O tempo passa,
algumas coisas mudam; a pessoa amada envelhece, parece mais chata, mais fria,
mais distante, menos interessante... Enfim, as vezes a situação chega num ponto
em que a princesa tem a sensação de ter casado com um sapo, e o príncipe passa
a se sentir como se tivesse casado com uma bruxa. Exagero? Quantos casais já
perderam, ou estão para perder, seu casamento porque um dos cônjuges diz que
não sente mais nada pela pessoa a quem ele jurou amor eterno? Sabe qual é a
maior causa desse problema? Muita gente pensa que está se casando com um objeto
inanimado: algo que nunca vai mudar de forma; e se esquece do princípio mais básico
da lei da “Natureza”: Nascer, crescer, envelhecer e morrer. O texto de Provérbios 31:30 retrata perfeitamente essa realidade:
"Enganosa é a graça, e vaidade[1], a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será
louvada"; sim, eu sei que o contexto dessa mensagem se refere à
mulher, no entanto, em sentido geral, seu conteúdo abrange ambos os sexos, pois
muitos são os homens que também confiam na própria aparência e mulheres que os
escolhem pela beleza ou porte físico e não pelos seus reais valores: esse é o
caminho mais curto para a decepção. É claro que não podemos desconsiderar quem
nem todos escolhem pela aparência e que mesmo assim também podem se sentir
decepcionados e perder o interesse; então, sejamos imparciais ao tratar esse
tão delicado assunto.
Homens e mulheres
de Deus não devem se dar ao luxo de desprezar seu cônjuge. Porém, se chegar a acontecer
o desinteresse, seja por qual for o motivo, não pode haver conformismo e muito
menos o abandono da pessoa. Muitos alegam não estar errados, pois não se
separaram da pessoa, mas, não mantém uma vida conjugal normal: não há harmonia
e nem vida sexual ativa; e, quando há, é apenas para cumprir uma obrigação, ou
seja: seu casamento passou a ser apenas uma associação de aparência: estão
separados dentro de casa; apenas não oficializaram o divórcio. Você pode ter
milhões de motivos para explicar essa atitude, mas nenhum deles te servirá de
justificativa diante de Deus (Mt 19:3-9). O
primeiro passo para solucionar isso é buscar compreender os defeitos, dar mais
atenção às qualidades do que às falhas, dizer o que pensa em vez de esconder o
que sente, propor soluções no lugar de só expor as críticas, olhar para si
mesmo pra ver se também não está errando e, principalmente, pedir a Deus
orientação para ter palavras e atitudes sábias para resolver os problemas e não
aumenta-los (Tg 3:13-17).
Mas, e quando você
é o rejeitado? O que fazer? Aí a dor é maior e a busca pela solução também. Porém,
nem tudo está perdido. Primeiramente é preciso analisar a fonte do problema,
pode ser que você precise mudar algo que está incomodando seu cônjuge;
posteriormente, procure agradá-lo: fazer-lhe aquilo que gostaria que o mesmo
fizesse por você. Caso a falha não esteja contigo e a postura dele esteja sendo
injusta, convide-o para um sério diálogo e se abra, mas mantenha o autocontrole
para não colocar tudo a perder de uma vez. Se a situação estiver tão séria que
ele queira se separar, tente evitar, mas, se ele for embora, esteja consciente
de que a culpa não foi sua (1ª Co 7:12-16). E tenha
sempre em mente que Deus deve estar sempre na direção de tudo (Sl 127:1a).
As
decepções são até compreensíveis, entretanto, é de vital importância lembrar
que seu cônjuge não é um produto que você comprou no “TV Shopping” e pode
devolver caso esteja com defeito ou não satisfaça suas expectativas; não existe
garantia, prazo de validade, nem nota fiscal, ou seja: sem direito de devolução
(1ª Co 7:10,11). Porém, quando a qualidade é boa
existe um selo - o caráter -, mas ele
precisa ser observado antes da “compra”; depois não adianta reclamar que foi
vítima de propaganda enganosa. Você tem orado em busca de sabedoria para manter
seu casamento? Lembre-se: a rejeição ao marido ou a esposa é pecado sim (1ª Co 7:2-5[2] [3]
[4])!
E jamais se esqueça: a vida de um casal não se resume na cama!
[1]Vaidade: Ilusão. Qualidade do que é vão, instável ou de
pouca duração. Desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros.
Vanglória, ostentação. Presunção mal fundada de si, do próprio mérito;
fatuidade, ostentação. Coisa vã, fútil, sem sentido. Futilidade. Jactância,
presunção.
[2]Benevolência: Boa vontade para com alguém (Et 2:17; Pr
18:22).
[3]Defraudar: Tirar o direito de alguém.
[4]Incontinência: Lascívia. Falta de moderação no controle do apetite sexual (1ª Co 7:5).
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