sábado, 6 de fevereiro de 2016

Socorro! Não Consigo Namorar! Será que Nunca Vou Casar?

Deus não criou o ser humano
para a solidão; porém, muitas
pessoas, levadas por alguma
limitação pessoal, desistem da
luta pela felicidade conjugal,
equivocadamente acreditando
que não tenham o direito ou
condições de serem satisfeitas
na área sentimental.
    Para muitos jovens, paquerar, seduzir e conquistar alguém é algo tão simples quanto trocar de roupa - e o pior é que alguns agem assim mesmo -; só que nem todos têm essa mesma facilidade na área sentimental. Para uma boa parte dos que estão em idade viável para namoro e até casamento, ter alguém para compartilhar afetivamente seus sentimentos, ideias, compromissos, objetivos e problemas pessoais é simplesmente um sonho muito difícil - quase impossível - de realizar. Embora estejamos numa era em que muitos não valorizam a união conjugal, as moças e os moços verdadeiramente cristãos sabem que não há como agradar a Deus levando uma vida de depravação e, por isso, desejam sim ter um casamento nos moldes tradicionais, assim constituindo uma família de acordo com os padrões bíblicos. A Bíblia adverte que a adolescência e a juventude são vaidade (Ec 11:8,9), ou seja, um breve período que passa levando com ele todo o vigor e a beleza da pessoa. Não que isso seja uma regra, mas é exatamente por essa razão que o futuro conjugal precisa ser planejado e, de certa forma, já iniciado ainda nessa fase, pois, de fato, o ser humano não foi feito para viver só ou ficar a vida inteira com pai e mãe (Gn 2:24; Mt 19:4,5); considerando isso, quando chega ou passa de determinada idade, muitos começam a se preocupar seriamente com essa questão, a qual passa a ser um problema em sua vida. e não é sem razão, pois ninguém quer ser chamado de “encalhado” e, principalmente, terminar seus dias privado da alegria do amor.  
    Mas quais são as causas e como evitar uma vida de solidão? Analisando a situação, podemos identificar três tipos de casos: a demora para escolher um cônjuge[1], uma aparência não considerada boa ou algum trauma por problemas passados.
    O primeiro caso é consequência de uma opção da própria pessoa que se envolve muito com os estudos e prefere arrumar alguém depois de concluir uma faculdade  - ou faculdades -, fica no aguardo de conseguir um bom emprego ou na ilusão de aparecer uma pessoa financeiramente bem-sucedida ou de boa aparência. Aí é aquela velha história: quem espera demais ou escolhe muito acaba tendo que se contentar com o que sobra... quando sobra. Muitos jovens se esquecem que o bem-estar na vida material não depende apenas do seu esforço, mas das mãos de Deus sobre eles (Sl 127:1,2; Pr 28:26); então, o correto é lhe pedir direção e sabedoria para conciliar estudos, profissão, vida sentimental e entender que a mais bela aparência é interior e não exterior.
    No segundo caso o negócio é muito mais sério, pois não se trata de uma opção própria, mas da infelicidade de não ser escolhido por ninguém. Isso ocorre quando a pessoa não se enquadra no padrão de beleza estipulado pela sociedade, ou seja, quando ela é considerada feia ou tem algum problema estético como obesidade ou qualquer tipo de deficiência física. Lidar com isso não é tão simples, pois a rejeição gerada pelo preconceito alheio pode provocar complexo de inferioridade, insegurança e timidez e, diante disso, cada pessoa reage de uma forma: uns se conformam e param de tentar um relacionamento, outros entram em depressão depois de tantas decepções e alguns se revoltam e deixam isso abalar a sua própria fé. Mas, enfim, seja qual for a sua situação e a sua reação, o necessário realmente é se apegar a Deus porque Ele pode e quer fazer esse milagre em sua vida. Não pense que vai ser sempre rejeitado; lembre-se de quantas pessoas iguais a você conseguiram um casamento e vivem felizes. Essa felicidade foi criada pelo Senhor e, se você pedir e for fiel, Ele te responderá (Sl 68:6a).
    Já no terceiro caso, a questão é séria, mas não tão difícil de resolver. Trauma nada mais é do que uma ferida; no caso, uma ferida que ainda não cicatrizou e por isso continua causando dor. Porém, não há ferida que não possa ser tratada até estar completamente eliminada; assim sendo, mesmo que na mente, inevitavelmente, permaneça a lembrança do ferimento, o seu efeito não deve mais continuar ativo no corpo. Certo, eu sei que no que se refere a trauma emocional a situação é muito mais complicada porque se refere a perturbação de sentimentos: são lembranças de decepções geradas por humilhações ou traições, violência sexual ou alguma experiência amorosa de alguém muito próximo que não deu certo como, por exemplo, a separação dos pais, principalmente se havia violência verbal e física entre eles; no entanto, o que se precisa colocar na mente é que passado é passado e por mais que tenha sido dolorido precisa ficar no passado, ou seja: o fato de você ter tido uma ou algumas experiências ruins não significa que todas as suas demais experiências serão também ruins; se alguém te decepcionou, mentiu ou te traiu, isso não quer dizer que todas as pessoas vão te decepcionar, mentir ou te trair; e, principalmente, os fracassos amorosos de pessoas ligadas a você não são uma indicação de que a sua vida seja uma continuação da vida dela. Então use todas as experiências negativas para não cometer tais erros no futuro e peça a Deus que cuide dos seus sentimentos (Is 26:3,4; Jr 17:9,10), pois nossa segurança e felicidade provém dEle.
    Como vimos aqui, para uma pessoa que confia e agrada a Deus nada é impossível (Fp 4:13; Jo 15:4-7), inclusive conseguir um namoro e um casamento quando tudo estiver indicando que não há como isso acontecer. Para os que esperam no Senhor e agem com prudência (Sl 40:1-5), o alcance da vitória, mais do que uma remota esperança, é uma certeza. Como diz um famoso ditado popular “cada panela tem a sua tampa”; porém, só é preciso ter o cuidado de observar se ambas encaixam entre si para que ambas possam proporcionar um bom alimento em seu lar, honrando a Deus cuidando bem de tudo o que Ele lhe deu, lembrando-se que, em nossa vida aqui na terra, a família é o bem mais precioso que temos. Não permita que as preocupações materiais, as limitações pessoais ou dificuldades emocionais sejam usadas pelo inimigo como instrumento para te impedir de ser beneficiado pelo propósito divino da criação da família (Pr 18:22; 14:1a; Sl 127:3-5).



[1]Cônjuge: Cada um dos esposos em relação ao outro. Quem é casado. A esposa e o esposo. O esposo para a esposa e vice-versa.

2 comentários:

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