terça-feira, 29 de julho de 2014

A Oração Pode Ser Substituída Por Objetos Ungidos ou Sacrifícios?

Aqueles que têm sua fé depositada
em palavras persuasivas de homens
que distorcem a Palavra de Deus
em vez de incentivá-los a orar,
nada mais alcançarão no Evangelho
do que decepções e a perda da
direção rumo ao verdadeiro Alvo.
    Quando se fala em idolatria, logo vem à mente os costumes dos católicos e das diversas seitas[1] existentes no mundo; porém, ela também está inserida no meio evangélico através de várias práticas, as quais consistem no uso de objetos ungidos e na realização de sacrifícios financeiros. Qual é o fundamento disso? Será que somente a oração não é suficiente? Considerando que tais objetos são, nada mais nada menos, que “amuletos[2] de sorte” - que, na verdade, só trazem sorte mesmo para seus vendedores - e que os sacrifícios pedidos por alguns obreiros consistem apenas num meio de enriquecerem a si próprios pregando a abominação da barganha[3] com Deus, podemos concluir que  esses atos não passam de heresias e exploração da fé alheia.  É também importante ressaltar que nem todos os que defendem o materialismo da fé são mal intencionados, pois muitos assim agem convictos de que são guiados pelo Espírito Santo e que suas ações estão de acordo com os ensinamentos das Escrituras Sagradas. Isso, muitas vezes, se deve ao fato de terem dado crédito a falsos ensinamentos, ou eles mesmos interpretarem erroneamente os textos bíblicos. Mas, independentemente da razão, heresia é heresia e deve ser combatida à luz da Palavra de Deus (2ª Co 4:1,2)!
    Um dos argumentos bíblicos mais usados pelos que defendem tais práticas se encontram no livro de Atos 19:12, aonde está escrito o seguinte: “De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.”.  Para entender esses acontecimentos, precisamos analisar da seguinte forma:
1º.   O versículo 11 relata que era Deus quem fazia milagres extraordinários através das mãos de Paulo. Então o poder vinha de Deus, e não de Paulo e tampouco de seus objetos;
2º.   Devemos compreender que, naquela época, como se pode notar no versículo 2, muitos ali nem conheciam o poder de Deus, e como a procura pelo apóstolo devia ser muito grande, ele pode até ter usado dessa estratégia para alcançar um número maior de pessoas, e o Senhor assim pode tê-lo usado para honrar sua fé, na qual não havia interesses próprios, e a fé dos necessitados que ali estavam;
3º.   Pelo que conhecemos de seu caráter, temos motivos para crer que ele jamais ensinou que se deve colocar a fé em objetos;
4º.   Ainda que, por algum momento, Deus o tenha usado dessa maneira, em nenhum lugar das Escrituras esse tipo de atitude é pregado como regra a ser seguida pelos cristãos;
5º.   Além de ser possível perceber que não havia nenhum trabalho de libertação cujo foco fosse a consagração ou a unção de objetos, a Bíblia, de um modo geral, também não dá ao homem nenhum direito de comercializar nada que se relacione às bênçãos de Deus, muito pelo contrário (Mt 10:7-10[4] [5]).;
6º.   Sendo Paulo um homem de oração, certamente, de maneira nenhuma, ele incentivaria o povo a substituir a oração pelo uso de amuletos. Pois ele sabia que esse era um costume dos povos pagãos e, certamente, não iria expor aqueles crentes novos convertidos às suas antigas práticas assim correndo o risco de voltarem às suas antigas religiões e costumes.
    Os defensores da Teologia da Prosperidade também fazem uso de vários outros argumentos como, por exemplo, a Arca da Aliança[6] e os objetos sagrados do Tabernáculo[7], a capa de Elias[8], o banho de Naamã[9] no rio Jordão[10] para ser curado da lepra, a serpente de bronze[11] erguida por Moisés no deserto e várias outras situações mencionadas no Antigo Testamento em que homens de Deus fizeram o uso de objetos ou estranhos rituais para alcançar milagres. Mas eles ignoram aí um detalhe de extrema importância: os rituais e os símbolos da época da Lei[12] eram apenas sombra - ou representação -, do que viria no futuro (Cl 2:16-18[13] [14]Hb 8:2-5); sendo assim, hoje, no tempo da Graça[15], após termos recebido o sacrifício de Cristo, nossa fé tem que estar depositada nEle e não em sacrifícios representados por objetos ou atitudes, as quais foram ordenadas apenas a Israel antes que viesse o Sumo Sacerdote e comprasse nossa liberdade e acesso direto ao Pai a preço de sangue (1ª Co 22,23), dessa maneira, vindo a abolir a tudo isso (Hb 10:7-10,18[16] [17] [18]). Uma das coisas que Ele mais persistiu em ensinar em seu ministério terreno foi a busca por meio da oração em seu nome (Jo 14:13,14; 16:24).
    Um dos poucos textos do Novo Testamento usado pelos defensores da consagração de objetos, além dos lenços e aventais do apóstolo Paulo, é o fato de os sacerdotes terem recusado de volta as trinta moedas de prata que foram devolvidas por Judas quando sua consciência pesou após ele ter traído a Jesus (Mt 27:3-6). Porém, é necessário que se observe aí que a preocupação deles em relação às moedas não era mística[19], mas sim religiosa, ou seja: eles não acreditavam que elas fossem um objeto amaldiçoado, mas apenas não as aceitaram em obediência à Lei (Dt 23:18[20]) que não lhes permitia aceitar dinheiro de origem ilícita. É óbvio que tal cuidado com o cumprimento da Lei era hipocrisia da parte deles, pois eles próprios tinham usado aquelas mesmas moedas para matar um inocente. Além do mais, eles não as rejeitaram por completo, mas as usaram para comprar um campo que serviu de cemitério para os estrangeiros (Mt 27:7,8). Então, usar tal base bíblica para defender a crença no poder existente em objetos não passa de apenas mais um grosseiro erro de interpretação. E o mesmo conceito se aplica à objetos usados em rituais malignos; pois, por exemplo, se alguém é vítima de macumba por meio de algum objeto, o poder que lhe causou o mal não está nesse objeto, mas no inimigo, a quem foi permitido por Deus a tocar em quem não o obedeceu e fez uso de algo que foi consagrado aos demônios; pois quem tem discernimento espiritual, ainda que tenha liberdade pra isso - pois a Palavra confirma que tais coisas não têm poder sobre os que estão libertos - não pratica atos que ele sabe serem desagradáveis ao Senhor (1ª Co 8:4-13[21]; 10:24-32); isso quer dizer que no caso do uso de algo indevido sem maldade, se o cristão estiver verdadeiramente firme, é óbvio que obterá o livramento daquele mal (Nm 23:23; Mt 16:18[22]).
    No que se refere à sacrifícios financeiros, o contexto é exatamente o mesmo: como bem sabemos, na Antiga Aliança, apenas os sacerdotes estavam autorizados a receber os sacrifícios, e tinham o dever de oferecê-los como adoração ao Senhor - os quais significavam pedidos de perdão pelos pecados ou forma de agradecimento -, usando apenas o necessário para o seu próprio sustento, mas jamais poderiam pedi-los em troca de bênçãos, até mesmo porque não tinham nenhum poder para isso. Na Nova Aliança, também não vemos Jeová dando a ninguém tal autoridade, tanto que o sacerdócio levítico[23] nem  sequer existe mais. Portanto, aqueles que pedem dinheiro em nome da Obra de Deus prometendo bênçãos em troca de sacrifícios em vez de ensinar o povo a orar, estão, na verdade, como os sacerdotes corruptos dos tempos antigos, sacrificando as ovelhas que não lhes pertencem (Ez 34:2-6[24]), constituindo-se, dessa forma, como inimigos da cruz de Cristo (Fp 3:18,19). Toda e qualquer oferta deve ser voluntária e entregue como agradecimento e não como investimento (Êx 25:2[25]; 2ª Co 9:7), e os obreiros que a recebem, por sua vez, devem aplicá-la realmente na Obra (Ml 2:1,2; 3:8), ainda que isso inclua seu próprio sustento (Gl 6:6; 1ª Co 9:13,14), mas não em seu próprio conforto (At 9:15,16). A Bíblia nos mostra ainda que temos o direito - e não a obrigação - de fazer votos[26], mas deixa também bem clara a responsabilidade que existe sobre esse compromisso (Ec 5:4,5).
    Uma das coisas mais importantes que precisamos saber em relação à interpretação da Bíblia é que devemos saber separar os fatos isolados das regras doutrinárias, ou seja: precisamos compreender que como Deus trabalha da forma que Ele quer, há coisas que Ele faz de maneira peculiar em momentos específicos apenas durante um período, ou em diferentes tempos da história, ou ainda apenas uma única vez. Isso significa que essas coisas podem sim acontecer esporadicamente, mas não são uma doutrina: um exemplo a ser tomado como regra. Como, da mesma forma, todos nós cristãos, já ouvimos testemunhos, ou até mesmo presenciamos ou vivemos experiências inéditas, mas sabemos que não podemos ter tais situações como rotineiras, pois elas apenas ocorreram em raros momentos. A Bíblia, na verdade, mostra apenas uma situação em que é lícito se fazer uso de um objeto consagrado: trata-se da unção com óleo[27] (Mc 6:13; Tg 5:14,15). Sendo assim, tendo livre acesso à Graça, não há sentido em nos submetermos à escravidão da Lei (Gl 5:1-4[28]), sujeitando-nos a “sacerdotes”, símbolos e rituais que não têm nenhum poder para substituir a eficiência de um bom “bate-papo” com Deus.




[1]Seita: Grupo religioso que se separa de um corpo maior. Grupo de pessoas que seguem determinados princípios ou doutrinas diversas dos geralmente aceitos no respectivo meio.
[2]Amuleto: Objeto que, de acordo com a crença popular, dá proteção contra perigos, doenças ou feitiçarias  (Is 3:20).
[3]Barganha: Troca, negociação.
[4]Alforge: Em árabe: al-Hurj. Bissaco (dois sacos) de couro, com abertura entre os dois compartimentos, pela qual se coloca no arreio, na sela ou nos ombros.
[5]Bordão: Pau grosso de arrimo (encosto); cajado (Is 36:6; Hb 11:21).
[6]Arca da Aliança: Caixa de madeira, revestida de ouro, onde eram guardadas as duas placas de pedra em que estavam escritos os dez mandamentos. Nela também eram guardados outros objetos sagrados (Êx 25:10-22; Hb 9:4-5).
[7]Tabernáculo: Do latim tabernaculum, "tenda", "cabana" ou "barraca" e designa o santuário portátil onde durante o Êxodo até os tempos do Rei Davi os israelitas guardavam e transportavam a arca da Aliança, a menorá e demais objetos sagrados. Em hebraico se chamava mishkan, משכן, "moradia" (local da Divina morada). Também se denominava mow'ed, מוֹעֵד, "Tenda da Reunião". Era composto de três partes: Átrio Exterior, Santo Lugar e Santo dos Santos. Deus ordenou a sua construção (Êx 25:9).
[8]Elias: Significa “Javé É Deus”. Foi um profeta tesbita (de Tisbé, em Gileade) que enfrentou em várias ocasiões o rei Acabe e Jezabel, sua mulher (1º Rs caps. 17-21). Foi levado ao céu num redemoinho (2º Rs 2:1-15). Apareceu com Moisés na transfiguração (Mt 17:3,4).
[9]Naamã: Comandante do exército da Síria. Ele era leproso, mas foi curado por milagre (2º Rs cap. 5).
[10]Jordão: Principal rio da Palestina, que nasce no monte Hermom, atravessa os lagos Hulé e da Galiléia e desemboca no mar Morto. O Jordão faz muitas curvas, estendendo-se por mais de 200 km numa distância de 112 km, entre o lago da Galiléia e o mar Morto. O rio tem a profundidade de um a três m e a largura média de 30 m. Na maior parte de seu curso, o rio encontra-se abaixo do nível do mar, chegando a 390 m abaixo deste nível ao desembocar no mar Morto. O povo de Israel atravessou o rio a seco; João Batista batizava nele, e ali Jesus foi batizado (Mt 3:6,13).
[11]Serpente de bronze: Imagem de uma serpente feita de bronze levantada sobre uma haste no deserto próximo a terra de Edom. A murmuração do povo provocou a ira de Deus; então ele enviou várias serpentes, as quais morderam e mataram muitos israelitas. Como sinal de misericórdia, Ele ordenou que Moisés a fizesse, para que quando alguém fosse picado, olhasse para ela e fosse livre da morte (Nm 21:4-10). Porém, é importante deixar claro que o poder não estava naquele objeto de metal, mas em Jeová que agia misericordiosamente correspondendo a fé daqueles que se arrependiam e faziam conforme sua ordem de olhar para ele. Ela é considerada como uma tipificação de Cristo, pois embora sejamos pecadores, quando olhamos para Ele, obedecendo-o, somos libertos do efeito do pecado que é a morte espiritual.
[12]Lei: É um termo usado com frequência na Bíblia; para definir um código de leis formado por mandamentos, ordens e proibições. Segundo as Escrituras hebraicas, a Lei foi dada por Deus através do profeta Moisés, tendo sido os Dez Mandamentos escritos em tábuas de pedra pelo próprio dedo de Deus no monte Sinai, a tábua dos dez mandamentos. pode ser resumida nos Dez Mandamentos, que em língua hebraica são chamados simplesmente de "As Dez Palavras" ou "Os Dez Ditos". Os Dez Mandamentos regulamentam a relação do ser humano com Deus e com seu próximo. Para fins didáticos, o Código Mosaico pode ser dividido em Leis Morais, Leis Civis e Leis Religiosas (Leis Cerimoniais). As leis cerimoniais, regulavam o ministério no santuário do Tabernáculo e, posteriormente, no Templo. Elas tratavam também da vida e do serviço dos sacerdotes e encontram-se descritas especialmente no Livro chamado Levítico.
[13]Festa da Lua Nova: Festa dos israelitas, comemorada no primeiro dia de cada mês, o dia da lua nova (Nm 28:11-15).
[14]Sombras: Tipo (Cl 2:17). Coisa que se usa para produzir outras semelhantes; modelo, original.
[15]Graça: Graça significa favor imerecido. A expressão “Tempo da Graça” se refere a era iniciada após a crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo, o qual através desse sacrifício nos tirou do jugo da lei dando-nos acesso direto a Deus, pois antes disso Jeová somente se comunicava com o homem através dos profetas e apenas recebia sacrifícios apresentados pelos sacerdotes (Rm 6:15).
[16]Holocausto: Significa “queimado”. Sacrifício em que a vítima era consumida pelo fogo.
[17]Oblação: Palavra do latim "oblatio" que significa "oferta". Ação pela qual se oferece qualquer coisa a Deus. Oferta a Deus. Oferta sacrifical comestível.
[18]Remissão: Ato ou efeito de remir, livrar. Indulgência, misericórdia. Expiação, perdão.
[19]Místico: O que professa o misticismo. O que se dá à vida contemplativa, espiritual. Que se refere à vida religiosa. Que se relaciona com o espírito, e não com a matéria. Misterioso, alegórico, figurado (falando das coisas religiosas que envolvem razão oculta e incompreensível). O que escreve sobre o misticismo. Misto; misturado.
[20]Rameira: Prostituta; Meretriz (Dt 23:18). Mulher que pratica o ato sexual por dinheiro; prostituta (Hb 11:31).
[21]Manjar: Alimento sólido (1ª Co 3:2). Iguaria (Pr 23:3). Cereal (Lv 2:1).
[22]Pedro: Significa "Pedra". Apóstolo (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18; Lc 5:1-11; 8:40-56; Mt 8:14-15; 14:28-33; 16:13-23; 17:1-13; 26:36-46,69-75; Lc 24:34; Jo 18:10-18,25-27; 21:1-23; At 1:13-5:42; 8:14-25; 10:1-11:18; 12:1-19; 15:1-11; 1ª Co 9:5; Gl 1:18; 2:6-14). Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 dC., no tempo do imperador Nero. Foi autor de duas epístolas no Novo Testamento.
[23]Levítico: Terceiro livro do Pentateuco e do Antigo Testamento. Contém as leis e os mandamentos que Deus mandou Moisés dar ao povo de Israel, especialmente do culto, dos sacrifícios que o povo devia oferecer a Deus e dos deveres dos sacerdotes. A lição principal do livro é que o Deus do povo de Israel é santo. Portanto, esse povo que Deus escolheu precisava ser santo também, isto é, precisava ser completamente fiel a ele, não seguindo os costumes pagãos dos povos vizinhos (Lv 11:45). Neste livro encontra-se o mandamento que Jesus chamou o segundo mais importante de todos: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19:18).
[24]Cevado: Animal engordado (Lc 15:23).
[25]Oferta alçada: Oferta cujo valor arrecadado será usado em um objetivo específico.
[26]Voto: Promessa feita a Deus (Ec 5:4; At 18:18). Pedido a Deus (3ª Jo 1:2).
[27]Óleo: Azeite. No Antigo Testamento era usado para ungir reis, profetas, sacerdotes e objetos sagrados; e, no Novo Testamento, para a unção de doentes e obreiros separados para o ministério.
[28]Circuncisão: Cerimônia religiosa em que é cortada a pele, chamada prepúcio, que cobre a ponta do órgão sexual masculino. Os meninos israelitas eram circuncidados no oitavo dia após o seu nascimento. A circuncisão era sinal da Aliança que Deus fez com o povo de Israel (Gn 17:9-14). No Novo Testamento, o termo às vezes é usado para designar os israelitas (Gl 2:8; Cl 4:11). Outras vezes significa a circuncisão espiritual, que resulta numa nova natureza, a qual é livre do poder das paixões carnais e obediente a Deus (Jr 4:4; Rm 2:29; Cl 2:11; Fp 3:3).

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