada se sabe dele. Alguns acreditam que seja Natanael (Mt 10:3; Jo
1:45).
[11]Mateus: Significa "Dom de Deus".
Filho de Alfeu e também chamado de Levi. Foi cobrador de impostos em Cafarnaum,
onde Jesus o convidou para ser seu discípulo (Mt 9:9-13) e apóstolo (Mt 10:3;
At 1:13). Autor do Evangelho de Mateus.
[12]Tomé: Nome hebraico do apóstolo também
conhecido por Dídimo, nome grego que também quer dizer "gêmeo". É
mencionado em (Mc 3:18; Jo 11:16; 14:5; 20:24-29; 21:2).
[13]Tiago (filho de Alfeu): Também
significa Jacó. A Bíblia relata a existência de 4 homens com esse nome: 1)
Apóstolo, filho de Zebedeu e irmão mais velho do apóstolo João (Mc 1:19; 3:17).
Era pescador (Lc 5:10). É mencionado em (Mt 17:1-8, Mc 10:41). Foi morto por
ordem de Herodes Agripa I (At 12:2). 2) Apóstolo, filho de Alfeu (Mt 10:3; At
1:13). 3) Irmão de Jesus (Mt 13:55), convertido após a ressurreição (Jo 7:5), e
pastor da Igreja de Jerusalém (At 12:17; 15:13; 21:18; Gl 1:19; 2:9). Autor da
epístola de Tiago. Foi morto em 62dC. 4) Pai do apóstolo Judas, não o
Iscariotes (At 1:13).
[14]Simão Zelador: Também chamado de zelote ou cananeu.
Um dos 12 discípulos de Jesus.
[15]Judas (filho de Tiago): Na Bíblia
existem sete Judas: 1) Iscariotes, escolhido por Jesus para ser apóstolo (Mt
10:4), sendo o tesoureiro do grupo (Jo 12:6). Traiu a Jesus (Mt 26:47-49) e,
depois, enforcou-se (Mt 27:3-5; At 1:16-19). 2) Irmão de Jesus (Mt 13:55) e
provável autor da carta que leva seu nome (Epístola de Judas). 3) Apóstolo,
filho de Tiago, também chamado de Tadeu (Mt 10:3; Lc 6:16). 4) Cristão de
Damasco, em cuja casa Paulo se hospedou, após sua conversão (At 9:11). 5)
Cristão que se destacou na igreja de Jerusalém, também chamado de Barsabás (At
15:22-32). 6) O Galileu, um revolucionário (At 5:37). 7) Macabeu, chefe da
revolta dos macabeus (Sua história está registrada nos livro apócrifos 1º e 2º
Macabeus).
[16]Judas Iscariotes: “Judas de Queirote”. Sendo
um dos doze discípulos, tinha o cargo de maior confiança: era o tesoureiro do
grupo (Jo 12:6). Por trinta moedas, traiu Jesus possibilitando sua prisão pelos
soldados romanos dando como sinal um beijo (Mt 26:47-49); em seguida, arrependendo-se,
se matou enforcado (Mt 27:3-5; At 1:16-19).
[17]Apóstolo: Enviado. Discípulos de Jesus que
deram sequência à missão de pregar o Evangelho após a sua crucificação.
Portanto, esse título não ficou restrito aos homens que tiveram contato com
Jesus, pois continuou sendo usado como, por exemplo, no caso do apóstolo Paulo,
que não o conheceu e chegou a ser perseguidor dos cristãos, mas foi chamado
diretamente por Ele em uma visão (At 9:1-18).
[18]Escribas: Homens que copiavam e interpretavam
a lei de Moisés (Ed 7:6). Os escribas criaram aos poucos um sistema complicado
de ensinamentos conhecido como "a tradição dos Anciãos" (Mt 15:2-9).
Jesus os censurou (Mt 23:23). Os escribas tiveram parte na morte de Cristo (Mt
26.57) e perseguiram a Igreja primitiva (At 4:5; 6:12). Eles eram chamados
também de "doutores da lei" (Lc 5:17).
[19]Fariseus: Em hebraico significa “separados”.
Judeus devotos ao Pentateuco. Participavam das reuniões legislativas da
sinagoga. Formavam um grupo de fanáticos e hipócritas (o que não era o caso de
todos, pois haviam exceções, como era o caso de Gamaliel que defendeu os
apóstolos que estavam presos por pregarem a Palavra (At 5:34-38)) que se
opuseram duramente contra Jesus Cristo. Segundo a história, nessa época, eles
eram aproximadamente 6 mil pessoas.
[20]Essênios: Seita religiosa existente no tempo
de Cristo. Eram mais ou menos quatro mil homens que seguiam com muito rigor a
lei de Moisés. Alguns moravam em cidades, mas a maioria vivia em comunidades,
no deserto de En-Gedi. Os essênios não são mencionados na Bíblia.
[21]Saduceus: Membros de um
pequeno mas poderoso grupo religioso dos israelitas. Faziam parte desse grupo
os sacerdotes e as pessoas ricas e de influência. Os saduceus baseavam os seus
ensinamentos principalmente no pentateuco. Negavam a ressurreição, o juízo
final e a existência de anjos e espíritos. Não se davam bem com os fariseus (At
23:6-8).
[22]Herodianos: Membros de um partido político que favorecia a família de Herodes e os
romanos (Mt 22.16). Ainda que os fariseus fossem contra os herodianos,
eles se uniram para combater Jesus (Mc 12.13).
[23]Zelotes: Membro de um partido
nacionalista judeu do tempo de Cristo. Os zelotes, também chamados de
"cananeus" ou "cananitas", usavam de violência na oposição
ao domínio romano (Lc 6:15; Mt 10:4).
Resumo baseado na revista Lições Bíblicas Adultos da CPAD - 2º Trimestre de 2015 (Jesus, o Homem Perfeito - O Evangelho de Lucas, o médico amado) | Lição 5 | AD Belém - Congr. Elias Fausto/SP - Jonas M. Olímpio
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