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Devemos analisar cuidadosamente se nosso relacionamento íntimo está sendo agradável aos olhos de Deus, e devemos também estar conscientes de que nem tudo o que foge ao padrão tradicional é pecado. E a única forma de diferenciar entre o certo e o errado é examinar de forma minuciosa e sem preconceito o conteúdo das Escrituras Sagradas. |
Apesar de parecer uma questão simples e até sem importância, o negócio é
muito sério e atinge não somente a vida espiritual, mas também o lado moral,
psicológico e até físico de um casal. Mas se o sexo é uma coisa tão agradável e
saudável, por que há restrições em relação ao modo de sua prática sendo que
duas pessoas devidamente casadas são totalmente livres para praticá-lo
abertamente e, principalmente, qual é a base bíblica para isso? Respondendo a
uma pergunta de cada vez, vamos começar pela última, baseando-nos na
advertência registrada em 1ª Coríntios 6:12 e 10:23: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm”.
Mas o que isso tem haver com sexo? Sim. Eu sei que o primeiro texto se
refere à glutonaria e
à prostituição e o segundo ao consumo de comidas sacrificadas à ídolos.
Porém, não nos esqueçamos que a interpretação bíblica não é simplesmente
literal e, independentemente do assunto tratado em cada texto, seu conteúdo
revela o caráter divino, ou seja: nos permite compreender qual é o padrão de
conduta estabelecido por Ele diante de todas as situações semelhantes, as quais
podem, de igual modo, ser agradáveis ou desagradáveis à sua santa vontade. Sendo
assim, podemos entender que da mesma forma que comer em excesso é um pecado
contra o próprio corpo - pois leva à
obesidade
trazendo consequências negativas para a saúde - tanto como a prostituição -
que é uma traição à família instituída
por Deus e também uma exposição do próprio corpo ao risco de contrair
gravíssimas doenças -, o sexo praticado de forma inadequada, mesmo que no
próprio casamento, consiste em pecado por estar afrontando a natureza criada
por Deus e igualando a relação matrimonial à um momento de prazer informal com
uma prostituta, o que também, em muitas de suas práticas, se assemelha às
orgias
de devotos
pagãos
em seus cultos prestados aos ídolos.
Como a Bíblia não entra em detalhes sobre o assunto, é preciso abordá-lo
com muito cuidado e, principalmente, temor a Deus, sabendo que acima do prazer
está o nosso respeito, o qual é expresso por meio de nossa obediência a Ele,
com a qual, quando resistimos às tentações da nossa carne, podemos, de certa
forma, encará-las como sacrifícios, os quais, podendo ou não parecer exageros,
são recebidos por Ele, pois quando os praticamos, assim também o estamos
adorando (1ª Co 10:31). É preciso enfatizar
também que nem tudo que muitos cristãos condenam é realmente errado, e aí é
preciso saber diferenciar entre o pecado e os costumes estabelecidos por
simples princípios morais, os quais, cujo as intenções podem até ser boas, mas
acabam por se tornar apenas pesados e desnecessários jugos sobre um povo já
cansado e sobrecarregado com as dificuldades do dia-a-dia (Mt 11:28-30).
Então, vejamos aqui algumas dúvidas respondendo às perguntas mais comuns
de muitos casais crentes, discernindo, à luz da Bíblia, a diferença entre tabu
e mandamento divino durante a intimidade sexual:
1)
O
sexo é apenas para reprodução?
Alguns mais radicais, principalmente entre
os mais antigos, defendem essa ideia, mas isso nada tem a ver com os
ensinamentos bíblicos. Não faz sentido pensar que somos meros reprodutores,
pois não somos animais irracionais, somos humanos; isso significa que temos
fortes sentimentos afetivos e também muitos - mas muitos mesmo - desejos carnais provocados pela atração física. Os
relatos do livro de Gênesis concernentes à multiplicação humana (Gn 1:28; 9:7) não estão inclusos nos mandamentos dados
à Israel e nem nas doutrinas destinadas à Igreja; então, isso significa que não
são uma ordem para que se tenha uma casa cheia de filhos e tampouco para
praticar o ato sexual somente quando se tiver a intenção de conceber uma
criança. Já imaginou que chatice se a vida de um casal tivesse que ser assim?
Sei que o casamento não se resume nisso, mas qual seria a graça em se deitar,
dizer “boa noite” e cada um virar para o seu lado e dormir? Glorifiquemos ao
Todo-Poderoso por não ser assim! A sua própria Palavra nos mostra o quanto o
prazer sexual é importante para manter a alegria e a harmonia entre o casal (Pr 5:18,19 ),
colocando-o não como uma opção, mas sim como um dever e uma arma contra o
adultério (1ª Co 7:2-5 ).
Se fôssemos meros reprodutores, nossos membros sexuais não deveriam proporcionar
tanto prazer, pois Deus bem nos conhece e sabe que quase ninguém seria salvo se
tivesse que manter uma vida de semi-castidade.
Para sentir prazer sem culpa, o homem cristão deve saber que sua ejaculação,
embora tenha sido desenvolvida com aptidão para gerar vida, é simplesmente uma
reação provocada pela intensa movimentação dos músculos ligados ao pênis, ou
seja, uma reação natural do corpo, e não um líquido sobrenatural enviado
naquele momento por Deus para engravidar a mulher. Um dos maiores questionamentos em torno
disso é devido ao fato de que Onã,
por conta de um casamento levirato,
deveria ter um filho com a esposa de seu falecido irmão para lhe dar uma
descendência, mas, o mesmo, em desobediência à Lei, ejaculou na terra, e isso
desagradou a Jeová que o puniu com a morte (Gn 38:8-10).
Para não termos esse fato como uma doutrina, lembremo-nos que estamos na Graça
e não na Lei, e a não ser que excepcionalmente recebamos uma ordem divina para
fazer um filho, estamos livres de encarar o sexo unicamente como um meio de
reprodução.
2)
A
mulher deve sentir prazer?
Baseados na teoria de que o orgasmo
feminino é algo leviano,
muitos cristãos super santíssimos - principalmente
alguns homens - encaram as mulheres como uma simples máquina reprodutora, e
alguns mais moderninhos até sabem que elas não servem somente para reproduzir,
mas acham que só quem tem direito ao prazer é o homem. Em consequência disso, a
mulher se sente verdadeiramente como um objeto, chegando a ver o sexo apenas
como mais uma de suas obrigações dentro de casa. E quando ela não está
verdadeiramente firme na presença de Deus, sabe qual é o maior perigo dessa
imaturidade masculina? Sem meias palavras, é chifre mesmo! Pois quando você não cuida, o Diabo se oferece para
tomar conta! Esse tipo de carência é tão sério quanto a falta de atenção, de
respeito ou de carinho. Mulher que não sente prazer na cama, por melhor que
seja tratada, não é completamente feliz. E isso é tão importante que, por
exemplo, quando Deus prometeu um filho à Sara, ela riu e questionou com ela
mesma sobre o fato de não mais poder sentir prazer devido à avançada idade de
ambos - ela noventa e ele cem anos -
(Gn 17:17; 18:12). Os críticos podem até
argumentar que o desejo de Sara não pode ser considerado uma base doutrinária
para a Igreja, porém, até mesmo por bom senso devemos raciocinar que se as
mulheres não devessem sentir prazer, Deus não seria tão cruel para criar no
corpo feminino o clitóris,
um órgão cujo única função é proporcionar o orgasmo. Essa questão é tão
importante que, ainda na Lei, o Senhor determinou que um homem recém-casado,
pelo período de um ano, não poderia ser convocado para a guerra e nem para
serviços públicos para poderem “alegrar” sua mulher (Dt
24:5). Pode ter certeza: a alegria de uma mulher vai muito além da
simples presença do marido em casa. Antes de “demonizar” o orgasmo feminino,
lembre-se: quem fez o corpo foi Deus e, logicamente, nenhum pai daria a seu
filho - ou filha - um “brinquedo” que
ele não devesse usar.
3)
É
errado o casal usar roupas provocantes ou se despir totalmente?
Parece absurdo, mas não é raro encontrar
algum cristão que, mesmo tendo vários anos de casado, nunca tenha visto o corpo
do seu cônjuge nu. Não são poucos os relatos de reclamações de mulheres que têm
marcas próximas à cintura feitas pela fivela do cinto do marido, porque o mesmo
não pode cometer a “indecência” de tirar a calça na frente dela, e também de
homens que reclamam de mulheres “super santas” que somente erguem a saia ou o
vestido e apenas abaixam um pouco sua peça de roupa íntima e ainda exigem que
ele seja rápido como se estivessem cometendo um crime. Alguns mais modernos,
até aceitam se despir parcialmente, mas apagam as luzes para não terem que
visualizar o corpo um do outro. A esses radicais da santidade eu só tenho uma
pergunta a fazer: em que texto bíblico eles receberam a ordem para proceder
dessa maneira? O fato de a Palavra de Deus condenar a sensualidade (Gl 5:19 )
se refere à nossa postura diante do mundo, e isso não inclui o relacionamento
conjugal. Entre o casal deve haver transparência em tudo e, além do mais, o
efeito visual colabora bastante com a excitação
de ambos, tornando-os mais próximos e mais íntimos. Assim podemos compreender
que, no que se refere ao aumento da atração de um pelo outro, não só a nudez,
como também o uso de roupas, íntimas ou não, que lhes estimule sexualmente é
totalmente válido porque contribui positivamente com o fortalecimento do
relacionamento. As determinações divinas quanto ao corpo são para que não o
usemos para a prostituição (1ª Co 6:15,16);
sendo assim, considerando então que sua esposa não é uma prostituta, mas sim
alguém que, devido à legitimidade do casamento, te foi dada por Deus também
para a prática do sexo, ao procurar diferenciar a velha rotina do tradicional
“papai e mamãe”, você não está pecando, mas sim aprimorando as técnicas para
aperfeiçoar seu relacionamento. É óbvio que algumas atitudes como, por exemplo,
o uso de determinadas roupas, objetos ou posições podem incomodar o parceiro,
ou a parceira, por qual quer motivo, então, por essa razão, é claro que precisa
haver bom senso e respeito; mas, com exceção disso, não se deixe limitar por
regras infundadas e invista com sabedoria na felicidade do seu casamento, o
qual é um presente divino (Pr 18:22).
4)
É
pecado dizer palavras “picantes”?
Realmente, a Palavra de Deus nos orienta a
não pronunciarmos palavras torpes,
mas apenas aquilo que sirva para edificação (Ef 4:29).
Dentro desse contexto, inclui-se também o uso de palavrões, o que, realmente,
além de ser feio e mal-educado, demonstra que o coração da pessoa está cheio de
pecado (Mt 12:34-37),
pois palavras de baixo calão estão sempre ligadas à práticas sexuais ilícitas.
Agora, trazendo para o relacionamento amoroso, referindo-se aos momentos de
intimidade, é claro que por uma questão até de respeito ao cônjuge, por mais
que se empolgue, uma pessoa normal não vai dizer palavrões para quem ela ama. Porém,
considerando o quanto é importante o uso da fala e da audição tanto como
técnica de sedução quanto de satisfação de si próprio, há várias palavras,
gestos e expressões não libidinosas
que podem ser sussurradas aos ouvidos como palavras de carinho, elogio ao corpo
e gemidos que não ofendem ao parceiro, muito pelo contrário, o estimulam, e
também não entristecem ao Espírito Santo (Ef 4:30).
Dizer algumas palavras consideradas como picantes, se for de forma sábia, não é
um ato de grosseria, mas sim uma demonstração de romantismo; então não é pecado
(Ct 4:5; 7:1-3).
5)
Pensar
em uma outra pessoa durante o ato sexual, qual é o problema?
A mente parece ser incontrolável, porém, se
damos “asas”, ela voa cada vez mais alto e aí a queda é feia. Aparentemente,
não há problema em fantasiar seu prazer pensando em outra pessoa, afinal, você
está fazendo amor com seu cônjuge; então, vamos olhar o outro lado da moeda: imagine
se for a pessoa que você ama - seu esposo
ou sua esposa - que está ali contigo, mas pensando em outra pessoa. Se você
pudesse saber o que se passa na mente dela, certamente ficaria entristecido e
até furioso, porque em seu sentimento, seu senso de autovalorização ficaria
ferido por ser levado a imaginar que não está sendo bom [de cama] o suficiente
para ela, e, sem dúvida, se consideraria traído. Considerando um dos princípios
mais básicos ensinados no próprio Evangelho que diz que não devemos desejar a
ninguém o que não desejamos a nós mesmos (Mt 7:12-14),
se você tem esse problema de “fantasias extraconjugais” deve lutar duramente
contra isso. O próprio Jesus nos ensina que pensamentos pecaminosos também
podem ser considerados como adultério (Mt 5:27-29).
É preciso ter a consciência de que se você tem relações com uma pessoa pensando
em outra, você não pode dizer que está “fazendo amor” mas sim está, na verdade,
usando o corpo dela para se masturbar.
É inegável que muitas vezes, por várias razões possíveis, seu cônjuge possa não
conseguir te satisfazer por completo, mas aí só há três coisas a fazer: a
primeira é orar pedindo a Deus graça e sabedoria para lidar com a situação; a
segunda é manter seu pensamento firme no desejo de ser totalmente fiel à ele; e
o terceiro, se necessário, é, com muito jeito, coragem e sinceridade, ter uma
conversa séria explicando como e porquê você está sofrendo esse bloqueio que te
impede de se concentrar na hora da relação para tentar mudar o que está te
atrapalhando. Não aceite que o inimigo roube sua paz e sua santidade num
momento tão puro como esse. Um cristão não consegue ser realmente feliz se sua
consciência não estiver tranquila (Rm 8:5-8).
6)
Sexo
oral é pecado?
O sexo oral,
por não se tratar propriamente da conjunção carnal,
ou seja, do contato físico entre os órgãos genitais,
é considerado simplesmente como uma preparação, um estímulo e também um
complemento ao ato sexual em si. Antes de analisa-lo biblicamente, façamos uma observação
sob o ponto de vista médico: segundo respeitáveis especialistas no assunto,
essa prática não é segura e, portanto, não recomendável; e o motivo é simples: sua
realização envolve o uso da língua, a qual é colocada em contato direto com
órgãos (o pênis ou a vagina) que, por
mais que a pessoa os higienize com lavagem e depilação, não são totalmente
limpos e, consequentemente, são portadores de elementos que podem ser nocivos à
saúde. As doenças mais comuns em decorrência disso são HPV,
herpes
e outras DST’s
como clamídia,
gonorreia,
sífilis,
hepatite
e, entre outras, a AIDS.
Agora, biblicamente falando, sabendo que podemos usar preservativos e fazer uso
de outros meios de prevenção, qual é o problema em praticar sexo oral? Como bem
sabemos, qualquer agressão ao próprio corpo é uma afronta à natureza divina (Rm 6:12,13), e nenhum meio de prevenção apresentado
pela ciência é totalmente seguro. Mas, a Bíblia nada diz claramente como ordem
ou recomendação em relação a esse assunto. Por isso, como cristãos
conscientemente prudentes, devemos encará-lo considerando alguns aspectos: existe
acordo entre o casal? [ninguém pode fazer nada forçado]; qual é
a razão dessa prática? [é satisfação
espontânea de prazer ou realização de alguma fantasia estimulada por algum meio
pornográfico?]; espiritualmente,
você se sente em paz? [se o seu coração
sentir algum incômodo, simplesmente não o faça]. Não havendo determinação
bíblica, qualquer prática fica por conta da consciência individual (Rm 14:22,23). Mas, se puder resistir, resista; porém,
dentro da limitação humana, é indiscutível o fato de que realmente a sensação
da língua acariciando determinadas partes do corpo, para ambos, é algo extremamente
prazeroso; só que há várias formas de sentir prazer sem colocar em risco a tua
saúde e a saúde de quem você ama e, ao mesmo tempo, preservar sua integridade
moral e espiritual. Afinal, o sexo oral é de origem mundana e, a menos que se
prove o contrário, foge ao padrão do modo natural do uso do corpo criado por
Deus (Rm 1:26). Será que vale a pena arriscar?
7)
Acariciar
as partes íntimas do corpo é proibido?
Diferentemente do sexo oral, acariciar as
partes íntimas do corpo não traz nenhum risco à saúde e, se for feito com
respeito ao cônjuge, não há porque ser considerado como uma afronta contra
Deus. Esse tipo de carinho, não somente expressa amor e desejo pela pessoa,
como também a estimula e “esquenta” a relação sexual. É claro que isso tem que
ser feito com jeito, principalmente na mulher. Pois o homem precisa ter a
sensibilidade de saber que o corpo feminino é muito sensível e suas partes
íntimas bastante delicadas. O sujeito jamais deve chegar enfiando o dedo aonde
lhe parecer conveniente ou mordendo como se estivesse mastigando um pedaço de
carne de segunda, mas, com palavras doces, tocando-a suavemente, para que ela
sinta vontade de senti-lo mais intensamente, não apenas com a mão ou a boca,
mas de fato com seu órgão genital. Ele precisa ter habilidade para fazê-la
desejar o seu contato físico e não simplesmente “abrir as pernas” pelo fato de
ele ser o marido e ela tenha essa “dívida” como obrigação para com o mesmo.
Falando claramente, não somente a região próxima à vagina, as nádegas e os
seios, mas todo o corpo deve ser tocado, e esse procedimento é ainda mais
interessante e romântico se começar com ambos ainda vestidos e, de preferência,
com uma massagem para aliviar o stress do cotidiano. Certamente, os cristãos
antigos mais radicais podem me questionar da seguinte forma: “Por que eu precisaria disso sendo que nunca
cometi essas ‘depravações’ e meu casamento já dura há dezenas de anos?”; em
resposta a esses, também tenho um questionamento a fazer: “Sua mulher é realmente feliz, ou tem sido apenas submissa como uma boa
serva, achando que se reclamasse do seu machismo seria condenada por Deus?”.
Muitos se privam de um maior prazer a dois seguindo a um pesado jugo imposto
por homens e não pelo Criador (Mt 11:29,30).
8)
E
o sexo anal, é permitido ou não?
Assim como o sexo oral, a prática do sexo
anal
não deve ser encarada como algo normal e saudável. Primeiramente, observando
pelo ponto de vista médico, pode-se facilmente entender que o ânus não foi
feito para ser penetrado. Sua estrutura apresenta fragilidade, o que o torna
sujeito a fácil a ferimentos e, consequentemente, sangramentos, sendo que o
sangue é um dos maiores condutores de doenças, inclusive as DST’s mais
conhecidas, as quais também são transmitidas por vários micro-organismos
existentes nessa região, considerando também que é por ali que são evacuadas as
impurezas rejeitadas pelo organismo, e por mais que se limpe ou lave, nenhum
sabonete alcança a extremidade que é alcançada pelo pênis. Agora, de acordo com
os princípios bíblicos, mais uma vez nos deparamos com aquela questão de que o
assunto não é abordado claramente e, por isso, não existe nenhuma doutrina em
relação a isso. Porém, a referência bíblica que mais nos permite entender que
atos que possam ser considerados promíscuos impróprios para um casal são
abomináveis diante de Deus se encontram em 1ª
Tessalonicenses 4:3-5, que diz que devemos ter cuidado com a imoralidade
sexual afastando-nos dela, sabendo conviver com nosso cônjuge em santidade e
honra, não nos deixando dominar por práticas sexuais descontroladas, as quais
são atitudes próprias dos que não temem a Deus. Assim sendo, podemos sim
concluir que o sexo anal deva realmente estar incluído nesse contexto. De fato,
é inegável que essa parte do corpo feminino é mesmo muito atraente e, de uma forma
praticamente automática, desperta o desejo do homem; porém, nos momentos de
intimidade, é possível ele satisfazer sua vontade apenas acariciando com as
mãos ou até mesmo com o órgão genital apenas por cima sem a necessidade de
penetrar. No demais, para os que ainda tenham dúvidas, se aplica aquela velha
regra: será que vale a pena correr o risco (1ª Ts 4:7)?
9)
Assistir
pornografia para estimular é errado?
Quando se fala em pornografia,
também se inclui músicas seculares com letras de conteúdo impróprio e todo e
qualquer tipo de material que, de forma explícita ou não, traga à exposição a
intimidade sexual de um casal. Por mais incrível que pareça, alguns cristãos
defendem o uso de material pornográfico como instrumento estimulante na hora da
relação. Sinceramente, isso me parece muito mais uma desculpa para satisfazer
seus desejos pecaminosos de ver sacanagem. Se a pessoa tem realmente algum
problema que dificulte sua excitação deve procurar conversar com seu cônjuge
para ver o que pode ser feito para melhorar sua forma de fazer amor e, se
necessário, procurar por um tratamento. A Palavra de Deus nos exorta a não
colocar coisas más diante dos nossos olhos (Sl 101:3,4)
e a termos cuidado para que não deixemos que as coisas desse mundo não venham a
nos corromper (Rm 12:1,2); sendo assim, qual é a
necessidade de nos expor à imoralidade da prostituição comercial, que é a
pornografia? Pois a intimidade de um casal é algo privado, e o fato de se
colocar a assisti-la, ou mesmo deixar que outros vejam ou percebam que você
está praticando o ato sexual, consiste em compartilhar algo que envolve a nudez
e a própria moral. Qualquer desejo nesse sentido que se manifeste em sua mente
deve ser prontamente repreendido e combatido com oração e um firme propósito de
santificação para não aceitar essa sutil armadilha de Satanás (1ª Pe 5:8,9),
que consiste, na realidade, em uma forma de adultério, por se tratar de sentir
prazer observando o corpo de uma pessoa que não seja seu cônjuge.
10) Fazer sexo durante o período de menstruação,
tem algum problema?
O que a Bíblia diz sobre a prática do sexo
durante o período de menstruação?
No Antigo Testamento, essa prática era expressamente proibida (Lv 15:24-28); a razão disso, certamente, considerando
que não havia medidas de prevenção, era relacionada à saúde do casal, sendo
também usada como um símbolo da importância da pureza no relacionamento entre o
povo de Israel e Jeová. Porém, no Novo Testamento, isso nem mesmo é abordado. Assim
sendo, cabe a cada casal decidir se deve manter relações íntimas nesse período
ou não. Mas é óbvio que antes de tomar essa decisão deve-se considerar questões
ligadas à higiene e à saúde, pois é preciso admitir que, além de ser algo
desagradável por exalar um odor desagradável, exige alguns cuidados, sem os
quais pode sim causar danos ao bem estar de ambos. Quem mais sofre com isso é a
mulher, pois a mesma acaba por ter todo o seu corpo, principalmente nas partes
íntimas, mais sensível e dolorido, e inclusive seu estado de humor costuma ser
bastante alterado, chegando algumas até a ter reações violentas sem um aparente
motivo razoável para isso. Por essas razões, caso optem pela prática do ato
sexual, não é recomendável que ele se prolongue por muito tempo para que ao
invés de prazer acabe proporcionando desconforto para ela, pois, apesar de
nesse período ela se excitar com mais facilidade, tal empolgação pode levar à
extravagâncias a serem sentidas pelo organismo. Médicos afirmam que nesse
período é maior a probabilidade de se contrair doenças sexualmente
transmissíveis e, mesmo não havendo ovulação nessa fase, por poder haver alguma
irregularidade no ciclo menstrual, é sim possível ocorrer a gravidez. O recomendável
aí é que se utilize preservativos e, de preferência, que seja feito no
chuveiro. Concluindo, por respeito à mulher e por questão de higiene, o ideal
mesmo é suportar esses cinco dias - que demoram
tanto para passar -, no máximo, fazendo carícias, e substituindo o sexo por
outras coisas (1ª Co 14:35a).
É
claro que a forma da prática sexual é uma coisa muito íntima e deve ser
discutida pelo casal sem imposições ou interferência de ninguém, até mesmo
porque, se um ato tão sublime fosse assim digno de tantas restrições, o próprio Senhor
Jesus teria deixado uma doutrina específica sobre esse assunto nos Evangelhos
ou nas epístolas dos seus apóstolos. Mas é óbvio que isso não nos isenta de
obedecer regras de acordo com os princípios relacionados à moralidade e à saúde
e também a respeitar o que dizem os líderes religiosos que ensinam com
coerência. Para concluir, é importante saber que ter fantasias sexuais não é
pecado, pois pecado, na realidade, é satisfazê-las - ou mesmo desejar satisfazê-las -, fora do casamento ou de maneira
que venha a profanar a imagem e semelhança de Deus (Gn
1:26,27), a qual se reflete em sua santidade (1ª
Pe 1:15), ou seja: precisamos viver sempre com a consciência tranquila. É
importante ainda ressaltar que recentes pesquisas comprovam que apenas pouco
mais de 30% dos casais cristãos estão totalmente satisfeitos com sua relação
sexual. Isso é um alerta para que venhamos a agir com prudência para preservar
o matrimônio que foi concedido por Deus, o qual, muito demonstra cuidar dessa
área alertando-nos a nos provar da prática sexual por muito tem, e, se isso
ocorrer, que seja com pleno acordo entre o casal (1ª Co
7:2-5 ).
Não deixe a prática do amor se transformar numa simples transa,
pois aonde não há amor verdadeiro também não há felicidade verdadeira, e um
relacionamento nessa situação só tem dois destinos: a separação pelo desânimo
ou pela traição ou a permanência até a morte sendo uma tortura para um dos
cônjuges ou para ambos. Como está seu casamento? A pessoa que está ao seu lado
é sexualmente feliz?