quinta-feira, 13 de outubro de 2016

“A Palavra do Crente Deve Ser ‘Sim’ ou ‘Não’"

Ser firme em seu "sim" ou
"não" não significa ter sempre
uma resposta pronta para todas
as decisões que se fazem
necessárias no dia-a-dia; a
única obrigação que realmente
temos é de cumprir
honestamente tudo aquilo a
que nos dispomos a fazer. 

Juramento é um 
comprometimento, por isso, o 
mais sensato é não prometer 
e depois perceber que não 
pode honrar a palavra dada.
Mateus 5:37 - “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.”
    Aparentemente, uma frase de fácil compreensão, mas, infelizmente, até isso conseguem interpretar equivocadamente. Não foram poucas as vezes em que ouvi crentes - inclusive líderes e pregadores - fazerem uso dessa afirmação de Jesus, cobrando responsabilidade dos irmãos, cometendo o erro de, por exemplo, acharem que se alguém é perguntado sobre uma decisão que precisa tomar, é obrigado a ter um “sim” ou “não” como resposta imediata; e isso induz à imprudência, pois é como se a pessoa tivesse que “prever o futuro” sem analisar a situação considerando as possibilidades ou imprevistos na realização de tal ato. É como se fosse pecado responder com um “talvez” porque a palavra do crente tem que ser “sim, sim” ou “não, não”.
    Jesus dirigiu essa mensagem ao povo devido a necessidade de compreenderem o real sentido do cumprimento dos mandamentos: não tomar o nome de Deus em vão (Êx 20:7). Primeiro Ele lembra que a Lei diz para não descumprir os juramentos feitos (Mt 5:33), pois jurando em falso estamos profanando o nome do Senhor (Lv 19:12); então fala que não se deve jurar nem pelo céu (Mt 5:34), o qual está acima de nós e representa sua morada (Mt 23:21,22) e nem pela terra (Mt 5:35), porque o que nela há é criação dEle (Mt 23:16-20); e ainda nem por si próprio (Mt 5:36), porque não temos poder nem mesmo sobre nosso corpo (Tg 4:13-15). Isso significa, ainda que nossas intenções sejam boas, nossos projetos são falhos e podem nos tornar mentirosos ao não cumprirmos nossas promessas (Lc 14:28-32). O contexto desse ensinamento visa exatamente nos orientar sobre a importância da honestidade (Tg 2:12; Fp 4:8), lembrando ainda que quando não cumprimos aquilo a que nos comprometemos estamos sendo usados pelo maligno (Jo 8:44; Tg 4:16). Então não podemos assumir compromissos? Podemos sim! Devemos! Mas com prudência e considerando que somos sujeitos a falhas (Tg 5:12).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, seja ele crítico, elogioso, complementar ou simplesmente direcionado à esclarecer alguma dúvida.
Todos serão respondidos desde que estejam de acordo com o regulamento abaixo:
Não serão publicados comentários que contenham palavrões, ofensas, anúncios não autorizados, e/ou usuários anônimos.
Muito obrigado pela sua participação!

Obs.: Apenas respondemos quando percebemos que a pessoa realmente quer uma resposta, pois quando notamos que ela apenas quer arrumar confusão, simplesmente ignoramos.