1ª Coríntios 5:5 - “Seja o tal entregue a Satanás, para
a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor.”
Esse é um dos desafios maiores para a liderança ministerial e
para outros, um pretexto para não perdoar que cai em pecado. A primeira coisa
que devemos entender é em que situação se enquadra esse texto, ou seja, o seu
contexto. Lendo, podemos ver que se trata de punir alguém que estava praticando
imoralidade sexual. Então analisemos detalhadamente.
A crise estava tão séria que ocorriam atos
sexuais tão imorais que nem mesmo entre os incrédulos eram considerados
normais, inclusive o fato de um homem que mantinha relações com sua própria
madrasta (1ª Co 5:1); ato esse repudiado por Deus (Lv 20:11,12). Os crentes estavam tão
despreocupados que achavam isso como normal (1ª Co 5:2-4); só que o pecado nunca
deve ser visto como normal (1ª Jo 5:16,17). Então o apóstolo ordenou que ele fosse entregue à Satanás para
destruição da carne, para que o espírito fosse salvo (1ª Co 5:5); isso significa não
considera-lo como irmão, mas como pecador, deixando-o afundar naquela situação
até que reconhecesse seu erro (Sl 51:1-11), pois o problema do grande “amor” da Igreja é aceitar o ímpio com sua
impiedade, fazendo-o pensar que está sendo aceito por Deus dessa forma (Rm 8:13,14). Por isso ele
exorta os irmãos a terem cuidado com o tipo de gente que recebem como membros (1ª Co 5:6-8) em vez de corrigi-los
mostrando-lhes o que é preciso para servir a Cristo (1ª Jo 5:3,4). Então Paulo
explica que não se deve aceitar o pecado por parte daqueles que se dizem
crentes, mas deixa claro que há diferença quanto aos que estão assumidamente no
mundo (1ª Co 5:9-12), então isso não
tira nossa responsabilidade de pregar para os de fora (Lc 24:46,47). Resumindo, deixar
o falso crente “nas mãos de Satanás” é dizer para ele se converter ou se
assumir de vez (1ª Co 5:13). Optando pela segunda alternativa, depois de sofrer as consequências
do pecado ele pode se arrepender e voltar (Lc 15:21); porém, isso não vai
acontecer se ele for bem aceito pecando dentro da igreja.
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