A sujeição não começa no casamento, mas sim no temor a Deus; uma mulher que não obedece ao Senhor não consegue compreender a importância da fidelidade à honra do marido. |
Numa sociedade tão moderna e avançada como essa em que vivemos
atualmente, onde a liberação feminina, mais do que um direito, parece ser uma
obrigação, esse texto de Colossenses 3:18, tendo
esse mesmo sentido confirmado em outros textos bíblicos (Gn 3:16[1]; Et 1:20; 1ª Co 11:3; Ef 5:22-24; 5:33[2]),
aparenta ser totalmente antiquado e fora de contexto, inclusive na Igreja. Mas,
não nos esqueçamos de algo: por mais que os tempos mudem as leis humanas, os
princípios divinos continuam os mesmos. Tal afirmação é encarada pela maioria
das mulheres, e até por alguns homens, como sendo um pensamento autoritário e
machista, porém, é por tantas pessoas interpretarem assim que muitos lares
estão desmoronando. Para melhor entender o sentido espiritual e moral dessa
doutrina bíblica precisamos antes entender o significado da palavra “sujeição”:
de acordo com os mais renomados dicionários, se sujeitar significa “se
deixar dominar”, “dar a alguém
liberdade de domínio sobre ti”, “se
conformar” e “ser obediente”.
Sendo assim, percebemos que esse termo expressa não meramente um direito do
marido de lhe impor autoridade, mas uma autorização da parte dela por lhe
honrar respeitando sua condição dominadora concedida por Deus.
E esse texto ainda prossegue com a expressão “como convém no Senhor”, o que deixa claro a existência de uma
limitação nessa sujeição, dando a ela o direito – ou a obrigação - de apenas se submeter a ele enquanto suas atitudes
estiverem de acordo com os princípios divinos, ou seja: desde que não
transgridam os padrões de comportamento ensinados na Bíblia. Ser obediente é
mais do que simplesmente obedecer: é ter consciência de seus limites não usando
da submissão como uma desculpa para se excluir da responsabilidade de buscar
conhecimento para raciocinar e discernir entre o certo e o errado. É claro que
há exceções como, por exemplo, casos em que o autoritarismo masculino é imposto
por meio de violência; a mulher não tendo como enfrentar uma decisão errada do
marido obviamente é sim justificada por Deus, porém deve se colocar em oração
no propósito de ter sabedoria para alcançar a solução desse problema (1ª Pe 3:1).
Tanto no âmbito espiritual quanto material, as mulheres, por
determinação divina, possuem direitos e deveres, os quais precisam ser
plenamente respeitados e exercidos dentro dos padrões estabelecidos pelos
princípios divinos. Atualmente, muito se tem falado e cobrado em relação aos
direitos femininos, os quais são inegavelmente legítimos e reconhecidos por
Deus, por isso destacaremos alguns deles aqui; porém, antes falaremos dos
deveres, pois para se usufruir de algum benefício é preciso também cumprir com
suas obrigações.
Principais
deveres das mulheres:
1. Ajudar
o marido, pois foram criadas com o objetivo de serem suas ajudadoras (Gn 2:18,21-25[3] [4]; 3:20[5]).
2. Agir
com sabedoria para edificar o seu lar (Pr 14:1).
3. Amar
exemplarmente o marido e os filhos (Pr 31:28,29).
4. Ter
uma vida espiritual exemplar (Tt 2:4,5).
5. Manter
um comportamento moderado perante a igreja e a sociedade (Tt 2:5[6]).
Principais
direitos das mulheres:
1. O
respeito do marido (Cl 3:19).
2. Proteção
contra a violência e o assédio sexual (Êx 22:22,23; Nm
5:30,31; Dt 22:13-19,25,26,29,30[7] [8]).
3. Autoridade
para governar a casa (1ª Tm 5:14).
4. Liberdade
para servir a Deus (1ª Co 7:13-16).
5. O
sustento da família e da igreja quando estiver desamparada (1ª Tm 5:16).
Conselhos
práticos para a mulher no dia-a-dia:
1. A
onda da liberação feminina está em alta, mas a sábia mulher cristã consegue
exercer seus direitos sem ultrapassar os limites ensinados nas Escrituras
Sagradas.
2. Ser
ajudadora do marido não significa assumir o lugar dele e tomar decisões em seu
lugar, mas auxiliá-lo em tudo quanto possível.
3. Ser
ajudadora do marido também não significa ser sua escrava, mas simplesmente
fazer por ele o que estiver ao seu alcance.
4. A
obrigação de sustentar a casa não é dela, mas o controle do sustento para não
deixar nada faltar está sob sua responsabilidade.
5. Uma
boa mulher sabe impor respeito não só por suas palavras, mas também por sua
aparência e por suas atitudes diante de todos.
6. Sujeição
ao esposo inclui a pureza e os valores morais; uma boa esposa não dá ao marido
razões para desconfiança ou ciúmes.
7. Sujeição
ao esposo não inclui aceitar violência verbal ou física, seja de natureza moral
ou sexual; também cabe a ela saber lutar e fazer valer seus direitos.
8. Amar
o marido não é simplesmente ter um bom desempenho na cama, mas principalmente
dar a ele razões para saber que ela o satisfaz em todas as áreas da sua vida.
9. A
intercessão pela família faz parte da rotina da mulher temente a Deus.
10. Sua
sujeição deve ser, em primeiro lugar, prestada ao seu Noivo que está no céu
preparando sua Casa Eterna aguardando o momento de vir busca-la.
Sujeitar-se
ao marido significa sujeitar-se a Deus e reflete numa vida pessoal e familiar
abençoada em todos os sentidos (Pr 31:10-12,27).
Pois procedendo dessa forma ela evita conflitos desnecessários e, ao mesmo
tempo, demonstra equilíbrio, sabedoria, amor e temor ao Senhor. Nos simples
atos de cumprimento de seus deveres ela conquista seus direitos passando a
imagem de uma pessoa que merece respeito. Se sujeitar não é se inferiorizar,
mas sim mostrar ser digna de um lugar de honra e destaque, o qual nem todas
conquistam porque tentam se impor em vez de agirem racionalmente esperando pelo
momento certo de tomar as atitudes necessárias. Uma mulher que sabe o valor da
sujeição, automaticamente, ganha do esposo a confiança e o direito de
autoridade dentro da própria casa, ao passo que uma mulher que se impõe
autoritariamente é vista por ele como um obstáculo e uma ameaça à sua posição
de cabeça da família, a qual foi constituída por Deus (1ª
Co 11:3). A felicidade de um casamento é constituída pelo respeito às
regras criadas por aquEle que o criou, pois ninguém se apossa legitimamente do
lugar que lhe é destinado se não reconhecer o valor de quem ocupa uma posição
acima da sua (Pr 16:18[9]; 15:33). É claro que existem homens desprezíveis e
irresponsáveis que, além de dependentes, se tornam exploradores de suas
mulheres; porém, até a esses elas têm respeitar porque foi com eles que
aceitaram constituir uma família. Se não houve sabedoria e discernimento
espiritual na escolha do cônjuge, é preciso saber desenvolver essas virtudes
para salvar o casamento e manter a harmonia no lar. Essa é uma missão da mulher
que teme a Deus (Mt 19:5,6; Pr 24:3,4[10])!
[1]Conceição: Ação de
conceber; concepção. Gravidez.
[2]Reverenciar: Tratar com
respeito; honrar.
[3]Adjutor: Ajudador.
[4]Adão: Significa
"Terra, Solo". O primeiro homem criado por Deus (Gn 1:27-5:5). É uma
figura de Cristo, que é o segundo Adão (Rm 5:14-19; 1ª Co 15:22). Nome genérico
do ser humano, incluindo o homem e a mulher (Gn 5:1,2).
[5]Eva: Significa
"Vida". A primeira mulher, esposa de Adão e mãe da humanidade (Gn
3:20). Junto com Adão foi enganada por Satanás, começando assim o pecado no
mundo (Gn cap. 3). Adão e Eva tiveram filhos e filhas (Gn 5:4), mas na Bíblia
são mencionados apenas os nomes de três: Caim, Abel e Sete (Gn 4:1,2).
[6]Casto: Que se abstém
de atos contrários à modéstia, ao pudor ou à pureza. Que se abstém de quaisquer
relações sexuais. Puro. Não misturado, sem mescla.
[7]Siclo: Medida de peso igual a 11,424g
(Gn 24:22). É igual a 2 becas ou a 20 geras. Peça de ouro ou prata usada como
dinheiro (2º Sm 24:24).
[8]Desposar: Casar (Êx 21:8). Contratar
casamento (Mt 1:18).
[9]Altivez: Qualidade do que é altivo (alto,
elevado. Nobre, magnânimo. Orgulhoso, arrogante).
[10]Câmara: Quarto; cômodo.
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