Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 8 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio
Atenção Professor!
Texto Áureo
Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez (Gn 18:32).
Verdade Prática
No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo[1] da justiça divina.
Palavra-chave
Tolerância: Ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência.
Leitura Bíblica em Classe
Naum 1:1-3;9-14 - Peso de Nínive[2]. Livro da visão de Naum[3], o elcosita. 2O SENHOR é Deus zeloso e vingador; o SENHOR é vingador e cheio de furor; o
SENHOR toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. 3O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. 9Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia. 10Porque ainda que eles se entrelacem como os espinhos, e se saturem[4] de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca. 11De ti saiu um que maquinou o mal contra o SENHOR, um conselheiro vil. 12Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam, e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais. 13Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei os teus laços. 14Contra ti, porém, o SENHOR deu ordem que não haja mais linhagem do teu nome; da casa dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.
Introdução
· Na época em que o profeta Naum foi usado por Deus para profetizar contra Nínive, havia aproximadamente 150 anos que seus antepassados tinham se convertido com a pregação de Jonas.
· Deus, que antes havia perdoado e dado salvação àquele povo, um século e meio depois, teve que castigar seus descendentes, porque eles haviam levado de volta o pecado àquele lugar.
· O Senhor não somente pratica a justiça, mas avisa o por quê de suas atitudes; e essa foi a missão que Ele confiou à Naum: levar aos ninivitas a mensagem que anunciava o fim da sua tolerância contra os seus pecados.
· Antes de aplicar punições nos pecadores, Deus espera ver neles atitudes de arrependimento para perdoá-los e purificá-los [1ª Jo 1:9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.].
I - O livro de Naum
1. Contexto histórico
· Naum, como a maioria dos demais profetas, não nos fornece sua autobiografia;
· A única coisa que diz a seu respeito é que ele era elcosita, termo esse que não aparece em nenhum outro lugar da Bíblia.
· Também não existe nenhuma definição estabelecida sob o período de exercício do seu ministério; cogita-se a possibilidade de ter sido em 701aC, quando Jerusalém foi cercada pelo exército de Senaqueribe[5], rei da Assíria[6], ou em 621, na época das reformas religiosas feitas por Josias, rei de Judá.
a) Origem do profeta: muitos acreditam que elcosita é um termo referente aos nativos de uma cidade assíria chamada Al-Kush, que fica ao norte de Mossul, no Iraque. Mas isso não é muito provável, considerando-se que, historicamente, a cidade da Galileia - que significa aldeia de Naum -, aonde Jesus viveu, é considerada como a cidade de origem do profeta.
b) Período aceitável: quanto ao período, sabe-se que Nínive foi destruída no ano 612aC. O profeta também cita o desmoronamento de Nô-Amon[7], e sobre esse fato, existem relatos históricos: Assurbanipal[8], o então rei da Assíria, destruiu essa cidade egípcia no ano 663aC, baseados nessa informação podemos supor que o ministério de Naum se deu entre 663 a 612aC.
c) Nínive: nessa época, Nínive era a capital do império assírio. Suas ruínas foram identificadas ao norte do Iraque. Essa foi uma das cidades fundadas por Ninrode[9] após o dilúvio, na data aproximada de 4500aC.
· Deus descreveu Nínive como a “grande cidade”, pois ela era uma importante metrópole mundial da época.
· Ninguém mais pode ser responsável - ou culpado - pelos pecados do homem do que o próprio homem; nosso destino depende de nossas atitudes e da retidão de nosso coração diante do Senhor [Rm 2:5-8 - Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; 6O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: 7A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; 8Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;].
· Seu livro é relativamente pequeno, pois não conta história, mas sim a profecia da justiça divina em favor de Israel perante um de seus maiores inimigos.
· O esboço dos 47 versículos dos 3 capítulos do livro de Naum é o seguinte:
a) 1:1 - Título e identificação do autor;
b) 1:2-7 - Características da administração da justiça de Deus;
c) 1:8-11 - A ruína iminente de Nínive;
d) 1:12,13 - Consolo para Judá;
e) 1:14 - A ruína iminente de Nínive;
f) 1:15 - Consolo para Judá;
g) 2:1,2 - Introdução à queda de Nínive;
h) 2:3-5 - O combate armado;
i) 2:6-12 - A cidade é invadida e devastada;
j) 2:13 - A voz do Senhor;
k) 3:1-4 - Os pecados da crueldade de Nínive;
l) 3:5-19 - A justa recompensa da parte de Deus.
· O livro de Naum não parece ter muito destaque, mas sua exposição nos traz importantes e inéditas narrativas sobre o pecado e a queda de Nínive.
· Mesmo na época da Lei - a qual foi feita para condenar os injustos - Deus sempre proporcionou meio de salvar os pecadores, e somente os punia - assim como puniu os ninivitas e muitos outros - quando seus pecados chegavam no limite da sua intolerância; diante disso, devemos louvá-lo por nos ter privilegiado com a Graça, a qual nos faz participantes de imerecidas bênçãos [2ª Co 3:9 - Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça.].
3. Mensagem
· Resumidamente, o seu tema básico é a queda de Nínive, seguida pela consolação de Judá.
· O termo “peso de Nínive”, encontrado logo no início do livro, expressa o impacto - o sofrimento - causado pela sua destruição.
· A tradução na língua portuguesa para “peso” vem da palavra hebraica massá que significa “carga”, “fardo”, “sofrimento”, o que pode ser entendido como “sentença pesada”, “oráculo”, “pronunciamento”, “profecia”;
· Literalmente, essa palavra simplesmente representa o grande desastre que ocorreria em consequência de seus pecados.
· Deus não poupará de sua justiça aqueles que se levantaram contra o seu povo; e, a exemplo do que aconteceu na época de Naum, do mesmo modo que o inimigo for abatido, os seus justos fiéis serão exaltados [2ª Ts 1:6-9 - Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, 7E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, 8Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; 9Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,].
II - Tolerância e vindicação[10]
1. Vingança (Na 1:1,2)
· O conteúdo principal do livro de Naum é o juízo divino contra Nínive; então, vemos aqui um atributo que se aplica a Deus, pois depende do seu poder: a vingança.
· A palavra traduzida como vingança provém do verbo hebraico naqan, e significa literalmente “vingar-se” ou “tomar vingança”.
· Somente em Naum 1:2, essa expressão aparece três vezes. Mas será que Deus é vingativo? Devemos procurar entender corretamente o seu conceito de vingança;
· Vingança é um castigo - ou um meio de cobrança - imposto contra alguém que cometeu algum mal; no entanto, Deus a aplica de forma diferente do homem, pois Ele dá ao pecador oportunidade de arrependimento antes de lhe permitir as consequências de seus pecados.
· A morte - em todos os sentidos - ronda aqueles que optaram por uma vida de desobediência e maldade, enquanto que aqueles que resistem firmemente a tudo isso, está reservada a graça da vida eterna [Rm 6:23 - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.].
2. Longanimidade[11]
· Conforme está escrito em Naum 1:3a, “Deus é tardio em irar-se”; isso significa que ele tolera as atitudes do pecador por um tempo, para que este tenha chance de se arrepender.
· É importante frisar que o texto diz que Ele é tardio em irar-se e não que nunca se ire, como dizem alguns, por ser um Deus “bonzinho”; justiça divina nada tem a ver com maldade, pois ela só é aplicada contra aqueles que tiveram condições, mas que não quiseram se regenerar.
· Uma outra maravilhosa característica da justiça divina é a sua infabilidade, ou seja: Deus nunca erra: o culpado, Ele não tem por inocente e vice-versa.
· No caso dos assírios - mais especificamente dos ninivitas - sua maldade, a qual consistia em graves desrespeitos aos direitos humanos, era persistente e já tinha atingido um nível intolerável: eles massacraram de forma covarde e desumana a muitos povos, agora era a hora de os sobreviventes de suas crueldades se alegrarem presenciando sua queda.
· Alegrar-se na queda do inimigo não significa necessariamente ficar feliz por sua desgraça, mas simplesmente sentir-se aliviado ao saber que o Senhor te livrou do teu opressor; como cristãos, o que realmente cabe a nós - conforme o próprio Jesus nos ensinou - é amar, bendizer e orar por aqueles que nos oprimem, porque eles não tem a graça divina em sua vida: isso também é longanimidade [Mt 5:44 - Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;].
3. O poder de Deus
· Em Naum 1:3-8, o profeta se expressa de forma poética com um verdadeiro louvor à majestade de Deus;
· Numa linguagem metafórica, ele chega a dizer que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade”;
· Esse trecho do livro mostra o Senhor usando as forças da natureza em sua justiça, e nos versículos três e sete ainda deixa claro as suas virtude de bondade e longanimidade.
· Sabemos que somos falhos e sujeitos às tentações dessa vida; porém, mesmo assim, nossa obrigação é buscar pela perfeição, ou seja: fazer o melhor possível, pois o nosso Criador entende as nossas falhas e conhece as intenções do nosso coração [Mt 5:48 - Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.].
III - O castigo dos inimigos
1. Quem são os “inimigos”?
· Os assírios, na época, eram os principais inimigos de Israel; e seu motivo não era racial, mas sim político, pois eles estavam interessados nas terras e nas riquezas que pertenciam ao povo de Deus;
· Por isso, a expressão “peso de Nínive” refere-se totalmente ao castigo que viria contra a sua capital.
· Em Naum 1:9-14, Deus continua usando o profeta para falar de castigo e, nesse trecho, não sita nenhuma vez o nome da Assíria ou de Nínive, o que nos dá a entender que seu poder de justiça podia - e pode - ser aplicado contra qualquer nação, por mais que ela se julgue poderosa ou cheia de razão em seu domínio político.
· Hoje em dia, racialmente falando, Deus não tem um povo especialmente escolhido, mas o seu povo é a sua Igreja; e seus inimigos - tanto da Igreja quanto de Deus - são aqueles que persistem no pecado fazendo a vontade de Satanás [Tg 4:4 - Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.].
· O livro é repleto de metáforas[12]: em Naum 1:10, o profeta chega a comparar os ninivitas a bêbados embriagados com vinho no momento da aplicação da justiça divina;
· Isso representa o quanto Jeová os enfraqueceria e os deixaria confusos a ponto de - apesar de se julgarem fortes e poderosos -, se tornarem uma presa fácil nas mãos de qualquer nação.
· Devido a essa queda em seu poderio, Nabopolassar[13], rei da Babilônia, pai do rei Nabucodonosor, invadiu e conquistou Nínive em 612aC, sem dificuldade.
· Esse estilo poético e metafórico é usado em várias partes da Bíblia para exaltar o poder do único e verdadeiro Deus [Lc 1:49-53 - Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. 50E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. 51Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. 52Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos.].
Reminiscências[14] históricas?
· Em Naum 1:11,12, é mencionado um conselheiro vil - ou conselheiro de belial -, o qual muitos pensam ser Senaqueribe, o rei assírio, mas não há uma referência clara sobre quem seria ele;
· A única coisa que Ele deixa bem clara em relação a isso está no versículo 14, aonde diz que não haveria mais linhagem de seu nome; isso mostra que, definitivamente, não haveria sucessão ao trono de Senaqueribe.
· A linguagem bíblica, muitas vezes - principalmente nas profecias -, cita fatos em relação a alguém em individual, mas que também se refere a nação da época como um todo e até a Igreja e o povo atual ou futuro, como é o caso das profecias escatológicas.
· Os pontos da história que não estão bem esclarecidos na Bíblia sempre são motivos de muitos questionamentos e discórdias, mas uma coisa devemos entender: por mais que seja importante estudar e enriquecer nosso conhecimento, tudo aquilo o que o Senhor não nos revelou nas Escrituras Sagradas são coisas que não têm relevância para a nossa salvação [Dt 29:29 - As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.].
4. A consolação de Judá
· Da mesma forma que a profecia de Obadias contra Edom era uma mensagem para Judá, assim também a profecia de Naum contra Nínive é uma mensagem de consolo para Judá, conforme vemos em Naum 1:12: “serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais.”.
· Interessante nessa mensagem é que Ele diz “não te afligirei mais.”; mostrando que a aflição de Judá era também sua permissão.
· As aflições de Judá também eram por correção de pecados, porém, eles arrependeram-se e foram poupados, enquanto que a Assíria permaneceu no erro, e foi destruída.
· Para alcançar a consolação divina é essencial que haja arrependimento e conversão, porque o Espírito Santo de Deus somente habita em corações e vidas transformadas [At 3:19 - Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,].
Conclusão
· A destruição da Assíria também nos serve de figura sobre o grande Juízo Final, o qual também significará a salvação dos justos e a condenação dos pecadores.
· O amor de Deus e a sua longanimidade são imensos, mas sua ira contra os impenitentes[15] também é implacável[16].
· Os inimigos pagaram um alto preço por suas maldades enquanto que Judá foi restaurado; hoje, muitas nações poderosas humilham as mais fracas crendo na impunidade, mas, no momento certo, a infalível justiça divina lhes mostrará que realmente o culpado não será considerado como inocente.
· O amor de Deus é infinito, mas a sua tolerância é limitada, pois o bom pai castiga o filho mesmo com seu coração dolorido; por isso, procuremos a cada dia mais nos tornarmos mais agradáveis a Ele em busca de perdão por nossas constantes falhas [Is 55:6,7 - Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.].
[1]Crivo: Prova, seleção, aprovação. Reunião para se decidir a aprovação ou a reprovação de alguém.
[2]Nínive: Uma das mais antigas cidades do mundo, fundada por Ninrode (Gn 10:11). Durante vários séculos foi a capital dos assírios. Em se território, atualmente, está situado o Iraque. Foi destruída pelos babilônios em 612 aC. O profeta Jonas foi enviado até ela para convertê-la (Jn 1:2), e Naum anunciou a sua queda.
[3]Naum: Profeta que viveu na mesma época de Habacuque e de Sofonias. Ele é autor do livro que leva seu nome: o livro de Naum está classificado entre os profetas menores; com uma linguagem poética, Naum descreve a queda de Nínive, a capital da Assíria, que foi conquistada pelos babilônios em 612 aC. Ele prediz a queda de Nínive como o castigo de Deus por suas perseguições ao seu povo.
[4]Saturar: Encher (Na 1:10).
[5]Senaqueribe: Significa "O deus da lua multiplicou os seus irmãos”. Rei da Assíria de 705 a 681 aC. Invadiu Judá, mas o seu exército foi destruído por um milagre (2º Rs caps. 18,19).
[6]Assíria: Significa "Plano". País localizado na Mesopotâmia. Suas capitais foram Assur, Calá e Nínive. Sua população era semita. Em várias ocasiões os assírios guerrearam contra o povo de Deus (2º Rs 15:19,29; 16:7). Em 721 aC. os assírios acabaram com o Reino do Norte, tomando Samaria, sua capital (2º Rs 17:6). Os medos e os babilônios derrotaram a Assíria, tomando Nínive em 612 aC. A Assíria é mencionada várias vezes nos livros proféticos: (Is 10:5-34, 14:24-27, 19:23-25 20:1-6, 30:27-33; Ez 23:1-31; Os 5:13; Na 1:1-15; Sf 2:13-15).
[7]Nô-Amon: Significa "cidade do deus Amom". Nome antigo da cidade de Tebas, a capital do Alto Egito. Ocupava os dois lados do Nilo e estava localizada 650 km ao sul do início do delta (Jr 46:25; Na 3:8).
[8]Assurbanipal: Significa "Assur gera um filho". Rei da Assíria, também chamado de Asnapar (Asnap, o grande), que deportou estrangeiros para Samaria (Ed 4:10). Reinou de 668 a 630 aC. Amante da cultura, fundou uma grande biblioteca.
[9]Ninrode: Um dos descendentes de Cam. Foi caçador e fundador de cidades e de reinos (Gn 10:8-12).
[10]Vindicação: Ato ou efeito de vindicar. Reclamação de coisa ou direito; reivindicação. Castigo, vingança.
[11]Longanimidade: Paciência. Qualidade de quem tem grandeza de ânimo. Benigno, complacente,indulgente, corajoso, generoso, paciente, resignado, longânimo.
[12]Metáfora: Emprego de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança.
[13]Nabopolassar: Primeiro rei do Império Neo-babilônico; pai de Nabucodonosor (626-605 aC.). Comandou a vitória sobre o Império Assírio em 612 aC. (Sf 2:13-15).
[14]Reminiscência: A capacidade de reter (coisas) na memória. Lembrança quase apagada; vaga recordação. Impressão que fica de uma coisa que se leu. Aquilo que fica de memória. Lembrança não reconhecida. Lembrança incompleta. Sinal ou pedaço que resta de coisas extintas; remanescente.
[15]Impenitente: Que é obstinado, endurecido no pecado. Que não se arrepende.
[16]Implacável: Que não se pode aplacar, que é inexorável. Cuja violência não se abranda. Que não perdoa.
Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 8 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio
Atenção Professor!
Após essa aula, seu aluno deverá estar apto a:
> Explicar o contexto histórico do livro de Naum;
> Apontar os limites entre tolerância e vindicação;
> Conscientizar-se da existência do juízo divino.
Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez (Gn 18:32).
Verdade Prática
No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo[1] da justiça divina.
Palavra-chave
Tolerância: Ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência.
Leitura Bíblica em Classe
Naum 1:1-3;9-14 - Peso de Nínive[2]. Livro da visão de Naum[3], o elcosita. 2O SENHOR é Deus zeloso e vingador; o SENHOR é vingador e cheio de furor; o
SENHOR toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. 3O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. 9Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia. 10Porque ainda que eles se entrelacem como os espinhos, e se saturem[4] de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca. 11De ti saiu um que maquinou o mal contra o SENHOR, um conselheiro vil. 12Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam, e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais. 13Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei os teus laços. 14Contra ti, porém, o SENHOR deu ordem que não haja mais linhagem do teu nome; da casa dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.
Mesmo estando sempre pronto para aplicar a sua justiça sobre o pecador, o nosso Senhorn está também sempre disposto a perdoar aqueles que se voltarem a Ele arrependidos em busca do perdão |
· Na época em que o profeta Naum foi usado por Deus para profetizar contra Nínive, havia aproximadamente 150 anos que seus antepassados tinham se convertido com a pregação de Jonas.
· Deus, que antes havia perdoado e dado salvação àquele povo, um século e meio depois, teve que castigar seus descendentes, porque eles haviam levado de volta o pecado àquele lugar.
· O Senhor não somente pratica a justiça, mas avisa o por quê de suas atitudes; e essa foi a missão que Ele confiou à Naum: levar aos ninivitas a mensagem que anunciava o fim da sua tolerância contra os seus pecados.
· Antes de aplicar punições nos pecadores, Deus espera ver neles atitudes de arrependimento para perdoá-los e purificá-los [1ª Jo 1:9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.].
I - O livro de Naum
1. Contexto histórico
· Naum, como a maioria dos demais profetas, não nos fornece sua autobiografia;
· A única coisa que diz a seu respeito é que ele era elcosita, termo esse que não aparece em nenhum outro lugar da Bíblia.
· Também não existe nenhuma definição estabelecida sob o período de exercício do seu ministério; cogita-se a possibilidade de ter sido em 701aC, quando Jerusalém foi cercada pelo exército de Senaqueribe[5], rei da Assíria[6], ou em 621, na época das reformas religiosas feitas por Josias, rei de Judá.
a) Origem do profeta: muitos acreditam que elcosita é um termo referente aos nativos de uma cidade assíria chamada Al-Kush, que fica ao norte de Mossul, no Iraque. Mas isso não é muito provável, considerando-se que, historicamente, a cidade da Galileia - que significa aldeia de Naum -, aonde Jesus viveu, é considerada como a cidade de origem do profeta.
b) Período aceitável: quanto ao período, sabe-se que Nínive foi destruída no ano 612aC. O profeta também cita o desmoronamento de Nô-Amon[7], e sobre esse fato, existem relatos históricos: Assurbanipal[8], o então rei da Assíria, destruiu essa cidade egípcia no ano 663aC, baseados nessa informação podemos supor que o ministério de Naum se deu entre 663 a 612aC.
c) Nínive: nessa época, Nínive era a capital do império assírio. Suas ruínas foram identificadas ao norte do Iraque. Essa foi uma das cidades fundadas por Ninrode[9] após o dilúvio, na data aproximada de 4500aC.
· Deus descreveu Nínive como a “grande cidade”, pois ela era uma importante metrópole mundial da época.
· Ninguém mais pode ser responsável - ou culpado - pelos pecados do homem do que o próprio homem; nosso destino depende de nossas atitudes e da retidão de nosso coração diante do Senhor [Rm 2:5-8 - Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; 6O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: 7A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; 8Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;].
· Seu livro é relativamente pequeno, pois não conta história, mas sim a profecia da justiça divina em favor de Israel perante um de seus maiores inimigos.
· O esboço dos 47 versículos dos 3 capítulos do livro de Naum é o seguinte:
a) 1:1 - Título e identificação do autor;
b) 1:2-7 - Características da administração da justiça de Deus;
c) 1:8-11 - A ruína iminente de Nínive;
d) 1:12,13 - Consolo para Judá;
e) 1:14 - A ruína iminente de Nínive;
f) 1:15 - Consolo para Judá;
g) 2:1,2 - Introdução à queda de Nínive;
h) 2:3-5 - O combate armado;
i) 2:6-12 - A cidade é invadida e devastada;
j) 2:13 - A voz do Senhor;
k) 3:1-4 - Os pecados da crueldade de Nínive;
l) 3:5-19 - A justa recompensa da parte de Deus.
· O livro de Naum não parece ter muito destaque, mas sua exposição nos traz importantes e inéditas narrativas sobre o pecado e a queda de Nínive.
· Mesmo na época da Lei - a qual foi feita para condenar os injustos - Deus sempre proporcionou meio de salvar os pecadores, e somente os punia - assim como puniu os ninivitas e muitos outros - quando seus pecados chegavam no limite da sua intolerância; diante disso, devemos louvá-lo por nos ter privilegiado com a Graça, a qual nos faz participantes de imerecidas bênçãos [2ª Co 3:9 - Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça.].
O alcance das mãos do Senhor é ilimitado tanto para abençoar os fiéis, quanto para punir os que se julgam inatingíveis por sua força humana e por seu poder aquisitivo |
· Resumidamente, o seu tema básico é a queda de Nínive, seguida pela consolação de Judá.
· O termo “peso de Nínive”, encontrado logo no início do livro, expressa o impacto - o sofrimento - causado pela sua destruição.
· A tradução na língua portuguesa para “peso” vem da palavra hebraica massá que significa “carga”, “fardo”, “sofrimento”, o que pode ser entendido como “sentença pesada”, “oráculo”, “pronunciamento”, “profecia”;
· Literalmente, essa palavra simplesmente representa o grande desastre que ocorreria em consequência de seus pecados.
· Deus não poupará de sua justiça aqueles que se levantaram contra o seu povo; e, a exemplo do que aconteceu na época de Naum, do mesmo modo que o inimigo for abatido, os seus justos fiéis serão exaltados [2ª Ts 1:6-9 - Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, 7E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, 8Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; 9Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,].
A tentação do pecado se manifesta como algo belo e saboroso, mas somente depois de algumas "mordidas", é que ele revela sua outra face, e a sua vítima percebe que já foi infectada pelo seu veneno mortal |
1. Vingança (Na 1:1,2)
· O conteúdo principal do livro de Naum é o juízo divino contra Nínive; então, vemos aqui um atributo que se aplica a Deus, pois depende do seu poder: a vingança.
· A palavra traduzida como vingança provém do verbo hebraico naqan, e significa literalmente “vingar-se” ou “tomar vingança”.
· Somente em Naum 1:2, essa expressão aparece três vezes. Mas será que Deus é vingativo? Devemos procurar entender corretamente o seu conceito de vingança;
· Vingança é um castigo - ou um meio de cobrança - imposto contra alguém que cometeu algum mal; no entanto, Deus a aplica de forma diferente do homem, pois Ele dá ao pecador oportunidade de arrependimento antes de lhe permitir as consequências de seus pecados.
· A morte - em todos os sentidos - ronda aqueles que optaram por uma vida de desobediência e maldade, enquanto que aqueles que resistem firmemente a tudo isso, está reservada a graça da vida eterna [Rm 6:23 - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.].
Longanimidade é um atributo divino que também deve se refletir no ser humano como uma virtude nela gerada pelo fruto do Espírito; aquele que espera em Deus usufrui sempre do melhor que Ele tem a oferecer |
· Conforme está escrito em Naum 1:3a, “Deus é tardio em irar-se”; isso significa que ele tolera as atitudes do pecador por um tempo, para que este tenha chance de se arrepender.
· É importante frisar que o texto diz que Ele é tardio em irar-se e não que nunca se ire, como dizem alguns, por ser um Deus “bonzinho”; justiça divina nada tem a ver com maldade, pois ela só é aplicada contra aqueles que tiveram condições, mas que não quiseram se regenerar.
· Uma outra maravilhosa característica da justiça divina é a sua infabilidade, ou seja: Deus nunca erra: o culpado, Ele não tem por inocente e vice-versa.
· No caso dos assírios - mais especificamente dos ninivitas - sua maldade, a qual consistia em graves desrespeitos aos direitos humanos, era persistente e já tinha atingido um nível intolerável: eles massacraram de forma covarde e desumana a muitos povos, agora era a hora de os sobreviventes de suas crueldades se alegrarem presenciando sua queda.
· Alegrar-se na queda do inimigo não significa necessariamente ficar feliz por sua desgraça, mas simplesmente sentir-se aliviado ao saber que o Senhor te livrou do teu opressor; como cristãos, o que realmente cabe a nós - conforme o próprio Jesus nos ensinou - é amar, bendizer e orar por aqueles que nos oprimem, porque eles não tem a graça divina em sua vida: isso também é longanimidade [Mt 5:44 - Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;].
Ser perfeito não significa não ter defeito, mas sim reconhecer suas imperfeições e permitir que o Perfeito Deus o aperfeiçoe |
· Em Naum 1:3-8, o profeta se expressa de forma poética com um verdadeiro louvor à majestade de Deus;
· Numa linguagem metafórica, ele chega a dizer que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade”;
· Esse trecho do livro mostra o Senhor usando as forças da natureza em sua justiça, e nos versículos três e sete ainda deixa claro as suas virtude de bondade e longanimidade.
· Sabemos que somos falhos e sujeitos às tentações dessa vida; porém, mesmo assim, nossa obrigação é buscar pela perfeição, ou seja: fazer o melhor possível, pois o nosso Criador entende as nossas falhas e conhece as intenções do nosso coração [Mt 5:48 - Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.].
III - O castigo dos inimigos
1. Quem são os “inimigos”?
· Os assírios, na época, eram os principais inimigos de Israel; e seu motivo não era racial, mas sim político, pois eles estavam interessados nas terras e nas riquezas que pertenciam ao povo de Deus;
· Por isso, a expressão “peso de Nínive” refere-se totalmente ao castigo que viria contra a sua capital.
· Em Naum 1:9-14, Deus continua usando o profeta para falar de castigo e, nesse trecho, não sita nenhuma vez o nome da Assíria ou de Nínive, o que nos dá a entender que seu poder de justiça podia - e pode - ser aplicado contra qualquer nação, por mais que ela se julgue poderosa ou cheia de razão em seu domínio político.
· Hoje em dia, racialmente falando, Deus não tem um povo especialmente escolhido, mas o seu povo é a sua Igreja; e seus inimigos - tanto da Igreja quanto de Deus - são aqueles que persistem no pecado fazendo a vontade de Satanás [Tg 4:4 - Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.].
· O livro é repleto de metáforas[12]: em Naum 1:10, o profeta chega a comparar os ninivitas a bêbados embriagados com vinho no momento da aplicação da justiça divina;
· Isso representa o quanto Jeová os enfraqueceria e os deixaria confusos a ponto de - apesar de se julgarem fortes e poderosos -, se tornarem uma presa fácil nas mãos de qualquer nação.
· Devido a essa queda em seu poderio, Nabopolassar[13], rei da Babilônia, pai do rei Nabucodonosor, invadiu e conquistou Nínive em 612aC, sem dificuldade.
· Esse estilo poético e metafórico é usado em várias partes da Bíblia para exaltar o poder do único e verdadeiro Deus [Lc 1:49-53 - Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. 50E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. 51Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. 52Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos.].
Reminiscências[14] históricas?
· Em Naum 1:11,12, é mencionado um conselheiro vil - ou conselheiro de belial -, o qual muitos pensam ser Senaqueribe, o rei assírio, mas não há uma referência clara sobre quem seria ele;
· A única coisa que Ele deixa bem clara em relação a isso está no versículo 14, aonde diz que não haveria mais linhagem de seu nome; isso mostra que, definitivamente, não haveria sucessão ao trono de Senaqueribe.
· A linguagem bíblica, muitas vezes - principalmente nas profecias -, cita fatos em relação a alguém em individual, mas que também se refere a nação da época como um todo e até a Igreja e o povo atual ou futuro, como é o caso das profecias escatológicas.
· Os pontos da história que não estão bem esclarecidos na Bíblia sempre são motivos de muitos questionamentos e discórdias, mas uma coisa devemos entender: por mais que seja importante estudar e enriquecer nosso conhecimento, tudo aquilo o que o Senhor não nos revelou nas Escrituras Sagradas são coisas que não têm relevância para a nossa salvação [Dt 29:29 - As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.].
Ser dependente de Deus não é ser fraco - muito pelo contrário - é ter a certeza de que a maior libertação é a da alma, pois sendo espiritualmente livre não há mal que possa nos oprimir |
· Da mesma forma que a profecia de Obadias contra Edom era uma mensagem para Judá, assim também a profecia de Naum contra Nínive é uma mensagem de consolo para Judá, conforme vemos em Naum 1:12: “serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais.”.
· Interessante nessa mensagem é que Ele diz “não te afligirei mais.”; mostrando que a aflição de Judá era também sua permissão.
· As aflições de Judá também eram por correção de pecados, porém, eles arrependeram-se e foram poupados, enquanto que a Assíria permaneceu no erro, e foi destruída.
· Para alcançar a consolação divina é essencial que haja arrependimento e conversão, porque o Espírito Santo de Deus somente habita em corações e vidas transformadas [At 3:19 - Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,].
O poder humano é uma mera aparência que numa simples demonstração do poder divino se desfaz como se nunca tivesse existido |
· A destruição da Assíria também nos serve de figura sobre o grande Juízo Final, o qual também significará a salvação dos justos e a condenação dos pecadores.
· O amor de Deus e a sua longanimidade são imensos, mas sua ira contra os impenitentes[15] também é implacável[16].
· Os inimigos pagaram um alto preço por suas maldades enquanto que Judá foi restaurado; hoje, muitas nações poderosas humilham as mais fracas crendo na impunidade, mas, no momento certo, a infalível justiça divina lhes mostrará que realmente o culpado não será considerado como inocente.
· O amor de Deus é infinito, mas a sua tolerância é limitada, pois o bom pai castiga o filho mesmo com seu coração dolorido; por isso, procuremos a cada dia mais nos tornarmos mais agradáveis a Ele em busca de perdão por nossas constantes falhas [Is 55:6,7 - Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.].
Jonas Martins Olímpio
[1]Crivo: Prova, seleção, aprovação. Reunião para se decidir a aprovação ou a reprovação de alguém.
[2]Nínive: Uma das mais antigas cidades do mundo, fundada por Ninrode (Gn 10:11). Durante vários séculos foi a capital dos assírios. Em se território, atualmente, está situado o Iraque. Foi destruída pelos babilônios em 612 aC. O profeta Jonas foi enviado até ela para convertê-la (Jn 1:2), e Naum anunciou a sua queda.
[3]Naum: Profeta que viveu na mesma época de Habacuque e de Sofonias. Ele é autor do livro que leva seu nome: o livro de Naum está classificado entre os profetas menores; com uma linguagem poética, Naum descreve a queda de Nínive, a capital da Assíria, que foi conquistada pelos babilônios em 612 aC. Ele prediz a queda de Nínive como o castigo de Deus por suas perseguições ao seu povo.
[4]Saturar: Encher (Na 1:10).
[5]Senaqueribe: Significa "O deus da lua multiplicou os seus irmãos”. Rei da Assíria de 705 a 681 aC. Invadiu Judá, mas o seu exército foi destruído por um milagre (2º Rs caps. 18,19).
[6]Assíria: Significa "Plano". País localizado na Mesopotâmia. Suas capitais foram Assur, Calá e Nínive. Sua população era semita. Em várias ocasiões os assírios guerrearam contra o povo de Deus (2º Rs 15:19,29; 16:7). Em 721 aC. os assírios acabaram com o Reino do Norte, tomando Samaria, sua capital (2º Rs 17:6). Os medos e os babilônios derrotaram a Assíria, tomando Nínive em 612 aC. A Assíria é mencionada várias vezes nos livros proféticos: (Is 10:5-34, 14:24-27, 19:23-25 20:1-6, 30:27-33; Ez 23:1-31; Os 5:13; Na 1:1-15; Sf 2:13-15).
[7]Nô-Amon: Significa "cidade do deus Amom". Nome antigo da cidade de Tebas, a capital do Alto Egito. Ocupava os dois lados do Nilo e estava localizada 650 km ao sul do início do delta (Jr 46:25; Na 3:8).
[8]Assurbanipal: Significa "Assur gera um filho". Rei da Assíria, também chamado de Asnapar (Asnap, o grande), que deportou estrangeiros para Samaria (Ed 4:10). Reinou de 668 a 630 aC. Amante da cultura, fundou uma grande biblioteca.
[9]Ninrode: Um dos descendentes de Cam. Foi caçador e fundador de cidades e de reinos (Gn 10:8-12).
[10]Vindicação: Ato ou efeito de vindicar. Reclamação de coisa ou direito; reivindicação. Castigo, vingança.
[11]Longanimidade: Paciência. Qualidade de quem tem grandeza de ânimo. Benigno, complacente,indulgente, corajoso, generoso, paciente, resignado, longânimo.
[12]Metáfora: Emprego de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança.
[13]Nabopolassar: Primeiro rei do Império Neo-babilônico; pai de Nabucodonosor (626-605 aC.). Comandou a vitória sobre o Império Assírio em 612 aC. (Sf 2:13-15).
[14]Reminiscência: A capacidade de reter (coisas) na memória. Lembrança quase apagada; vaga recordação. Impressão que fica de uma coisa que se leu. Aquilo que fica de memória. Lembrança não reconhecida. Lembrança incompleta. Sinal ou pedaço que resta de coisas extintas; remanescente.
[15]Impenitente: Que é obstinado, endurecido no pecado. Que não se arrepende.
[16]Implacável: Que não se pode aplacar, que é inexorável. Cuja violência não se abranda. Que não perdoa.
Estudo Bíblico Baseado na Escola Bíblica Dominical da CPAD | 4º Trimestre de 2012 - Lição 8 | AD Belém - Setor 20 (Arujá/SP) - Congr. Pq. Rodrigo Barreto I | Jonas M. Olímpio
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