Estudo Bíblico Baseado na
Escola Bíblica Dominical da CPAD | 1º Trimestre de 2013 - Lição 3 | Jonas
M. Olímpio
Deus muitas vezes se utiliza do castigo para demonstrar seu amor, dando assim uma oportunidade de arrependimento e salvação ao homem |
TEXTO
ÁUREO
E se o
meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha
face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra (2º
Cr 7:14).
VERDADE
PRÁTICA
A longa seca sobre
Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os
homens.
PALAVRA-CHAVE
Seca: Tempo seco; falta ou cessação de chuva.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
1º Reis 18:1-8
INTRODUÇÃO
·
Em 1º Reis 17:1,2 e
18:1,2, o profeta Elias previu uma grande seca sobre Israel, a qual foi
cumprida ainda nos dias de Acabe, foi também citada em Tiago 1:17, quando o
apóstolo falava sobre o poder da oração: “Elias
era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse
e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.”.
·
A longa seca sobre
Israel não foi um mero fenômeno climático sujeito a ocorrer em qualquer lugar
do planeta, pois ela não só era previsível pelo fato de aquela ser uma região
desértica, mas também foi predita pelo profeta como castigo divina.
·
Com sua infinita
soberania, Deus pode não somente punir cada pecador individualmente, como
também de forma coletiva.
·
O castigo de Deus não
deve ser encarado como punição, mas como um ato de misericórdia que contribui
na educação espiritual da pessoa para que ela se achegue mais a Ele.
“Porque
o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. 7Se suportais a correção,
Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? 8Mas, se estais sem
disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não
filhos.”
(Hb 12:6-8)
I - O
porquê da seca
1.
Disciplinar a nação
·
Acabe,
por apoiar as atitudes de sua esposa Jezabel, acabou por apoiar diretamente a
adoração à Baal em Israel, construindo altares e imagens com recursos do
governo.
·
Essa
atitude do rei influenciou fortemente o povo, o qual não mais se mantinha
puramente fiel à Jeová; podemos notar essa realidade em 1º Reis 18:21, quando o
profeta questiona até quando eles coxeariam entre dois pensamentos.
·
A
palavra “pensamento”, no texto original em hebraico é as’iph, e, em português, significa “ambivalência” ou “opinião
dividida”.
·
Quando
uma pessoa, enganada pelas armadilhas do seu coração, tem o seu pensamento – ou sentimento – dividido, somente um
grande sofrimento, geralmente uma triste decepção para fazê-la voltar a enxergar
a realidade.
“Enganoso
é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?"
(Jr
17:9)
2. Revelar a
divindade verdadeira
·
Quando
Acabe colocou Jezabel em sua vida e a trouxe para Israel, ele não ganhou
somente uma esposa, pois ele adquiriu também uma falsa religião, amargura
sentimental, perdas morais e materiais e, de bônus, conquistou tudo isso não só
para si, como também para toda a nação.
·
Sob um
ponto de vista natural, pode se dizer que passou a haver adoração a Jeová e
também a Baal; porém, espiritualmente, essa afirmação está errada, pois quem
adora a falsos deuses, de maneira alguma está adorando verdadeiramente ao
verdadeiro Deus, porque com ninguém Ele jamais divide a sua glória.
·
Baal e
Aserá eram os principais ídolos dos sidônios; tanto ele quanto Aserá eram
também chamados de deuses da fertilidade; isso leva a crer que em seus cultos
acontecessem degradantes orgias sexuais;
·
Devido
ao fato de Baal ser considerado deus do trovão e do raio, o que significaria
que ele teria poder sobre o clima, sobre tudo sobre a chuva, o verdadeiro Deus
usou a seca para castigá-los, mostrando-lhes que aquele ídolo demoníaco não
possuía poder algum.
“As
dores se multiplicarão àqueles que fazem oferendas a outro deus; eu não
oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus
lábios.”
(Sl 16:4)
II - Os
efeitos da seca
1.
Escassez e fome
·
Conforme
podemos ver em 1º Reis 18:2, naquele período houve uma extrema fome em Samaria,
e por mais que os idólatras clamassem ou oferecessem oferendas diariamente - tanto a Jeová quanto a Baal - não havia
resposta à sua fé múltipla e ao mesmo tempo morta.
·
A
situação era tão caótica que nem mesmo os animais de montaria estavam
resistindo a escassez de água, conforme está escrito em 1º Reis 18:5.
·
Imagine
o cenário: uma nação inteira com homens, mulheres e crianças sem água em
quantidade suficiente para beber, preparar seus alimentos, lavar seus objetos, tomar
banho, abastecer seus reservatórios e realizar outras atividades que pudessem
depender essencialmente dela.
·
A fome
e a seca podem ter sido um duro castigo, mas foi essa a maneira de Deus agir
para levar o povo ao arrependimento.
“Pois
tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos
os que te invocam."
(Sl
86:5)
2. Endurecimento ou
arrependimento
·
Quando
são punidos por Deus, há dois tipos de reação que os pecadores podem ter:
arrependimento dos seus atos ou endurecimento do coração;
·
No caso
de Acabe e Jezabel, eles se revoltaram contra o servo do Senhor e o perseguiram.
·
Enquanto
isso, o povo, como está relatado em 1º Reis 18:39, diante da manifestação do
poder divino, prostrou-se e adorou ao Senhor.
“Buscai
ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7Deixe o ímpio o seu
caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se
compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.”
(Is 55:6,7)
III - A
provisão divina da seca
1.
Provisão pessoal
·
Israel
passava por uma longa crise e todo o povo sofria terrivelmente as suas
consequências, mas Elias, o fiel profeta, era sustentado e amparado pelas mãos
de Deus.
·
Durante
o período de maior dificuldade, o Senhor tirou Elias do local onde haveria seca
e fome, escondendo-o onde havia água e comida.
·
O mais
impressionante foi o fato de que o alimento que Ele lhe proveu veio de forma
milagrosa, mostrando assim que para agir, Deus não precisa de nada, pois com o
seu infinito poder Ele conduz cada situação da maneira que bem quer.
·
A
fidelidade a Deus nunca é em vão, pois Ele jamais desampara os seus fiéis.
“Os passos de um homem bom são confirmados pelo
SENHOR, e deleita-se no seu caminho. 24Ainda
que caia, não ficará prostrado, pois o SENHOR o sustém com a sua mão.”
(Sl
37:23,24)
2. Provisão coletiva
·
Nem
todos em Israel eram pecadores, pois conforme está escrito em 1º Reis 18:3,4,
em meio a dura de perseguição de Jezabel aos verdadeiros profetas, Deus usou o
mordomo Obadias para livrar a vida de cem desses profetas e escondê-los numa
cova e sustentá-los com pão e água.
·
E além
desses cem profetas, conforme relata 1º Reis 19:18, o Senhor havia ainda
livrado da morte outros sete mil servos fiéis, os quais não haviam se
prostrando diante do ídolo Baal.
·
Elias
se sentia sozinho porque estava numa situação de grande aflição, mas ele não
era o único verdadeiro adorador naquela terra; mesmo em meio às mais duras
adversidades, o verdadeiro povo de Deus prevaleceu firme e fiel até o fim.
·
Todos
quantos seguem o caminho da justiça são também alcançados pelas bênçãos do
Senhor.
“Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi
desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão."
(Sl 37:25)
IV - As
lições deixadas pela seca
1.
A majestade divina
·
Em toda
a narração de sua história como, por exemplo, em 1º Reis 17:1, podemos notar que
Deus manifestou fortemente sua onipotência, onipresença e onisciência.
·
Nesse
versículo, Ele mostra seu controle sobre os fenômenos naturais impedindo a
chuva;
·
Nesse
mesmo versículo, Ele também demonstra, através da fé de Elias, que estava
presente naquele lugar;
·
Ainda
nesse versículo, Ele prova seu conhecimento e controle sobre o futuro, falando
por meio do profeta sobre a longa seca que havia de acontecer.
·
Deus
nunca aceitou dividir sua glória com ninguém; e esse mandamento é válido não
somente para os ídolos religiosos como também para vários outros ídolos que por
várias vezes chegamos a adorar até sem perceber.
“Não
terás outros deuses diante de mim. 4Não
farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos
céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5Não te encurvarás a elas
nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a
iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me
odeiam."
(Êx
20:3-5)
2. O pecado tem o seu
custo
·
Como
vemos em 1º Reis 18:17-19, mesmo sendo acusado pelo rei de estar perturbando os
israelitas, o profeta não temeu, o acusou por seus pecados e desafiou os seus
falsos profetas.
·
Com
essa atitude de extrema ousadia, Elias estava deixando bem claro que as
atitudes pecaminosas eram as verdadeiras culpadas pelo sofrimento de Israel, e
não ele, o profeta, que estava amaldiçoando a nação.
·
Acabe e
Jezabel certamente odiavam a Elias porque ele falava a verdade que eles não
queriam ouvir, e tinham zelo pela vida dos profetas de Baal, porque estes
“profetizavam” aquilo que lhes era agradável.
·
O preço
do pecado é muito alto e não vale a pena pagar por ele; por isso, nossa busca
deve ser sempre pela graça divina.
“Porque
o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus nosso Senhor.”
(Rm 6:23)
CONCLUSÃO
·
Deus não mandou a seca e a fome sobre Israel para destruir o
povo, mas sim para discipliná-lo e dar-lhe uma oportunidade de arrependimento.
·
Os objetivos dessa prova a qual os israelitas foram expostos
teve seu objetivo alcançado, pois, dessa forma o culto a Jeová, o único e
verdadeiro Deus foi reestabelecido na terra santa.
·
Jezabel foi destruída e Acabe ainda conseguiu chegar ao
arrependimento; o julgamento divino produz resultado diferentes em cada pessoa.
O Senhor quer salvar, mas a salvação é individual e depende única e exclusivamente
de cada um de nós.
·
Você ama realmente a Deus? Então não se preocupe, pois
aqueles problemas que tanto te afligem são para o teu próprio bem: eles te
mantém em uma vida de adoração e reconhecimento de dependência do
Todo-Poderoso.
“E
sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam
a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
(Rm 8:28)
Jonas M. Olímpio
[1]Obadias, o mordomo: Administrador da casa do rei Acabe (1º Rs
18:2-16).
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