quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Naum - O Limite da Tolerância Divina

Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 8 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio

   Atenção Professor!
    Após essa aula, seu aluno deverá estar apto a:
    >    Explicar o contexto histórico do livro de Naum;
    >    Apontar os limites entre tolerância e vindicação;
    >    Conscientizar-se da existência do juízo divino.


Esse mundo já está atingindo o
limite da tolerância divina; mas,
muito breve está o momento em
que o Julgamento Final colocará
um fim definitivo sobre todos os
males causados pelo pecado
existente sobre a face da terra
Texto Áureo
    Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez (Gn 18:32).

Verdade Prática
    No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo[1] da justiça divina.

Palavra-chave
    Tolerância: Ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência.

Leitura Bíblica em Classe
    Naum 1:1-3;9-14 - Peso de Nínive[2]. Livro da visão de Naum[3], o elcosita. 2O SENHOR é Deus zeloso e vingador; o SENHOR é vingador e cheio de furor; o
SENHOR toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. 3O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. 9Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia. 10Porque ainda que eles se entrelacem como os espinhos, e se saturem[4] de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca. 11De ti saiu um que maquinou o mal contra o SENHOR, um conselheiro vil. 12Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam, e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais. 13Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei os teus laços. 14Contra ti, porém, o SENHOR deu ordem que não haja mais linhagem do teu nome; da casa dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.

Mesmo estando sempre pronto
para aplicar a sua justiça sobre
o pecador, o nosso Senhorn está
também sempre disposto a
perdoar aqueles que se voltarem
a Ele arrependidos em busca do
perdão
Introdução
·         Na época em que o profeta Naum foi usado por Deus para profetizar contra Nínive, havia aproximadamente 150 anos que seus antepassados tinham se convertido com a pregação de Jonas.
·         Deus, que antes havia perdoado e dado salvação àquele povo, um século e meio depois, teve que castigar seus descendentes, porque eles haviam levado de volta o pecado àquele lugar.
·         O Senhor não somente pratica a justiça, mas avisa o por quê de suas atitudes; e essa foi a missão que Ele confiou à Naum: levar aos ninivitas a mensagem que anunciava o fim da sua tolerância contra os seus pecados.
·         Antes de aplicar punições nos pecadores, Deus espera ver neles atitudes de arrependimento para perdoá-los e purificá-los [1ª Jo 1:9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.].

Nínive era uma grande fortaleza
protegida por um poderoso
exército; aos olhos humanos,
parece impossível prevalecer
numa luta contra alguém tão
forte, mas, para os que têm
visão espiritual, o tamanho do
inimigo não representa derrota,
mas sim o tamanho da vitória
I - O livro de Naum
1. Contexto histórico
·         Naum, como a maioria dos demais profetas, não nos fornece sua autobiografia;
·         A única coisa que diz a seu respeito é que ele era elcosita, termo esse que não aparece em nenhum outro lugar da Bíblia.
·         Também não existe nenhuma definição estabelecida sob o período de exercício do seu ministério; cogita-se a possibilidade de ter sido em 701aC, quando Jerusalém foi cercada pelo exército de Senaqueribe[5], rei da Assíria[6], ou em 621, na época das reformas religiosas feitas por Josias, rei de Judá.
a)      Origem do profeta: muitos acreditam que elcosita é um termo referente aos nativos de uma cidade assíria chamada Al-Kush, que fica ao norte de Mossul, no Iraque. Mas isso não é muito provável, considerando-se que, historicamente, a cidade da Galileia - que significa aldeia de Naum -, aonde Jesus viveu, é considerada como a cidade de origem do profeta.
b)      Período aceitável: quanto ao período, sabe-se que Nínive foi destruída no ano 612aC. O profeta também cita o desmoronamento de Nô-Amon[7], e sobre esse fato, existem relatos históricos: Assurbanipal[8], o então rei da Assíria, destruiu essa cidade egípcia no ano 663aC, baseados nessa informação podemos supor que o ministério de Naum se deu entre 663 a 612aC.
c)       Nínive: nessa época, Nínive era a capital do império assírio. Suas ruínas foram identificadas ao norte do Iraque. Essa foi uma das cidades fundadas por Ninrode[9] após o dilúvio, na data aproximada de 4500aC.
·         Deus descreveu Nínive como a “grande cidade”, pois ela era uma importante metrópole mundial da época.
·         Ninguém mais pode ser responsável - ou culpado - pelos pecados do homem do que o próprio homem; nosso destino depende de nossas atitudes e da retidão de nosso coração diante do Senhor [Rm 2:5-8 - Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; 6O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: 7A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; 8Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;].

O contexto do livro de Naum -
assim como todo o conteúdo
das Sagradas Escrituras -
consiste em mostrar que Deus é
justo e poderoso, e que da
mesma forma que abate os
pecadores, também restaura
os arrependidos
2. Estrutura
·         Seu livro é relativamente pequeno, pois não conta história, mas sim a profecia da justiça divina em favor de Israel perante um de seus maiores inimigos.
·         O esboço dos 47 versículos dos 3 capítulos do livro de Naum é o seguinte:
a)      1:1 - Título e identificação do autor;
b)      1:2-7 - Características da administração da justiça de Deus;
c)       1:8-11 - A ruína iminente de Nínive;
d)      1:12,13 - Consolo para Judá;
e)      1:14 - A ruína iminente de Nínive;
f)       1:15 - Consolo para Judá;
g)      2:1,2 - Introdução à queda de Nínive;
h)      2:3-5 - O combate armado;
i)        2:6-12 - A cidade é invadida e devastada;
j)        2:13 - A voz do Senhor;
k)      3:1-4 - Os pecados da crueldade de Nínive;
l)        3:5-19 - A justa recompensa da parte de Deus.
·         O livro de Naum não parece ter muito destaque, mas sua exposição nos traz importantes e inéditas narrativas sobre o pecado e a queda de Nínive.
·         Mesmo na época da Lei - a qual foi feita para condenar os injustos - Deus sempre proporcionou meio de salvar os pecadores, e somente os punia - assim como puniu os ninivitas e muitos outros - quando seus pecados chegavam no limite da sua intolerância; diante disso, devemos louvá-lo por nos ter privilegiado com a Graça, a qual nos faz participantes de imerecidas bênçãos [2ª Co 3:9 - Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça.].

O alcance das mãos do Senhor é
ilimitado tanto para abençoar os
fiéis, quanto para punir os que se
julgam inatingíveis por sua força
humana e por seu poder aquisitivo
3. Mensagem
·         Resumidamente, o seu tema básico é a queda de Nínive, seguida pela consolação de Judá.
·         O termo “peso de Nínive”, encontrado logo no início do livro, expressa o impacto - o sofrimento - causado pela sua destruição.
·         A tradução na língua portuguesa para “peso” vem da palavra hebraica massá que significa “carga”, “fardo”, “sofrimento”, o que pode ser entendido como “sentença pesada”, “oráculo”, “pronunciamento”, “profecia”;
·         Literalmente, essa palavra simplesmente representa o grande desastre que ocorreria em consequência de seus pecados.
·         Deus não poupará de sua justiça aqueles que se levantaram contra o seu povo; e, a exemplo do que aconteceu na época de Naum, do mesmo modo que o inimigo for abatido, os seus justos fiéis serão exaltados [2ª Ts 1:6-9 - Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, 7E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, 8Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; 9Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,].

A tentação do pecado se
manifesta como algo belo e
saboroso, mas somente depois
de algumas "mordidas", é que
ele revela sua outra face, e a
sua vítima percebe que já foi
infectada pelo seu veneno
mortal
II - Tolerância e vindicação[10]
1. Vingança (Na 1:1,2)
·         O conteúdo principal do livro de Naum é o juízo divino contra Nínive; então, vemos aqui um atributo que se aplica a Deus, pois depende do seu poder: a vingança.
·         A palavra traduzida como vingança provém do verbo hebraico naqan, e significa literalmente “vingar-se” ou “tomar vingança”.
·         Somente em Naum 1:2, essa expressão aparece três vezes. Mas será que Deus é vingativo? Devemos procurar entender corretamente o seu conceito de vingança;
·         Vingança é um castigo - ou um meio de cobrança - imposto contra alguém que cometeu algum mal; no entanto, Deus a aplica de forma diferente do homem, pois Ele dá ao pecador oportunidade de arrependimento antes de lhe permitir as consequências de seus pecados.
·         A morte - em todos os sentidos - ronda aqueles que optaram por uma vida de desobediência e maldade, enquanto que aqueles que resistem firmemente a tudo isso, está reservada a graça da vida eterna [Rm 6:23 - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.].

Longanimidade é um atributo
divino que também deve se
refletir no ser humano como
uma virtude nela gerada pelo
fruto do Espírito; aquele que
espera em Deus usufrui sempre
do melhor que Ele tem a oferecer
2. Longanimidade[11]
·         Conforme está escrito em Naum 1:3a, “Deus é tardio em irar-se”; isso significa que ele tolera as atitudes do pecador por um tempo, para que este tenha chance de se arrepender.
·         É importante frisar que o texto diz que Ele é tardio em irar-se e não que nunca se ire, como dizem alguns, por ser um Deus “bonzinho”; justiça divina nada tem a ver com maldade, pois ela só é aplicada contra aqueles que tiveram condições, mas que não quiseram se regenerar.
·         Uma outra maravilhosa característica da justiça divina é a sua infabilidade, ou seja: Deus nunca erra: o culpado, Ele não tem por inocente e vice-versa.
·         No caso dos assírios - mais especificamente dos ninivitas - sua maldade, a qual consistia em graves desrespeitos aos direitos humanos, era persistente e já tinha atingido um nível intolerável: eles massacraram de forma covarde e desumana a muitos povos, agora era a hora de os sobreviventes de suas crueldades se alegrarem presenciando sua queda.
·         Alegrar-se na queda do inimigo não significa necessariamente ficar feliz por sua desgraça, mas simplesmente sentir-se aliviado ao saber que o Senhor te livrou do teu opressor; como cristãos, o que realmente cabe a nós - conforme o próprio Jesus nos ensinou - é amar, bendizer e orar por aqueles que nos oprimem, porque eles não tem a graça divina em sua vida: isso também é longanimidade [Mt 5:44 - Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;].

Ser perfeito não significa
não ter defeito, mas sim
reconhecer suas
imperfeições e permitir
que o Perfeito Deus o
aperfeiçoe
3. O poder de Deus
·         Em Naum 1:3-8, o profeta se expressa de forma poética com um verdadeiro louvor à majestade de Deus;
·         Numa linguagem metafórica, ele chega a dizer que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade”;
·         Esse trecho do livro mostra o Senhor usando as forças da natureza em sua justiça, e nos versículos três e sete ainda deixa claro as suas virtude de bondade e longanimidade.
·         Sabemos que somos falhos e sujeitos às tentações dessa vida; porém, mesmo assim, nossa obrigação é buscar pela perfeição, ou seja: fazer o melhor possível, pois o nosso Criador entende as nossas falhas e conhece as intenções do nosso coração [Mt 5:48 - Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.].

Não são somente os grandes crimes,
mas também as simples atitudes de
satisfação carnal que nos tornam
inimigos de Deus; no entanto,
reconquistar sua amizade não é
difícil: basta arrependimento e um
sincero propósito de transformação
III - O castigo dos inimigos
1. Quem são os “inimigos”?
·         Os assírios, na época, eram os principais inimigos de Israel; e seu motivo não era racial, mas sim político, pois eles estavam interessados nas terras e nas riquezas que pertenciam ao povo de Deus;
·         Por isso, a expressão “peso de Nínive” refere-se totalmente ao castigo que viria contra a sua capital.
·         Em Naum 1:9-14, Deus continua usando o profeta para falar de castigo e, nesse trecho, não sita nenhuma vez o nome da Assíria ou de Nínive, o que nos dá a entender que seu poder de justiça podia - e pode - ser aplicado contra qualquer nação, por mais que ela se julgue poderosa ou cheia de razão em seu domínio político.
·         Hoje em dia, racialmente falando, Deus não tem um povo especialmente escolhido, mas o seu povo é a sua Igreja; e seus inimigos - tanto da Igreja quanto de Deus - são aqueles que persistem no pecado fazendo a vontade de Satanás [Tg 4:4 - Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.].

AquEle que criou o universo e
tudo o que nele é existe é também
perfeitamente capaz de sujeitá-lo
conforme a sua vontade; por isso,
os que não querem sofrer as
consequências pelos seus atos
devem sujeitar-se a Ele para
experimentar o seu poder com
alegria e não com lágrimas
2. O estilo de Naum
·         O livro é repleto de metáforas[12]: em Naum 1:10, o profeta chega a comparar os ninivitas a bêbados embriagados com vinho no momento da aplicação da justiça divina;
·         Isso representa o quanto Jeová os enfraqueceria e os deixaria confusos a ponto de  - apesar de se julgarem fortes e poderosos -, se tornarem uma presa fácil nas mãos de qualquer nação.
·         Devido a essa queda em seu poderio, Nabopolassar[13], rei da Babilônia, pai do rei Nabucodonosor, invadiu e conquistou Nínive em 612aC, sem dificuldade.
·         Esse estilo poético e metafórico é usado em várias partes da Bíblia para exaltar o poder do único e verdadeiro Deus [Lc 1:49-53 - Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. 50E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. 51Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. 52Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos.].

A revelação de sua Santa
Palavra é limitada enquanto
estivermos aqui nesse mundo,
pois há coisas que o homem não
está preparado para saber no
momento e, além do mais, as
maiores excelências da sua
glória estão guardadas para
serem desfrutadas
exclusivamente por aqueles que
herdarem sua morada eterna ao
seu lado
3. Reminiscências[14] históricas?
·         Em Naum 1:11,12, é mencionado um conselheiro vil - ou conselheiro de belial -, o qual muitos pensam ser Senaqueribe, o rei assírio, mas não há uma referência clara sobre quem seria ele;
·         A única coisa que Ele deixa bem clara em relação a isso está no versículo 14, aonde diz que não haveria mais linhagem de seu nome; isso mostra que, definitivamente, não haveria sucessão ao trono de Senaqueribe.
·         A linguagem bíblica, muitas vezes - principalmente nas profecias -, cita fatos em relação a alguém em individual, mas que também se refere a nação da época como um todo e até a Igreja e o povo atual ou futuro, como é o caso das profecias escatológicas.
·         Os pontos da história que não estão bem esclarecidos na Bíblia sempre são motivos de muitos questionamentos e discórdias, mas uma coisa devemos entender: por mais que seja importante estudar e enriquecer nosso conhecimento, tudo aquilo o que o Senhor não nos revelou nas Escrituras Sagradas são coisas que não têm relevância para a nossa salvação [Dt 29:29 - As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.].

Ser dependente de Deus
não é ser fraco - muito pelo
contrário - é ter a certeza de
que a maior libertação é a
da alma, pois sendo
espiritualmente livre não há
mal que possa nos oprimir
4. A consolação de Judá
·         Da mesma forma que a profecia de Obadias contra Edom era uma mensagem para Judá, assim também a profecia de Naum contra Nínive é uma mensagem de consolo para Judá, conforme vemos em Naum 1:12: “serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais.”.
·         Interessante nessa mensagem é que Ele diz “não te afligirei mais.”; mostrando que a aflição de Judá era também sua permissão.
·         As aflições de Judá também eram por correção de pecados, porém, eles arrependeram-se e foram poupados, enquanto que a Assíria permaneceu no erro, e foi destruída.
·         Para alcançar a consolação divina é essencial que haja arrependimento e conversão, porque o Espírito Santo de Deus somente habita em corações e vidas transformadas [At 3:19 - Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,].

O poder humano é uma mera
aparência que numa simples
demonstração do poder
divino se desfaz como se
nunca tivesse existido
Conclusão
·         A destruição da Assíria também nos serve de figura sobre o grande Juízo Final, o qual também significará a salvação dos justos e a condenação dos pecadores.
·         O amor de Deus e a sua longanimidade são imensos, mas sua ira contra os impenitentes[15] também é implacável[16].
·         Os inimigos pagaram um alto preço por suas maldades enquanto que Judá foi restaurado; hoje, muitas nações poderosas humilham as mais fracas crendo na impunidade, mas, no momento certo, a infalível justiça divina lhes mostrará que realmente o culpado não será considerado como inocente.
·         O amor de Deus é infinito, mas a sua tolerância é limitada, pois o bom pai castiga o filho mesmo com seu coração dolorido; por isso, procuremos a cada dia mais nos tornarmos mais agradáveis a Ele em busca de perdão por nossas constantes falhas [Is 55:6,7 - Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.].


Jonas Martins Olímpio


Senaqueribe, para o seu
povo, não era apenas um
rei, mas uma espécie de
deus; porém, depois de
um determinado tempo
tolerando sua arrogância,
o verdadeiro Deus
estendeu suas mãos
transformando aquela
nação, que ele acreditava
ter poder para multiplicar,
em um povo que nem sequer
teve continuidade em sua
linhagem genealógica
[1]Crivo: Prova, seleção, aprovação. Reunião para se decidir a aprovação ou a reprovação de alguém.
[2]Nínive: Uma das mais antigas cidades do mundo, fundada por Ninrode (Gn 10:11). Durante vários séculos foi a capital dos assírios. Em se território, atualmente, está situado o Iraque. Foi destruída pelos babilônios em 612 aC. O profeta Jonas foi enviado até ela para convertê-la (Jn 1:2), e Naum anunciou a sua queda.
[3]Naum: Profeta que viveu na mesma época de Habacuque e de Sofonias. Ele é autor do livro que leva seu nome: o livro de Naum está classificado entre os profetas menores; com uma linguagem poética, Naum descreve a queda de Nínive, a capital da Assíria, que foi conquistada pelos babilônios em 612 aC. Ele prediz a queda de Nínive como o castigo de Deus por suas perseguições ao seu povo.
[4]Saturar: Encher (Na 1:10).
[5]Senaqueribe: Significa "O deus da lua multiplicou os seus irmãos”. Rei da Assíria de 705 a 681 aC. Invadiu Judá, mas o seu exército foi destruído por um milagre (2º Rs caps. 18,19).
[6]Assíria: Significa "Plano". País localizado na Mesopotâmia. Suas capitais foram Assur, Calá e Nínive. Sua população era semita. Em várias ocasiões os assírios guerrearam contra o povo de Deus  (2º Rs 15:19,29; 16:7). Em 721 aC. os assírios acabaram com o Reino do Norte, tomando Samaria, sua capital  (2º Rs 17:6). Os medos e os babilônios derrotaram a Assíria, tomando Nínive em 612 aC. A Assíria é mencionada várias vezes nos livros proféticos: (Is 10:5-34, 14:24-27, 19:23-25 20:1-6, 30:27-33; Ez 23:1-31; Os 5:13; Na 1:1-15; Sf 2:13-15).
[7]Nô-Amon: Significa "cidade do deus Amom". Nome antigo da cidade de Tebas, a capital do Alto Egito. Ocupava os dois lados do Nilo e estava localizada 650 km ao sul do início do delta (Jr 46:25; Na 3:8).
[8]Assurbanipal: Significa "Assur gera um filho". Rei da Assíria, também chamado de Asnapar (Asnap, o grande), que deportou estrangeiros para Samaria (Ed 4:10). Reinou de 668 a 630 aC. Amante da cultura, fundou uma grande biblioteca.
[9]Ninrode: Um dos descendentes de Cam. Foi caçador e fundador de cidades e de reinos (Gn 10:8-12).
[10]Vindicação: Ato ou efeito de vindicar. Reclamação de coisa ou direito; reivindicação. Castigo, vingança.
[11]Longanimidade: Paciência. Qualidade de quem tem grandeza de ânimo. Benigno, complacente,indulgente, corajoso, generoso, paciente, resignado, longânimo.
[12]Metáfora: Emprego de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança.
[13]Nabopolassar: Primeiro rei do Império Neo-babilônico; pai de Nabucodonosor (626-605 aC.). Comandou a vitória sobre o Império Assírio em 612 aC. (Sf 2:13-15).
[14]Reminiscência: A capacidade de reter (coisas) na memória. Lembrança quase apagada; vaga recordação. Impressão que fica de uma coisa que se leu. Aquilo que fica de memória. Lembrança não reconhecida. Lembrança incompleta. Sinal ou pedaço que resta de coisas extintas; remanescente.
[15]Impenitente: Que é obstinado, endurecido no pecado. Que não se arrepende.
[16]Implacável: Que não se pode aplacar, que é inexorável. Cuja violência não se abranda. Que não perdoa.

Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 8 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio

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