Recusa de conhecimento bíblico não é sinal de unção espiritual, mas sim de negligência e desrespeito à Palavra daquEle a quem se diz acreditar, amar, adorar e respeitar. |
1ª João 2:20 - “E vós tendes a unção do Santo e
sabeis tudo.”
A leitura superficial
desse versículo é mais um prato cheio para quem não gosta de estudos bíblicos.
Mas, calma! Antes de rasgar os livros teológicos, as revistas da EBD e talvez
até a própria Bíblia, vamos conversar porque existe uma boa explicação para
isso! Antes da explicação, vale lembrar a importância daquela regrinha básica: O
contexto fala de quê? Por quê? Pra quem? Essas são apenas as principais
perguntas que se deve fazer antes de uma interpretação de texto.
O assunto desse capítulo da epístola trata
de pecado e obediência aos mandamentos. Nesse ponto, o apóstolo João começa a
alertar contra os falsos mestres, classificando-os como anticristos, os quais
até chegaram a fazer parte da Igreja, mas não permaneceram nela (1ª Jo 2:18,19). O Santo que ele
menciona é o próprio Espírito Santo - letra
“S” maiúscula - (1ª Jo 2:20; Jo 14:26) e as expressões “unção” e “sabeis tudo” se referem ao dom do
discernimento de espíritos (1ª Co 12:10c); tal exortação era apenas o reforço de uma informação que os crentes
já tinham (1ª Jo 2:21; Rm 10:9); porque muitos falsos pregadores diziam que Jesus não era o Messias,
então o alerta era para que os irmãos não caíssem em dúvida do conhecimento que
haviam recebido como base de sua fé na promessa da salvação (1ª Jo 2:22-26; 1ª Jo
4:3; 2ª Jo 1:7-10); pois o ensinamento e a pregação da Palavra transmitem ao ouvinte que
verdadeiramente a recebe uma testificação do próprio Espírito Santo que não o
permite ser enganado (1ª Jo 2:27; At 5:3); a ordem era para que não dessem ouvidos a falsos ensinamentos não sendo
assim condenados no dia da vinda do Senhor (1ª Jo 2:28,29; 1ª Jo 3:23). Dessa maneira,
entendemos que quando ele diz que “não é necessário que ninguém vos ensine”
está falando sobre discernimento espiritual: aquilo que o crente sente em seu
coração e consegue diferenciar entre a verdade e a mentira (1ª Jo 3:23,24; 1ª Jo
4:1,2). Assim sendo, não
se trata de uma proibição da busca por conhecimento (Os 4:6; Tg 1:5; Mc
12:24).
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