Tiago 4:3a - “Pedis e não
recebeis, porque pedis mal [...]”
Esse versículo tem rendido verdadeiras pérolas no meio gospel:
há quem diga que a pessoa não tem suas orações atendidas porque não ora
ajoelhado e em voz alta (1º Sm 1:13); porque ora em voz alta, o Diabo escuta e impede a bênção (Is 43:12,13); porque pede para Jesus ou para
o Espírito Santo sendo que tem que pedir para Deus com a ajuda do Espírito
Santo e em nome de Jesus - em regra, sim,
mas não significa que não possa haver exceções - (At 7:59); porque esquece de dizer “amém”
no final da oração (Rm 14:5,6); ou até mesmo porque quando está pedindo não especifica
detalhes como a cor, marca, modelo, formato e tamanho daquilo que está pedindo
(Tg 4:13-16) e, ainda pior, porque na oração
diz para Deus fazer a vontade dEle, aí Ele não dá mesmo porque isso é falta de
determinação (Mt 26:39). Seja por
ingenuidade ou segundas intenções, quem manipula as Escrituras dessa forma
precisa ser refutado para o bem dos que o ouvem e dele próprio que está
caminhando para o abismo.
Quando falava que muitos pedem e não
recebem porque pedem mal, ele não se referia a regras a serem aplicadas na
oração, mas sim à situação da pessoa que está orando e ao motivo do seu pedido
(Tg 1:1,2). Ele deixa claro
que a intenção da pessoa, para ser atendida, tem que ser boa (Tg 1:3); na sequência, ele continua
falando de um povo que clamava a Deus, mas suas atitudes eram condizentes com o
mundo pecaminoso (Tg 1:5-10). Quanto às regras, é claro que existe sim uma postura quando nos
colocamos a falar com Deus, porém isso é apenas uma questão de prudência e
reverência e não um fator determinante para garantir uma resposta positiva
dEle. O que define o êxito de uma oração é a fé (Mt 8:25,26), a santidade (Jo 9:31) e, acima de tudo, o
propósito divino (Is 14:27). O que o crente precisa saber é se seu pedido condiz com a vontade de
Deus; para isso é preciso pedir que o Senhor guie seu coração, confirmando ou
fazendo-o perder aquele desejo caso aquilo não seja para ele; pois muitas vezes
somos traídos pelo nosso coração (Jr 17:9,10).
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